Homem mata 4 do comando de polícia em Paris a facadas

Agressor trabalhava na área de informática do órgão e foi morto por agentes

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Paris | Reuters e AFP

Um homem invadiu a sede do comando da polícia em Paris, matou quatro guardas a facadas e morreu após ser baleado na cabeça por um dos agentes. As vítimas foram uma mulher e três homens. 

Uma outra mulher, que trabalha na direção de Recursos Humanos do departamento policial, também foi atacada, segundo o jornal Le Monde. Ela foi levada de helicóptero para um hospital em Clamart, na região metropolitana de Paris, ainda de acordo com o diário francês.

O ataque ocorreu no início da tarde desta quinta-feira (3), por volta das 13h locais (8h de Brasília).O comando da polícia fica próximo à Catedral de Notre-Dame. A região foi isolada pelas forças de segurança, e a estação de metrô mais próxima do local foi fechada.

Agentes cercam área próxima ao comando da polícia em Paris - Philippe Wojazer/Reuters

O agressor trabalhava na Diretoria de Inteligência da polícia. Seu nome não foi revelado. Segundo a imprensa francesa, ele seria um homem de 45 anos, que atuava havia 20 anos no setor administrativo. Ele teria iniciado o ataque a partir do seu escritório e foi morto em um pátio. 

"De acordo com os elementos que tenho, estamos diante de um drama hierárquico", declarou Christophe Crepin, porta-voz do coletivo Policiais Revoltados à rádio France Info.

Segundo Crépin, ele tinha problemas "com sua chefe de serviço". A mulher seria uma das vítimas.

Como parte das investigações para determinar a razão dos ataques, a esposa do agressor foi detida para interrogatório e uma operação de busca e apreensão é realizada na residência do casal.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, lamentou o ataque. "A perda é grande. Vários policiais perderam a vida. (...) Prestaremos homenagens às vítimas e saudaremos o compromisso inabalável dos membros da polícia", escreveu em uma rede social. 

O presidente Emmanuel Macron foi ao local. Também seguiram para lá o ministro do Interior, Christophe Castaner, que adiou uma viagem à Turquia, e o primeiro-ministro, Édouard Philippe. 

"Este homem nunca apresentou o menor sinal de alerta nem de dificuldades comportamentais", afirmou Castaner. 

O ataque ocorreu no dia seguinte a um protesto de milhares de policiais em Paris, uma mobilização sem precedentes em quase 20 anos. Os agentes estão preocupados com o aumento de suicídios na instituição e com a reforma previdenciária planejada pelo governo de Macron. 

Segundo organizações sindicais, 26 mil pessoas participaram da mobilização. Há quase 150 mil policiais na França. 

Com RFI

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