Três babás ingressaram na Justiça alegando danos morais e condições abusivas quando trabalharam para o casal de advogados Cristiano Zanin e Valeska Teixeira Zanin Martins, revelou a repórter Catia Seabra nesta Folha.
As duas primeiras moveram a ação em 2017, quando o cliente mais famoso do casal, o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nem preso ainda havia sido.
A última babá ingressou na Justiça no mês passado, agora com Zanin já no topo do ranking de apostas para ser indicado ao Supremo Tribunal Federal por Lula, de volta à Presidência da República.
Valeska, acusada de ofender e tratar de forma humilhante as empregadas, disse por meio da assessoria que tais alegações foram fabricadas com os intuitos de confundir o zelo de uma mãe ao de interesses financeiros e o de desgastar a reputação do marido.
As ações foram forjadas para constranger o cotado ao STF e arrancar-lhe sob pressão algum dinheiro, como não demoraram a "noticiar" os sites sabujos de sempre? E em 2017, quando a indicação do advogado ao Supremo talvez não passasse nem pela cabeça do mais delirante petista?
Foram o Zanin advogado de um ex-presidente em má fase política e o Zanin advogado do presidente da República e para virar ministro do Supremo alvos de tentativas de extorsão nos mesmos moldes, separadas seis anos uma da outra?
A Constituição exige dos indicados ao STF notório saber jurídico e reputação ilibada. Seria hipocrisia cobrar de Zanin a condição de imaculado, infalível, celestial. Todos cometemos erros, sendo um sinal de grande saber o reconhecimento e a busca de saná-los ou não repeti-los. Seria esse o caso?
Ainda não se sabe. O favorito a integrar a mais alta corte do país, que se lá chegar será pelas mãos do partido que tem a palavra "trabalhadores" no nome e na história, simplesmente se calou. E chegamos a tal ponto na várzea institucional brasileira que isso parece não espantar quase ninguém.
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