Estou meio Beethoven, diz Angela Ro Ro, aflita com perda de audição após tortura

Aos 73, cantora pede orações para preservar carreira, segue rotina de shows e quer finalizar livro prometido desde anos 80

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Danilo Thomaz

Jornalista, colaborador da Folha e correspondente do podcast português Fumaça; mestrando em ciência política (UFF)

[RESUMO] Após pedir ajuda a fãs durante a pandemia, Angela Ro Ro abrandou os problemas financeiros ao retomar shows para pequenas plateias, mas vive aflita com a surdez progressiva do ouvido esquerdo. Aos 73 anos, depois de muitos sucessos e alguns escândalos que eclipsaram em parte uma carreira que eletrizou a música brasileira, ela só quer viver em paz, "louca careta", com sua arte.

Um temor recorrente passa pelos ouvidos da cantora e compositora Angela Ro Ro. Não se trata de uma nota errada ou mesmo de um verso esquecido de canção, entre as tantas de sua autoria ou de outros nomes da música nacional e estrangeira que gravou em mais de quatro décadas de carreira.

Aos 73 anos, Ro Ro tem se mostrado mais e mais aflita com a possibilidade de perder a audição do ouvido esquerdo. "Tá um pouquinho Beethoven", diz a artista, que hoje passa parte do tempo no Rio, onde se hospeda na casa de amigos, e parte no sítio em Saquarema (RJ). Ela enfrentou recentemente o período mais difícil de sua carreira.

Em março de 2020, no início da pandemia, viu-se sem trabalhos, sem shows, sem meios de arcar com seus compromissos financeiros. Definindo-se a si mesma como uma "louca careta", Ro Ro expôs sua situação para o público, que veio a seu socorro. Depois, conseguiu uma produtora, que a colocou no circuito das lives, como a do Sesc, amainando em parte a situação financeira.

Em foto preto e branca, a cantora, compositora e pianista Angela Ro Ro
A cantora e compositora Angela Ro Ro - Divulgação/Alexandre Moreira

Três anos depois, vive das apresentações que faz aqui e ali em casas como o Manouche, no Rio. Retornou a uma rotina semelhante ao pré-pandemia —inclusive em termos de buscar uma vida saudável e mais próxima à natureza, um desejo que sempre carregou consigo.

Carrega, no entanto, essa ansiedade em relação à audição. "Sem ela não vou poder fazer minha arte, que é meu amor", diz a cantora, que pede orações para resolver seu problema.

Ro Ro conta que tudo começou em uma noite de dezembro de 1984. Ela telefonou a um restaurante que ficava no final da praia do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. O bairro, à época, era ainda uma região mais natural que urbana, de difícil acesso.

Fazia calor. A pessoa que a atendeu pediu que fosse buscar sua refeição, arroz de lula com brócolis, dali a 30 minutos. Ro Ro foi vestida com um quimono sobre o biquíni. Na volta, foi parada no caminho por uma viatura.

Conta que policiais tentaram liberá-la mediante suborno, que ela não aceitou, seguindo o conselho do pai, policial federal. Diz que tentaram plantar droga em seu carro, mas não conseguiram. Então, a sequestraram.

Primeiro, a colocaram na viatura. Depois, a jogaram numa vala. Na sequência, foi transferida para outro carro. Quando viu, estava em uma sala cheia de cadáveres em gavetas, no Instituto Médico Legal, na avenida Mem de Sá, na Lapa.

"Eu falei: ‘Não tenho medo de gente morta, tenho medo de vocês’. Eu não sabia o que eles queriam. 'Querem me matar ou querem me estuprar?’ Uma coisa meio incoerente, né?"

A ditadura agonizava naquele período, mas ainda havia momentos de terror. Ro Ro foi espancada e torturada com o "telefone", como é conhecido o método de agressões na altura dos ouvidos. "O cara pegou duas placas de metal, daquelas que penduram o raio-x, e me bateu várias vezes com ela nas duas orelhas", relembra.

Durante a agressão, desmaiou. "Eu não tinha envolvimento nenhum com política, não era filiada a partido nenhum, nada disso, entendeu? A única coisa política em que eu estava envolvida era com o arroz de lula e brócolis. Só pode ter sido o brócolis", brinca. "Nunca comi a quentinha, me pegaram antes e me fizeram um trapo." Dali nasceram os primeiros sinais de sequelas na audição e de perda de visão no olho direito.

Angela Ro Ro
Angela Ro Ro em foto postada no Instagram - @Angela Ro Ro no Instagram

Àquela altura, a relação tensa da cantora com as forças policiais do Rio já datava de alguns anos e sempre acabava nos jornais, mas a fronteira entre os fatos e a ficção nunca ficou muito clara.

De gramas de maconha encontradas em seu carro após um grave acidente em Copacabana até brigas com figuras mais ou menos conhecidas do Rio e da cena musical, muito se falou de Ro Ro. "O grande escândalo sou eu", disse a canção de Caetano Veloso composta para ela, que dá nome ao seu terceiro álbum, "Escândalo!" (1981).

Em vários casos, a PM era a única testemunha e seu relato era a única prova. Por mais que os jornais dessem a Ro Ro o espaço para dar sua versão, ficava o dito pelo não dito, em um jogo de ambiguidade que foi compondo uma persona que, por vezes, remetia à da cantora Maysa (1936-1977). Como se Ro Ro, também cantora e compositora de músicas de amores sofridos, fosse a sua versão anos 1980.

Os escândalos pessoais e a personagem autoirônica acabaram por abafar a artista bem formada, culta, dotada de referências e consciente de sua criação, que movimentou o cenário musical brasileiro em um de seus períodos mais efervescentes, do final dos anos 1970 ao início dos 1980, e que segue até hoje criando e recriando a si mesma.

"Sou uma moça sem recato"

Tudo começou com o xilofone. Depois veio o acordeão. Na sequência um piano de montar, dado pelo patrão do pai, o engenheiro e policial federal Ayênio. De 1957 a 1964, quando tinha 15 anos, foram aulas diárias. "Não aprendi até hoje, mas a minha vida inteira, desde os 5 anos, é direcionada à música", conta Ro Ro.

A música popular entrou na sua vida no ginásio, por meio de um professor, amigo de sua turma da rua, em Ipanema. "A gente tocava muitas coisas, como Cartola, o João de Barro. O repertório de Bethânia. Noel Rosa. Já estava nítido aí um despertar da cantora."

Em 1969, enquanto a repressão recrudescia pós-AI-5, foi morar em uma comunidade hippie na rua Saint-Romain, em Copacabana. Ali, descobriu novas influências. De lá, a convite do cineasta Glauber Rocha, embarcou para Roma. E deu início a um périplo pelo Velho Mundo.

Em 1971, na capital francesa, Ro Ro encontrou-se com "o pessoal do Caetano", em seu período no exílio. Gil a convidou para passar na casa dele, em Londres. Ro Ro pegou o telefone, o endereço e, no final de semana, ligou e avisou: "Eu tô aqui na esquina".

Foi tão bem recebida que entrou para o projeto do disco "Transa" (1972), de Caetano, do qual faziam parte nomes como Jards Macalé e Gal Costa. Colaborou na faixa "Nostalgia", interpretada por Gal.

"Toquei minha gaitinha. Quando eu ouvi, falei encantada, Poxa vida, nem precisava da minha gaita, porque a Gal, perfeita do jeito que sempre foi, gravou uma introdução fazendo uma gaita com a voz. Suprema, sublime. Nem me lembro se saiu o crédito [Ro Ro é citada], mas me pagaram. Achei tão engraçado pagarem por uma coisa que eu faria de graça."

De volta ao Rio, começou a cantar em boates como o Flag, o 706 e o Mikonos. Em 1976, o produtor e jornalista Nelson Motta a convidou para se apresentar no festival "Saquarema, Sol e Surf", na cidade onde hoje Ro Ro vive a maior parte do seu tempo.

Ro Ro apresentou na ocasião dois hits de Janis Joplin: "Mercedes Benz" e "Me and Bobby McGee". Devido ao mau tempo, o festival quase levou o produtor à falência. Era o início, contudo, de uma bela parceria, que mudou o destino pessoal e musical de Ro Ro.

"Me acalmo danando"

Foram três anos de luta até que a coletânea de canções fosse prensada, encartada e distribuída nas lojas de discos. "Eu era a rainha do tape, de tantas fitas gravadas e distribuídas. Cheguei até a pensar que estavam esperando que eu morresse de cirrose para lançar tudo um álbum triplo", disse em uma entrevista ao jornal O Globo.

Chegou a pedir a Nelson Motta que a gravasse antes que fosse tarde. "Grava comigo antes que eu acabe." Nelsinho, como é conhecido, tentou encontrar meios de financiar o projeto. "Angela estava se acabando mesmo, perdida na noite, mas transformando em música e letra a sua ‘saison en enfer’", ele escreveu na época em O Globo. "Seu visual era uma caricatura malvada do que ela era."

Ro Ro, muito antes de Cazuza, ao ver a cara da morte e descobrir que ela estava vida, decidiu dar meia volta enquanto era tempo. Fez análise, emagreceu, tentou parar de beber e enfrentou a insegurança que tinha em assumir-se artista. "Se quisesse me destruir teria conseguido", declarou.

Nelsinho começou a anunciar o lançamento de seu primeiro LP em 1978, na coluna musical que mantinha no Globo. "A turbulenta Angela Ro Ro, cantora, pianista e compositora de grandes méritos e digna das melhores expectativas, grava agora o seu primeiro disco. Pode ser uma das boas e vitalizantes surpresas do ano. Delírio no Baixo Leblon."

Antes de estrear em disco ela já tinha prestígio como compositora. Uma letra de sua autoria, "Não Há Cabeça", foi para o álbum de estreia de cantora Marina Lima, "Simples como Fogo" (1979). As duas haviam se conhecido no Arpoador por meio de uma prima de Marina, assim que esta voltou dos Estados Unidos decidida a investir na carreira musical.

Na mesma época, Maria Bethânia também gravou uma canção de Ro Ro, "Gota de Sangue", no disco "Mel" (1979). "Essa canção é linda demais, imediatamente me tocou e eu quis fazer. Dentro do repertório da Angela, ela [essa música] tem uma diferença, ela tem uma novidade, ela tem quase que uma conversa teatral", relembra a cantora.

Bethânia ainda se recorda de quando interpretou a música, somente voz e piano, no Canecão, no Rio. "Tenho grandes lembranças. Tinha uma recuada de proscênio. E eu me lembro de que cantava encostada a essa cauda do piano com uma luz focada só ali no pianista e em mim. Realmente foi um grande momento do show. E eu terminava a canção, ‘beba comigo essa gota de sangue final’, e tinha em cima do piano uma taça de champanhe, e eu brindava com a plateia esse momento. Realmente foi lindo para mim."

Na gravação em estúdio de "Gota de Sangue", Ro Ro ficou tão nervosa diante de Bethânia que mal conseguia encontrar os pedais do piano. "Angela tocando… Adoro o piano dela. Gosto do jeito dela. A intimidade que ela tem com suas canções, me lembro da emoção de nós duas. Muito comovente cantar essa canção com Angela, sua autora, e com o piano dela", conta Bethânia.

"Angela é uma das maiores compositoras da geração dela. Tive a sorte de cantar suas lindas canções, lindíssimas. Tenho a alegria de ser contemporânea dela, tenho a alegria de ainda ouvi-la cantar, tocar, ainda perfeitamente. Me alegra muito o coração. Sou fã da Angela."

Em maio de 1979, Ro Ro apresentou-se no Teatro Ipanema. Esperava uma pequena plateia e deparou-se com um teatro lotado. Em julho, entra, finalmente, no estúdio "em clima de terror". Em novembro chega às lojas seu primeiro disco, "Angela Ro Ro".

Foi uma estreia de arromba. O disco reúne algumas das principais músicas de sua carreira, como "Amor, Meu Grande Amor", que foi para a trilha da novela das oito "Água Viva" (1980), de Gilberto Braga; "Agito e Uso", cujo título original, censurado, era "Desacato à Autoridade"; além de "Cheirando a Amor", "Mares de Espanha", "Balada da arrasada" e outras que valeriam muitas carreiras.

A cantora Angela Ro Ro
A cantora Angela Ro Ro - Bob Wolfenson

No ano seguinte, "Só nos Resta Viver", seu segundo LP, repetiu o êxito e a repercussão na imprensa. Como é comum em sua carreira, ao sucesso seguiu-se um caso controverso que acabou na polícia.

"Um mundo atento a não perdoar"

Na manhã de 29 de abril de 1981, Ro Ro foi detida por PMs na frente da casa da cantora Zizi Possi, no Vidigal, zona sul do Rio. Afirmou ter sido agredida por policiais e tê-los agredido verbalmente ao ser pega pelo braço.

Na época, a imprensa noticiou que Ro Ro foi ao apartamento de Zizi, com quem teve um caso, buscar seus pertences e que ambas discutiram. Zizi chamou a polícia, mas teria sido agredida por Ro Ro antes de os policiais chegarem.

"Zizi foi agredida com socos na altura do peito e vários pontapés. Ao chegarem no local, os cabos Isaias e Coracy tentaram imediatamente conter a agressora mas, antes de o conseguirem, também foram agredidos", registrou a Folha.

Levada ao Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, fugiu do local, onde seria submetida a exame de embriaguez. Apresentou-se depois na delegacia, acompanhada por dois advogados. O exame deu negativo, conforme divulgado à época.

Jornais registraram que Ro Ro, na delegacia, gritava: "Eu sou de briga e toda vez que for necessário vou brigar pra valer. Não tenho medo de polícia".

Após pagar fiança, foi liberada e voltou ao Hotel Sheraton, onde estava vivendo. Procurou por Nelson Motta. "Ouvindo e sentindo aquela mulher que eu sempre senti forte, tive certeza de sua fragilidade e delicadeza (que também pode ser um atributo dos fortes)", escreveu ele em sua coluna no Globo.

Ao amigo, Ro Ro negou que tivesse batido em Zizi. Negou que tivesse bebido, negou que tivesse batido nos PMs —neste caso, não por falta de vontade.

Reclamou na época ter sido agredida pelos policiais e ter ficado com manchas roxas no corpo. Estava triste e indignada. O resultado do exame de corpo de delito de Zizi não chegou a ser divulgado à época. Procurada, a cantora não quis falar com a reportagem.

A história estendeu-se por meses na imprensa e até hoje machuca Ro Ro, que não menciona mais o nome de Zizi. "A pessoa, não vou citar o nome por educação, até hoje não veio a público dizer ‘ela nunca bateu em mim, ela nunca me agrediu’. A pessoa fica calada o resto da vida, e eu crucificada", diz.

A partir daí, Ro Ro passou a ser mais notícia por seus escândalos do que por suas notas musicais. Em agosto de 1981, Ro Ro bateu seu Puma em um Dodge em Copacabana e foi retirada, junto de um amigo, após o carro ter o teto cerrado. "Desta vez eu não estava embriagada", declarou na ocasião, com uma fratura no cotovelo direito. Os PMs, por sua vez, afirmaram ter encontrado 17 gramas de maconha no porta-malas do carro.

Três meses depois, ela foi a um show de Zizi e causou um tumulto que só parou com a chegada, mais uma vez, da polícia, mas sem maiores danos. Na sequência, Zizi entrou na justiça contra Ro Ro.

Em 1982, Ro Ro lançou o show "Escândalo", seu terceiro álbum, referência irônica à situação que vivia. Os amigos tentaram ajudar a promover o novo trabalho, mas a repercussão não foi a mesma dos álbuns anteriores, apesar da qualidade do disco. A jornalista Ana Maria Bahiana, no Globo, sintetizou: "[...] Um show estranho, em que Angela se embriagou e se destruiu gradativamente e dramaticamente diante do público"

Ro Ro precisava de um simples carinho.

"Amar é sofrer, eu ouço dizer, mas vou duvidar"

O compositor João Donato estava com uma sequência na cabeça: "Cansei de você, cansei de sofrer, cansei de chorar…" E procurou o parceiro Abel Silva, que deu a letra: "Amar é sofrer, eu ouço dizer, mas vou duvidar…" "Ele fez uma tradução da minha ideia", conta João Donato.

O empresário do Kid Abelha, Paulinho Lima, mostrou a canção, "Simples Carinho", para Ro Ro, que a gravou e a transformou na música-título de seu quarto álbum, lançado em 1982. "Eu gosto de ouvir até hoje ela cantando. É uma das minhas canções mais bonitas, tocava no rádio diariamente", diz Donato.

A Nova República não traria ares tão mais democráticos a Ro Ro. Logo após ser sequestrada e torturada pela polícia, lançou seu sexto álbum, "Eu Desatino" (1985), uma homenagem a uma de suas principais referências artísticas, a cantora Janis Joplin. "Moça feia, gente fina/ Calores de heroína, garganta puro aço/Moça linda, gente feia/ Que deu essa heroína diluída no seu braço", cantou em "Blue Janis".

A menção à droga, mesmo de maneira crítica dentro da música, incomodou a censura, que continuava vigente. A música não podia ser tocada nas rádios do país. Mesmo tendo colocado véu de santa na capa do disco anterior, "A Vida É Mesmo Assim" (1984), Ro Ro continuava a ser uma das suspeitas de sempre.

"Meu alvo é a paz"

Nos anos 1990, a cantora ingressou na Som Livre, então a gravadora dos sonhos de todos os intérpretes. A vida pessoal, no entanto, teve momentos difíceis —e uma nova brecha para mudanças.

Ro Ro perdeu o pai em 1997 e a mãe em 1999. Abalada, começou a se cuidar mais, perdeu peso —havia chegado aos 130 quilos— e deixou o cigarro.

Era o início de uma longa transformação que desembocou em um período de sua carreira pelo qual tem especial carinho: o ano de 2006, quando gravou, pela Indie Records ,o álbum "Compasso", com 13 composições suas inéditas, e um DVD com convidados no Circo Voador. Entre eles, a cantora Alcione, com quem interpretou uma versão de "Joana Francesa", de Chico Buarque.

A canção que dá título ao CD é uma espécie de acerto de contas de Ro Ro consigo mesma, embora ela não a veja com a mesma gravidade. "Imagino que você esteja se referindo ao verso 'deixo alegria e dor ao ir embora’. É uma letra de transformação. É uma transformação que já estava acontecendo há mais de três anos."

Um de seus planos futuros é um livro que vem prometendo desde o início da década de 1980. Muito se falou deste projeto, que já foi um livro de crônicas, de contos, sobre sua vida. O que será agora? Talvez algo dos versos de "Compasso": "marcas de amor, de luto, de espora".

Angela Ro Ro na 7ª Mostra Cantautores, em Belo Horizonte (MG), em 2018
Angela Ro Ro na 7ª Mostra Cantautores, em Belo Horizonte (MG), em 2018 - Pablo Bernardo/Divulgação
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