O partido Congresso Nacional Africano (CNA) está a caminho da vitória nas eleições da África do Sul, de acordo com a contagem parcial dos votos, embora seja o pior desempenho da sigla em seus 25 anos no poder.
Com 70% das urnas apuradas, os resultados preliminares dão 56,6% ao CNA na disputa pelo Parlamento —o principal partido de oposição, a Aliança Democrática, está com 23%, e a sigla de esquerda Lutadores da Liberdade Econômica, com 10%.
O partido de Nelson Mandela nunca conquistou menos de 60% dos assentos parlamentares desde que chegou ao poder nas primeiras eleições democráticas, em 1994, que marcaram o fim do apartheid.
Análises baseadas na contagem preliminar preveem que a sigla deve obter entre 55 e 59% do Legislativo.
Um resultado do CNA visto como fraco poderia dar fôlego aos opositores do presidente, Cyril Ramaphosa, e criar o risco de uma eventual contestação de sua liderança, afirmam analistas.
O pleito é o primeiro teste do sentimento nacional desde que Ramaphosa substituiu Jacob Zuma em fevereiro de 2018 —o ex-mandatário se envolveu em vários escândalos de corrupção que levaram a sua renúncia.
Os votos para o Parlamento e nove assembleias regionais na eleição desta quarta (8) refletem a frustração dos sul-africanos com a corrupção crescente, o alto desemprego e a desigualdade social que ainda atinge de forma mais grave a parcela negra da população.
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