O Irã cumpriu sua ameaça de acelerar a produção de urânio enriquecido, afirmou o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Yukiya Amano, nesta segunda (11), abandonando sua linguagem normalmente cautelosa para dizer que teme a crescente tensão no Oriente Médio.
A constatação da agência ocorre um ano após Washington abandonar o acordo firmado com o país persa e outras potências europeias que previa restrições ao programa nuclear de Teerã em troca da suspensão de sanções econômicas.
Os Estados Unidos aumentaram as sanções no início de maio deste ano e ordenaram que países e empresas parassem de importar petróleo iraniano, sob a pena de serem banidos do sistema financeiro internacional.
Washington também enviou tropas à região em resposta a atos do Irã que o governo americano considerou como ameaças.
Teerã, por sua vez, ameaçou aumentar o enriquecimento de urânio e instou os países europeus que também integram o tratado a encontrar formas de garantir os benefícios econômicos negociados.
O diretor da Aiea, agência responsável por monitorar o cumprimento do acordo pelo Irã, disse que o país estava produzindo mais urânio do que antes. No entanto, não está claro quando o limite máximo das reservas seria superado, o que violaria o tratado.
"Sim, o ritmo de produção está aumentando", disse Amano. O último relatório da agência, publicado em 20 de maio, constatou que o Irã vinha cumprindo o acordo até aquele momento.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.