Veja no streaming 8 séries que foram canceladas cedo demais

Edição da newsletter Maratonar traz seleção de comédias e dramas descontinuados

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São Paulo

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Séries canceladas cedo demais

Em 2015, o presidente do canal FX, John Landgraf, disse em entrevista à associação de críticos de televisão dos EUA que o país se aproximava do que ele batizou de "peak TV", o teto da oferta de novos programas.

Em sua conta, ele considerou séries ou minisséries em inglês, roteirizadas (ou seja, excluindo reality shows), voltadas para o público adulto, que estrearam novos episódios (ou seja, sem contar reprises e séries clássicas). Naquele ano, foram cerca de 400.

Desde então, Landgraf apresenta anualmente um número atualizado do "peak TV", sempre numa curva ascendente. Em janeiro deste ano, ele disse acreditar que finalmente chegamos ao limite, com uma estimativa de 599 séries estreando episódios em 2023, uma alta de 7% em relação a 2022 (559).

Tendo tantas opções ao alcance das nossas mãos, fica até difícil se chatear quando uma série é cancelada. Ainda assim, há aquelas que deixam saudades e o gostinho de potencial não atingido. A seguir, uma seleção de comédias e dramas que partiram cedo demais.

"Teenage Bounty Hunters"

Depois de bater a picape do pai, as gêmeas Blair (Angelica Bette Fellini) e Sterling Wesley (Maddie Phillips) começam a trabalhar como caçadoras de recompensas para juntar dinheiro para os reparos. Como toda boa série adolescente, as aventuras acontecem entre as obrigações escolares e os relacionamentos amorosos, complicados pelas exigências do colégio cristão que as irmãs frequentam e segredos familiares que vêm à tona ao longo da temporada.

Disponível na Netflix. Uma temporada, 10 episódios

"Alta Fidelidade"

Nova adaptação do livro de Nick Hornby, desta vez com Zoë Kravitz como Rob, uma fã de música e dona de uma loja de vinis que revisita as histórias de seus piores términos de namoro após ter o coração partido mais uma vez. Povoam a série David H. Holmes, como Simon, e Da’Vine Joy Randolph, como Cherise —amigos de Rob e seus funcionários—, além de participações especiais de figuras como Debbie Harry e Parker Posey. Segundo os criadores da série, uma segunda temporada se concentraria em Cherise. Ah, o que poderia ter sido...

Disponível no Star+. Uma temporada, 10 episódios.

"The Baby-Sitters Club"

Baseado na série de livros infanto-juvenis de Ann M. Martin, acompanha um grupo de meninas pré-adolescentes que formam um clube de babás. Elas oferecem seus serviços às famílias da comunidade abastada onde vivem, em Connecticut, compartilhando os ganhos numa pequena cooperativa. No perfeito clima de "Sessão da Tarde", as garotas são extremamente competentes e têm liberdade de ir e vir em sua bolha segura, mas a série toma certos cuidados para se atualizar e abordar questões mais delicadas ou espinhosas com todo o carinho. Cada episódio é um abraço no espectador.

Disponível na Netflix. Duas temporadas, 18 episódios.

"Glow"

Ruth (Alison Brie), cansada da rejeição constante em testes como atriz, topa participar de um programa de TV novo: "G.L.O.W.: Gorgeous Ladies Of Wrestling". Sob a batuta de Sam Sylvia, um diretor de filmes de terror de baixo orçamento, Ruth e uma dúzia de outras mulheres aprendem a lutar e a criar histórias para suas personagens, parte crucial da luta livre. Para engrossar o caldo, Sam contrata a ex-melhor amiga de Ruth, Debbie (Betty Gilpin), uma atriz de novela aposentada, para integrar o elenco.

Assim como as três séries acima, "Glow" foi uma vítima da pandemia de Covid, mas com requintes de crueldade: todos os episódios da quarta temporada já estavam escritos, e metade deles haviam sido filmados antes de a produção ser interrompida pela quarentena em março de 2020. A Netflix decidiu que o custo de manutenção dos sets e afins não compensaria os ganhos posteriores e "des-renovou" a série.

Disponível na Netflix. Três temporadas, 30 episódios.

Cena da primeira temporada da série "Glow" - Divulgação/Netflix

"Stumptown"

Dex Parios (Cobie Smulders) é uma veterana da guerra do Afeganistão que, afundada em dívidas e sofrendo de estresse pós-traumático, pena para se manter e cuidar do irmão mais novo, Ansel (Cole Sibus). Ela então vira detetive particular, investigando mistérios na região de Portland (Stumptown é um apelido da cidade), com a ajuda do melhor amigo/romance vai-não-vai Gray (Jake Johnson) e de Miles Hoffman (Michael Ealy), um policial/romance vai-não-vai.

Disponível no Prime Video. Uma temporada, 18 episódios.

"O Tick"

Melhor série que você pode encontrar por aí sobre um carrapato indestrutível com amnésia e seu parceiro no combate ao crime, um contador com depressão. Terceira tentativa de adaptar a série em quadrinhos de mesmo nome, depois de uma versão animada dos anos 1990 e uma live-action do começo dos anos 2000, esta, de 2016, traz Peter Serafinowicz como o herói do título, um mutante superpoderoso e de disposição filosófica. Ele conta com a relutante ajuda de Arthur (Griffin Newman) para combater um supervilão, O Terror, enquanto tenta resolver o mistério de sua memória perdida.

Disponível no Prime Video. Duas temporadas, 22 episódios.

"Great News"

Mais um produto da fabriquinha de comediazinhas malucas de Tina Fey e Robert Carlock ("30 Rock"), com "Unbreakable Kimmy Schmidt" e "Girls5Eva". Nesta série, criada por Tracy Wigfield, Katie Wendelson (Briga Heelan) é uma ambiciosa produtora de um telejornal local que tem um novo desafio: lidar com a nova estagiária do canal, sua mãe (Andrea Martin).

Disponível na Netflix. Duas temporadas, 23 episódios.

"Manhattan"

Inspirada na história real dos cientistas que criaram a bomba atômica, "Manhattan" pode ser um bom emplastro para acalmar aqueles que aguardam ansiosamente a chegada de "Oppenheimer", o próximo filme de Christopher Nolan, que estreia em 20 de julho.

Charlie Isaacs (Ashley Zuckerman) é um garoto prodígio da física que chega a Los Alamos sem saber exatamente o que se faz nessa cidade criada no meio do deserto pelo Exército dos EUA. Lá, encontra em Frank Winter (John Benjamin Hickey) um mentor e um opositor, enquanto os dois trabalham em projetos diferentes com um mesmo objetivo: produzir uma arma capaz de pôr fim à Segunda Guerra Mundial e, quiçá, a todas as guerras.

A série também dá atenção às mulheres na órbita de seus Grandes Homens, das esposas, interpretadas por Olivia Williams e Rachel Brosnahan, às cientistas, na figura de Helen Prinz (Katja Herbers).

Disponível no Lionsgate+. Duas temporadas, 23 episódios.

O que está chegando

As novidades nas principais plataformas de streaming

"Power Rangers: Agora e Sempre"

A onda de nostalgia dos anos 1990 atinge novas altitudes com este especial, que reúne parte dos membros da formação original dos Power Rangers em uma nova aventura que envolve a filha de Trini, a ranger amarela.

Disponível na Netflix desde quarta (19). 55 min.

"Diplomata"

Cinco anos após a conclusão de "The Americans", Keri Russell volta ao mundo dos seriados com este thriller político meio engraçadinho, segundo críticos que tiveram acesso antecipado aos episódios. Russell é Kate Wyler, uma diplomata de carreira que assume a embaixada americana no Reino Unido, o que abala seu casamento já frágil com Hal (Rufus Sewell), um político metido a estrela.

Chegou à Netflix na quinta (20). Uma temporada, oito episódios.

"Gêmeas: Mórbida Semelhança"

Alice Birch, roteirista de "Normal People" e do excelente "Lady Macbeth", comanda nova versão do filme de David Cronenberg estrelado por Jeremy Irons. Aqui, Rachel Weisz assume o papel duplo como Beverly e Elliot Mantle, irmãs gêmeas idênticas que dividem um consultório de ginecologia, drogas, mulheres e uma obsessão por transformar a ciência da reprodução. Com episódios dirigidos por Sean Durkin ("O Refúgio") e Karyn Kusama ("Garota Infernal"), a série promete ser ao menos desconcertante.

Disponível no Prime Video a partir desta sexta (21). Uma temporada, seis episódios.

"Alguém em Algum Lugar"

Depois da intensidade de "Succession" e da violência cômica de "Barry" em uma mesma noite, pode ser que você precise de algo para limpar o paladar. Esta é a série perfeita para isso. Uma dramédia de meia hora, sobre Sam (Bridget Everett, cocriadora da série), que volta para sua cidade natal, Manhattan, no Kansas, para cuidar de uma irmã doente, e não consegue mais achar seu caminho de volta a Nova York depois da morte dela. A segunda temporada começa com Sam e seu melhor amigo, Joel (Jeff Hiller), morando juntos para que ele possa ganhar dinheiro alugando sua casa.

A segunda temporada estreia na HBOMax no domingo (23), às 23h30. Episódios semanais, aos domingos.

"Perry Mason"

Trapacinha aqui, já que "Perry Mason" está ao mesmo tempo chegando e saindo: na próxima segunda (24), estreia o último episódio da segunda temporada desta série noir protagonizada por Matthew Rhys (companheiro de Keri Russell em "The Americans" e na vida real). A primeira leva de episódios foi ao ar em meio à névoa de 2020 e a série só conseguiu voltar às telas agora.

A primeira temporada serve mais como "origin story", levando Mason de detetive particular a advogado em uma Los Angeles devastada pela Grande Depressão. Na segunda, há mais das cenas clássicas do personagem no tribunal, defendendo com unhas e dentes seus clientes. A série conta com ótimo elenco regular, a começar por Juliet Rylance ("The Knick"), Chris Chalk ("Olhos Que Condenam") e Shea Wigham ("Homecoming"). Na primeira temporada, Tatiana Maslany ("She-Hulk") e Gayle Rankin ("Glow") são parte do mistério. Na segunda, participam as excelentes Hope Davis ("Succession") e Jen Tullock ("Ruptura"), além de Paul Raci ("O Som do Silêncio").

Se nada disso foi convincente o bastante, os dois primeiros episódios da atual temporada são dirigidos pelo brasileiro Fernando Coimbra ("O Lobo Atrás da Porta"), e a trilha sonora fica por conta de Terence Blanchard, compositor dos filmes de Spike Lee.

Disponível na HBOMax. Duas temporadas, 16 episódios (o último estreia na segunda, 24)

Veja antes que seja tarde

Uma dica de filme ou série que sairá em breve das plataformas de streaming

A Mubi tem uma leva de filmes brasileiros, argentinos e mexicanos deixando a plataforma até o fim de abril, assim como "A Negra De...", filme de estreia de Ousmane Sembène, tido como o primeiro longa dirigido por um cineasta da África Ocidental.

"A Negra De..." (1966). Disponível na Mubi até 30 de abril. 59 min.

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