Descrição de chapéu Financial Times

Dono do OnlyFans ganha US$ 500 mi com pornografia e celebridades

Pagamento de Leo Radvinsky é revelado enquanto empresa declara aumento de 7 vezes do lucro

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Patricia Nilsson Alex Barker
Londres | Financial Times

O dono do OnlyFans faturou US$ 500 milhões (R$ 2,6 bilhões) nos últimos dois anos com o aumento da popularidade do seu site de conteúdos pagos de pornografia e celebridades.

Os pagamentos de dividendos a Leo Radvinsky, um pornógrafo e empresário da internet ucraniano-americano, foram divulgados pela empresa com sede no Reino Unido na quinta-feira (1º). Na data, a empresa também revelou um aumento de sete vezes do lucro.

Os pagamentos de US$ 284 milhões (R$ 1,46 bilhão) em 2021 e US$ 233 milhões (R$ 1,2 bilhão) em 2022 fazem de Radvinsky um dos proprietários mais bem pagos de uma startup de internet no Reino Unido e ressaltam o crescimento explosivo do OnlyFans durante a pandemia.

Logo da Onlyfans
Logo da Onlyfans - Andrew Kelly - 19.ago.2021/Reuters

O OnlyFans permite que criadores de conteúdo, como instrutores de exercícios, músicos e estrelas eróticas, vendam vídeos, mensagens e artigos diretamente aos fãs, que pagam entre US$ 5 e US$ 50 por mês (R$ 26 e R$ 260), dos quais o site fica com uma fatia de 20%.

Em seu relatório anual, a empresa revelou que os lucros anuais antes do pagamento de impostos até novembro de 2021 saltaram de US$ 61 milhões (R$ 315 milhões) para US$ 433 milhões (R$ 2,24 bilhões), enquanto as receitas subiram de US$ 358 milhões (R$ 1,85 bilhão) para US$ 932 milhões (R$ 4,8 bilhões).

No total, os usuários do OnlyFans gastaram em 2021 quase US$ 4,8 bilhões (R$ 24,8 bilhões) na plataforma em pornografia, orientações sobre exercícios físicos e dicas de culinária.

O tímido Radvinsky fez fortuna em pornografia online e sites sexo ao vivo para adultos antes de comprar o OnlyFans em 2018. Seus fundadores, Tim Stokely, um empresário de Essex, e seu pai, Guy, ex-banqueiro na City de Londres, deixaram a empresa no final do ano passado.

O OnlyFans cresceu porque permitiu que pessoas com grande número de seguidores nas redes sociais monetizassem conteúdo sem ter que depender de anúncios patrocinados ou ofertas promocionais, um avanço para artistas de conteúdo adulto que lutavam para fazer com que os espectadores pagassem por um produto disponível de graça em muitos outros sites.

Os lucros da OnlyFans excedem em muito os do MindGeek, império de entretenimento adulto por trás de sites como Pornhub e YouPorn.

Nos últimos anos, o OnlyFans tentou criar uma marca mais familiar, alegando que um número crescente de seus criadores vende conteúdo não sexual. Mas ainda não divulgou números sobre a divisão de suas receitas.

A empresa enfrentou uma onda de críticas e zombaria no ano passado, quando proibiu inesperadamente a pornografia no site —para voltar atrás na decisão pouco depois.

O fundador Stokely disse ao Financial Times na época que a mudança foi motivada pelos bancos, que, temendo ser associados à pornografia, recusaram seus pagamentos a artistas de todo o mundo.

Amrapali Gan, sucessor de Stokely como executivo-chefe do OnlyFans, disse: "Nossa abordagem criativa para construir a plataforma de rede social mais segura do mundo impulsionou o OnlyFans a um recorde em 2021".

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