Descrição de chapéu medicina BNDES

Biomm, empresa que trará similar do Ozempic ao Brasil, tem nome da União no conselho

BNDES detém 5,52% das ações da companhia, que saltaram 38% na Bolsa brasileira após a notícia

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A empresa farmacêutica brasileira Biomm, que assinou acordo para vender medicamento similar ao Ozempic no Brasil, tem em seu conselho de administração um nome indicado pela União.

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico) detém 5,52% do capital social da companhia, que tem ações negociadas na Bolsa de valores brasileira. Com isso, tem direito a indicar um nome para o conselho de administração.

Atualmente, quem ocupa essa cadeira é Márcio Bernardo Spata, que tem a função de chefe do Departamento de Acompanhamento da Carteira de Empresas de Capital Aberto do BNDESPar, braço de investimentos do BNDES. Seu mandato na Biomm começou no ano passado e vai até junho deste ano.

Caixa do medicamento Ozempic: de acordo com a farmacêutica Biomm, vendas do medicamento da Novo Nordisk somaram US$ 3,1 bilhões em 2023 - REUTERS

Na última quarta-feira (17), a Biomm anunciou acordo para comercializar e distribuir o medicamento semaglutida no Brasil, para tratamento de diabetes, mas que tem sido amplamente utilizado por pessoas interessadas em reduzir o peso.

O anúncio envolvendo o medicamento similar do Ozempic, da europeia Novo Nordisk, fizeram as ações da Biomm saltarem 38% na véspera, e passarem de um preço a R$ 11,11 para R$ 15,35.

Perto das 12h50, o papel subia mais de 5%, valendo R$ 16,18.

O acordo, exclusivo, foi acertado com a indiana Biocon. A Biomm afirmou que, no ano passado, as vendas de semaglutida no Brasil somaram US$ 3,1 bilhões, com uma taxa de crescimento médio de quase 40% entre 2021 e 2023.

Pelo acordo, a Biocon será responsável pelo desenvolvimento, fabricação e fornecimento da semaglutida à Biomm para o mercado brasileiro.

Mas a companhia afirmou que a comercialização e distribuição no Brasil dependem de registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A Biomm afirmou ainda que a venda do medicamento também depende de publicação do preço pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), bem como a expiração da patente, o que deve ocorrer em meados de 2026.

Procurada, a Anvisa disse que não pode comentar o assunto de imediato.

A Biomm deve inaugurar uma fábrica de insulina glargina, a primeira de uma companhia brasileira, em Nova Lima (MG), no próximo dia 26. O evento deve contar com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Saúde, Nísia Trindade Lima, afirmou a empresa.

Com informações da Reuters

Erramos: o texto foi alterado

A Biomm fechou acordo para distribuir e vender similar do Ozempic no Brasil, e não para produzi-lo, como afirmava versão anterior de título desta reportagem

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.