Não gostaria de escolher entre Lula e Bolsonaro, mas Lula, jamais, diz Vargas Llosa

Em entrevista à Folha, Nobel de Literatura peruano comenta a criação de seus romances, a eleição brasileira e sua conversão ao liberalismo

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Marco Rodrigo Almeida

Na Folha desde 2010, já passou por Ilustrada, Tendências/Debates, Poder e Ilustríssima

[RESUMO] O Nobel peruano Mario Vargas Llosa, 86, um dos maiores escritores vivos e baluarte do liberalismo, comenta em entrevista a criação de seus livros e a influência central de Flaubert, explica o papel da alternância de narradores no romance moderno, critica a direita por ignorar a desigualdade, diz que não gostaria de votar em Lula ou Bolsonaro e relembra o que aprendeu ao disputar a Presidência do Peru em 1990.

Mario Vargas Llosa é um personagem de enredo único na literatura atual. Ganhou o Nobel, disputou uma eleição presidencial, esmurrou Gabriel García Márquez em uma das mais lendárias contendas entre escritores, virou baluarte das ideias de direita, recebeu homenagens tanto de intelectuais quanto de empresários pelo mundo, defendeu com entusiasmo políticos pouco ou nada apreciados no meio literário, como Margaret Thatcher e Ronald Reagan.

Consagrado no romance, controverso na política, o peruano acumulou adoradores e detratores em igual medida. Encarar esses dois aspectos, o artista e o homem público, com alguma perspectiva e isenção é a pedra no sapato de muitos que tomam contato com seus livros.

Mario Vargas Llosa durante palestra no ciclo de conferências Fronteiras do Pensamento, em Porto Alegre, em 2016 - Luiz Munhoz/Recorte do Olhar/Folhapress

Em repercussão na mídia, o pensador de direita vem levando a melhor sobre o ficcionista. Muitas das recentes menções a Vargas Llosa são de reações escandalizadas a suas preferências nas eleições latino-americanas —Keiko Fujimori no Peru (filha do ditador que o derrotou na campanha de 1990), o pinochetista José Antonio Kast no Chile, Jair Bolsonaro no Brasil.

O jornal britânico The Guardian compilou alguns desses comentários. "Conseguir o apoio de Vargas Llosa é a maior lápide política. Parabéns a Lula", tuitou o cientista político espanhol Daniel Vicente Guisado; "Hasta nunca, Don Vargas Loser!", cunhou o brasileiro Sérgio Rodrigues, colunista da Folha.

Em entrevista à Folha por videochamada, no mês passado, Vargas Llosa moderou a preferência —ao que se sabe, nunca entusiasmada— que havia manifestado por Bolsonaro em maio, em palestra no Uruguai. O peruano afirmou ao jornal que não queria estar na pele do eleitor brasileiro para escolher entre o presidente e Lula, mas reforçou que torce sobretudo por uma derrota do petista.

Aos 86 anos, Vargas Llosa preserva um tanto do fôlego da mocidade. O gosto pelo debate público também continua firme. Em um fim de tarde de Madri, após mais um dia carregado de compromissos, e ainda assim com simpatia perceptível até no impessoal mundo on-line, ele fez um breve panorama de sua trajetória literária e política.

A conversa começou por "A Cidade e os Cachorros" (1963), seu primeiro romance, que 60 anos atrás ganhava o Prêmio Biblioteca Breve, o que permitiu sua publicação. Fruto da traumática experiência do escritor no Colégio Militar Leôncio Prado, em Lima, o livro retrata o devastador impacto do autoritarismo na vida de um punhado de garotos e, de forma geral, na sociedade peruana.

Desde então, a corrosão dos valores democráticos na América Latina e a corrupção moral que quase sempre acompanha o poder são temas centrais de seus romances, costurados por estrutura complexa, com alternância de narradores, fusões de diálogos, fragmentação espacial e temporal. É o que chamou de romance total, cujos exemplos mais notórios são "Conversa no Catedral" (1969) e "A Guerra do Fim do Mundo" (1981).

Não poucos já perceberam aí uma flagrante contradição. Há tempos se repete que Vargas Llosa é vanguardista na ficção e reacionário na política, mas talvez seus detratores fiquem surpresos ao ler a seguir que para ele não há capitalismo sem impostos ou que a direita erra por desconsiderar o combate à desigualdade como parte essencial do liberalismo.

Por sinal, em seu mais recente romance, "Tempos Ásperos" (2019), inspirado em episódios reais, uma multinacional que se recusa a pagar impostos passa a propagar mentiras que acabam por derrubar, com o apoio da CIA, um governo democrático e progressista na Guatemala.

E voltando no tempo, rumo a uma entrevista de 1965 sobre o primeiro romance, o jovem Vargas Llosa, falando de Gustave Flaubert, seu herói literário, já parecia antecipar o impasse em que se veria metido. "Flaubert era um reacionário. Queria um governo de uma elite de super-homens, uma espécie de ditadura patriarcal. Mas, quando se pôs a escrever ‘Madame Bovary’, essas convicções foram refutadas pela própria realidade viva que registrou."

Há 60 anos, o senhor concluía seu primeiro romance, "A Cidade e os Cachorros". O que foi mais marcante nessa estreia? Foi um romance que escrevi sobre minha experiência como cadete no Colégio Militar Leôncio Prado, em Lima. Meu pai me colocou neste colégio pensando que os militares seriam uma oposição a minha vocação literária. O curioso é que, no Leôncio Prado, me converti em escritor profissional, pois escrevia cartas que meus companheiros mandavam para suas namoradas.
Leôncio Prado tinha a novidade de receber alunos de toda parte. Havia meninos de famílias mais ricas e também de famílias camponesas. Era possível conhecer o Peru através do colégio militar.

Toda sua obra futura parece estar contida neste primeiro romance. O desejo de compor um grande painel da sociedade peruana, a ausência de liberdade, os múltiplos narradores. O senhor já tinha noção do caminho que queria seguir? Mais ou menos. Não estava tão claro para mim isso, mas o romance tinha muita relação com os problemas de uma sociedade latino-americana. Havia as ditaduras militares, a falta de honestidade dos políticos, as grandes diferenças econômicas entre uma classe humilde e a pequena minoria de ricos. Esses têm sido, desde sempre, os temas que me motivam a escrever sobre o Peru.

O escritor francês Gustave Flaubert (1821-1880) - Reprodução

O senhor já se descreveu como um autor do século 19, que busca seduzir o leitor pela emoção, pelo suspense, sem que questões intelectuais interfiram na fruição da trama. Ao mesmo tempo, suas histórias têm uma construção muito complexa. Como equilibra essa relação? Não gosto que a técnica, que simplesmente tem como objetivo formatar uma história, dar maior profundidade e extensão a uma história, se sobressaia. O mais importante são as histórias, os personagens. Creio que não é muito importante a técnica para conseguir esses objetivos, mas a técnica facilita enormemente, ajuda a delimitar os narradores, permite contornar os tempos mortos.

Autores como Faulkner, Hemingway, Joyce, é claro, inovaram muito a estrutura do romance. Eles facilitaram, digamos, colocar muito mais histórias, mais personagens e situações em um romance do que antes, quando os escritores estavam muito mais limitados pela falta de técnica.

Em entrevistas, o senhor cita sobretudo Flaubert, a quem dedicou um belo livro, "A Orgia Perpétua" (1975), sobre a escrita de "Madame Bovary", e Faulkner. Qual dos dois influenciou mais seus livros? Provavelmente Flaubert. É um autor que me deslumbrou. Criou um novo tipo de realismo, muito preciso, em que havia um cuidado muito grande com a forma. Antes de ler Flaubert, uma das coisas que me desagradavam no realismo era a falta de rigor que havia na América Latina.

Então, encontrar Flaubert, que dedicou cinco anos a "Madame Bovary", me deslumbrou. Aprendi muitas coisas em Flaubert, sobretudo esse narrador, que ele compara a Deus, pois está em todas as partes, mas não é visível em parte alguma.

Mas também Faulkner é um dos meus autores favoritos, foi um grande romancista. Ele descreveu o mundo do sul dos EUA de uma maneira maravilhosa, a temática negra está maravilhosamente expressa em Faulkner. Ele enganava os jornalistas, dizia que era sobretudo um fazendeiro, mas quando você o lê, descobre que era um autor enormemente difícil, e que devia trabalhar com grande rigor seus romances.

Assim como em Faulkner, as mudanças de ponto de vista são constantes em seus livros. É fundamental essa alternância, pois, se você quer apresentar uma sociedade, deve mostrar distintos ângulos sociais e, para isso, precisa escolher distintos narradores. Sempre escolhendo um narrador que seja o Deus Padre e também narradores personagens, mas respeitando o que os personagens podem saber enquanto personagens.

Não é o mesmo que sabe um narrador onisciente, que tem visão de conjunto. Os personagens veem os outros personagens de maneira muito limitada, então creio que isso está dentro da técnica realista.

O escritor norte-americano William Faulkner escrevendo em Hollywood, em 1944 - Reprodução

O senhor, ainda bastante jovem, escreveu três romances muito sofisticados nos anos 1960: "A Cidade e os Cachorros", "A Casa Verde" (1966) e "Conversa no Catedral". Mas acho que pouco se fala de uma história curta desse período e também muito experimental, "Os Filhotes" (1967), na qual o senhor alterna as vozes narrativas na mesma frase, diálogos e monólogos, sem perder o fio da história. Seria esse seu texto mais ousado? De fato, a técnica com que é narrada essa história não é para leitores preguiçosos, é para leitores muito ativos, que tenham uma imaginação livre, pois há um jogo com a narração coral daquele grupo de adolescentes.

Mas digamos que em todos os meus livros utilizei técnicas distintas, e as técnicas, como falei, são o que permitem ao romance moderno abarcar mais espaços. Se tivesse escrito "Conversa no Catedral" de maneira mais tradicional, teria resultado em um livro cinco vezes mais extenso. A técnica me permite sintetizar muito.

Mas eu não saberia explicar de antemão a técnica que vou usar em um romance ou até mesmo como foi que encontrei essa história. Há um elemento muito intuitivo que, muitas vezes, prevalece sobre o racional.

Após esse período de muita experimentação, o senhor buscou novos caminhos na década de 1970, histórias mais leves, de estrutura mais simples, como "Pantaleão e as Visitadoras" (1973) e "Tia Julia e o Escrevinhador" (1977). Sentiu algum esgotamento? Isso tem a ver com minha descoberta do humor. Eu era muito pouco risonho na hora de escrever. Creio que isso era uma influência de Sartre. No início de minha carreira, tive muita influência dele, e Sartre era muito sério, como se colocasse paletó e gravata para escrever.

Isso me provocou uma espécie de preconceito contra o humor. Fui me liberando disso depois, na Espanha,
e comecei a escrever romances como "Pantaleão", que tem um humor muito direto, espontâneo. Em todo caso, sempre há os problemas da América Latina em meus romances.

Nesse período, nos anos 1970, o senhor foi se afastando da esquerda e se aproximando gradativamente da direita. A conversão ao liberalismo também explica isso ou alguma outra mudança em seus livros? Creio que não. Isso foi uma experiência que tive nos anos que vivi na Inglaterra, nos anos de Margaret Thatcher [1979-1990]. Impressionou-me muito a maneira como a Inglaterra, que havia entrado em decadência gradual, se levantava com grande energia, convertendo-se no primeiro país europeu.

Comecei a ler muitos pensadores liberais, que a senhora Thatcher citava, que orientavam seu governo. Foi um período muito criativo para mim do ponto de vista intelectual. Ler Karl Popper, austríaco que emigrou para a Inglaterra, me impressionou tremendamente. Ou os economistas austríacos, que Thatcher consultou muitíssimo. Esses pensadores me apresentaram uma ideia de democracia cujo dinamismo vinha fundamentalmente do liberalismo.

Os críticos já apontaram que seus primeiros romances, quando o senhor estava mais próximo da esquerda, eram mais pessimistas e melancólicos, e que isso teria sido um pouco modulado à medida que o senhor se tornou um liberal. Os livros seguintes teriam um tom mais aventuresco, explorando lugares fora do Peru, fora do tempo presente, como "A Guerra do Fim do Mundo", que se passa na Bahia, sobre Canudos. Sim, devo esse romance a Euclides da Cunha, cujo "Sertões" me deslumbrou. Euclides me empurrou a escrever sobre Canudos. Foi um dos romances em que mais trabalhei e dos quais estou mais orgulhoso. De fato, foi uma mudança em minha obra. Saí do Peru para entrar no mundo latino-americano, lidei com personagens reais.

Podemos então dizer que ler esses autores liberais de alguma forma impactou sua literatura. Isso responde a uma convicção ideológica. Quando estava no Peru, em grande parte pela relação com meu pai, sempre muito ruim, eu tinha um pessimismo muito grande sobre a possibilidade de os países subdesenvolvidos prosperarem.

Mas essa atitude mudou completamente na Europa, quando me tornei um liberal. O liberalismo tem dinâmicas que podem converter qualquer país, por mais carente de recursos que seja, em um país próspero.

No livro "O Chamado da Tribo" (2018), no qual apresenta os pensadores liberais que mais o marcaram, o senhor argumenta que o liberalismo vai muito além da pregação de livre mercado. Significa sobretudo a liberdade política e de expressão, o pluralismo de ideias e valores, a tolerância, os direitos humanos... Sim, defender direitos humanos e fazer com que empresários paguem impostos. Infelizmente, os empresários se livram de pagar impostos, mas isso não é capitalismo. Capitalismo é empresários pagando seus impostos, o que permite à sociedade prosperar.

Mas grande parte da direita hoje no mundo não tem uma visão muito limitada de liberalismo, se apegando apenas a seu aspecto econômico, como o corte de impostos que o senhor citou? Penso que isso é um grave erro, tomar somente o liberalismo como desenvolvimento econômico e não ter em conta os problemas que existem em cada sociedade. Isso o liberalismo mostra de maneira maravilhosa —cada sociedade tem uma problemática que deve resolver. A resolução demanda um conjunto de medidas.
É o caso do Chile. O país desenvolveu-se muito, mas, os pobres encontraram uma barreira que não os permitia ascender à classe média. Isso produziu uma explosão de revoltas.

Isso explica a derrota da direita em em eleições recentes na América Latina? Creio que a direita não foi muito clara na América Latina. No século 19, houve um liberalismo muito ativo, ia fundamentalmente contra a igreja e não se preocupava com a questão econômica. Agora, é muito importante a questão econômica, mas ela não pode fechar nossos olhos a outros temas sociais, que são igualmente importantes em nossos países. Por exemplo, as grandes diferenças entre a classe empresarial e a classe trabalhadora. Essa preocupação deveria prevalecer no mundo do liberalismo, sobretudo em países latino-americanos.

Nas eleições brasileiras de 2018, o senhor disse que optar entre Bolsonaro e Haddad era como escolher entre o câncer terminal e a Aids. Recentemente, disse que prefere Bolsonaro a Lula. Bolsonaro cresceu em seu conceito nesses quatro anos? Não, digamos que não tenho muita simpatia por Bolsonaro. Com sua posição sobre as vacinas, ele provocou uma verdadeira catástrofe no Brasil. Além disso, tem uma certa vocação pela palhaçada, não?

Mas Lula… No Peru, temos quatro presidentes com processos na Justiça [em decorrência da Lava Jato]. Em grande parte, todos eles foram vítimas de Lula, pois ele utilizava, digamos, a Presidência para corromper os governantes latino-americanos. No Peru, causou estragos.

Então, não gostaria de estar na situação de ter que escolher entre Lula e Bolsonaro. Mas realmente jamais votaria em Lula. Ele foi um homem que corrompeu profundamente. Podemos dizer que os dirigentes peruanos se deixaram corromper, mas Lula cumpriu uma função muito negativa no Peru [A delação da Odebrecht, que motivou processos judiciais no Peru, falava em pagamento de propina no país vizinho a pedido do PT, em troca de benefícios em licitações e superfaturamento de projeto; Lula foi citado na delação, mas nunca acusado formalmente por esses casos]

O senhor certamente sabe que os processos contra Lula na Lava Jato foram anulados. Sim, mas foram por questões técnicas, e alguns juízes também têm seus preferidos na política. Torço para que não elejam de novo Lula, pois ele está muito associado à corrupção.

Como a disputa se concentra em dois candidatos, sobra então Bolsonaro, que representa muitas das ideias que o senhor sempre combateu em seus livros, como o militarismo exacerbado e o autoritarismo. O senhor já reconheceu que, para um liberal, é muito difícil aceitar Bolsonaro. Sim, muito difícil. Bolsonaro é um palhaço no fundo. É uma pessoa que tem uma vocação para a palhaçada, não é muito sério. A escolha é muito difícil. Ficaria feliz em não ter que opinar nesta eleição entre Lula e Bolsonaro.

O escritor Mario Vargas Llosa durante campanha à Presidência do Peru, em 1989, com sua então mulher, Patrícia - Reprodução

O senhor é um caso raro de escritor que disputou uma eleição. Concorreu à Presidência do Peru em 1990, perdendo para Alberto Fujimori. Passados 30 anos, acha que foi um erro? Tudo resultou de um movimento que parou uma lei que nos parecia muito negativa, uma lei que pretendia nacionalizar todos os bancos. Como eu dirigi esse movimento, e ele teve êxito, me senti, de certa forma, empurrado a ser candidato. Mas nunca esteve entre meus sonhos ser um candidato à Presidência.

O livro "Peixe na Água" (1993), em que rememora sua campanha, apresenta uma visão muito negativa da política. A começar pela epígrafe, com a citação de Max Weber de que quem se mete na política faz um pacto com o diabo. E depois o senhor conta que a política real tem pouco a ver com idealismo, solidariedade, e sim com intrigas, traições, cinismo. O que mais aprendi é que a corrupção é imensa, chega a se estender por todas as partes da vida política. Esse é um dos grandes obstáculos para a filosofia liberal. As pessoas mais capazes não querem fazer política. Isso é um grave problema, pois deixa as piores pessoas fazerem política.

Embora na campanha Fujimori fosse um populista de esquerda, depois de eleito adotou muitas das medidas econômicas liberais que o senhor defendeu. Chegou-se a dizer que o senhor, de certa forma, havia vencido a eleição, pois seu programa de governo estaria implementado. Depois, o senhor diria que essa associação foi a sua verdadeira derrota. Sim, eu propunha uma democracia, Fujimori exerceu uma ditadura. Ele fez uma transição que eu jamais teria seguido. O plano econômico estava bem, mas teria de ser feito na democracia, fortalecendo-a, não estabelecendo uma ditadura.

Para encerrar a entrevista, gostaria de voltar à literatura. Trabalha em algum livro? Venho escrevendo um romance sobre a música peruana, com um personagem que é crítico musical. Ele tem a ideia de que a música pode aproximar os peruanos e liberá-los dos preconceitos.

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