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Datafolha mostra estabilidade e poucos votos sem dono na corrida presidencial

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Em montagem, os presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) - Nelson Almeida e Evaristo Sá/AFP

Ao fim da segunda semana de campanha do segundo turno, não há mudança nas intenções de voto para presidente da República, segundo a pesquisa Datafolha. Pela proporção de votos válidos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanece com os 53% da semana passada; Jair Bolsonaro (PL), com 47%.

Consideradas as parcelas do total de votos, Lula tem 49%, Bolsonaro 44%, indecisos são 2% e os ora dispostos a votar branco ou nulo são 5%. Cerca de 6% dizem que ainda podem mudar o voto.

A aprovação ao governo, que nunca foi majoritária, encontra-se em patamar de pico —possivelmente refletindo a conjuntura de respiro da inflação e do desemprego.

Consideram a gestão boa ou ótima 38% dos brasileiros aptos a votar, enquanto quase idênticos 39% a tacham de ruim ou péssima. Recorde-se que, em dezembro do ano passado, a reprovação era de 53%.

No momento, o que se pode dizer é que se trata de um quadro de estabilidade com poucos votos sem dono. A algazarra da campanha, de baixeza rara, não parece ter alterado as propensões do eleitor.

Nesse contexto, a taxa de rejeição dos finalistas entre os votantes em geral e entre os que escolheram outros candidatos no primeiro turno dá indício mais relevante de como podem surgir mudanças.

A rejeição ao nome do presidente candidato à reeleição continua majoritária, a julgar pela declaração dos entrevistados, em 51%; a do ex-presidente petista, em 46%. A recusa a Bolsonaro, constata-se, é maior entre aqueles que declaram ter votado em Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT).

De mais notável é a opinião do eleitor sobre o que seria de sua vida no caso da eleição de Lula ou de Bolsonaro —os resultados são mais díspares do que aqueles das intenções de voto. Em caso de vitória do petista, a vida "ficaria melhor" para 41% dos eleitores. Na hipótese de reeleição do presidente, para apenas 27% dos entrevistados.

Dadas as margens de erro, as inconstâncias da taxa de absenteísmo eleitoral e as duas semanas para a decisão, pode-se dizer apenas que ainda se trata de uma eleição que pode ter um resultado por margem muito estreita.

Considerada a rejeição persistente e majoritária ao nome do presidente da República, as pesquisas neste momento indicam um ligeiro favoritismo de Lula. Mas nada que permita prognósticos seguros.

Ainda virão os debates, com seus riscos de passo em falso. Além do mais, o país viverá também uma quinzena quase inteira de tentativas de degradação da imagem do adversário, de mentiras e propaganda de guerra virtual, com novidades que dificultam o policiamento dos malfeitos, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral.

editoriais@grupofolha.com.br

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