Leitores comentam sobre a linguagem neutra

Antes restritas ao ativismo, palavras como 'todes' ganha espaço na cultura pop

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Nesta semana, a Folha perguntou aos seus leitores o que pensam sobre a linguagem "neutre", que prioriza substantivos, adjetivos e pronomes neutros, são usados para representar pessoas não binárias, ou seja, que não se identificam com o gênero masculino ou feminino.


Desnecessária. Acolhimento e respeito não estão em palavras.
Sylvia Machado (São Paulo, SP)

Quem precisa “achar” algo é quem se identifica com tais pronomes neutros. A quem já está satisfeito com seus pronomes só resta respeitar. Não é sobre todes, é sobre uma minoria massacrada por séculos, que só deseja viver em paz.
Filipe Freitas (Porto Alegre, RS)

Apoio várias iniciativas dos movimentos de inclusão. Entendo os não binários e sua luta pelo reconhecimento de sua identidade. Porém a linguagem neutre não é compreendida por pessoas que sofrem do distúrbio de dislexia, o qual carrego comigo. Disléxicos sofrem muito mais na leitura, na escrita e na pronúncia dessa conceitual linguagem. Vejo ativistas (será que são?) e até professores defendendo isso, mas eles se esquecem do básico da inclusão que defendem: todos estão prontos para isso?
Carlos Henrique Meirelles (Campo Grande, MS)

A língua é viva. Ela naturalmente se modifica com o passar do tempo. Palavras que usávamos no
passado não são mais usadas, ou possuem uma grafia completamente diferente. A discussão de linguagem neutra é válida. Mas vai precisar de tempo para que isso tenha uso difundido e não cause estranheza.
Diego Rodrigues Azevedo (Distrito Federal, BR)

Simplesmente uma avalanche de neologismos desnecessários, cairá primeiro no ridículo e, posteriormente, no esquecimento.
Fernando de Paula Souza Júnior (Sorocaba, SP)

Não se altera a velocidade do carro segurando o ponteiro do velocímetro, a língua se modifica com o tempo e principalmente por isso, diz-se “língua viva”. Logo, infrutífera essa tentativa de normalização do modo de falar ou de escrever.
Aquiles Campagnaro (Santo André, SP)

Ilustracao de Niklas Asker para foco sobre projeto de genero neutro, na Suecia
Ilustracao de Niklas Asker para foco sobre projeto de genero neutro, na Suecia - Niklas Asker

Acho ótimo. É bom manter a cabeça aberta, e saber que as ideias da nossa bolha não cabem em todo mundo. Sejamos todos livres.
Sígride Nascimento (Santos, SP)

Ache ume merde.
Lucas Alves dos Santos (Porto Alegre, RS)

Penso que as normas gramaticais da língua portuguesa devem ser preservada. Para o dia a dia e numa linguagem cotidiana, já temos certa informalidade e não vejo problema nisso. Sei que a língua não é estática e deve acompanhar as mudanças, mas sem exageros.
Flávia Masetti de Oliva (São Paulo, SP)

Na língua portuguesa, o masculino genérico serve para masculino, feminino e LGBT, segundo a linguística. Inclusão em linguagem é entendimento. Ao ler Ordem dos Advogados do Brasil, todo mundo entende que lá estão advogados, advogadas e advogades. Se não aceita esse fato linguístico, para uma linguagem realmente neutra, elabore textos sem palavras com variação de gênero ao referir-se a seres vivos e para não cair no binarismo, como leitor/leitora.
Marcio Chocorosqui (Rio Branco, AC)

Aprendi na escola que, quando dizemos, “a todos os amigos e amigas presentes”, este “todos” já se refere à totalidade das pessoas presentes, independentemente do gênero.
Margarete Souza Stratz (São Paulo, SP)


Outros assuntos

Justificativa
“Lula justifica ausência em protestos e muda tom sobre regulação da mídia” (Poder, 9/10). Depois de votar na legenda PT em todas as eleições, hoje, Lula, somente no segundo turno, caso o adversário seja o Bolsonaro. PT jamais.
Gilmar Oliveira Duarte (São Paulo, SP)

Se o Lula fosse nas manifestações, a mídia iria criticar e dizer que ele estava fazendo propaganda eleitoral antecipada. Já Bolsonaro faz motociatas e inaugura até ponte de madeira em evidente campanha antecipada, aliás o que faz desde que se elegeu, e nada acontece com ele.

Regulação da mídia é necessidade premente. É preciso seriedade no trato com a notícia. O Brasil, além de ter uma imprensa que sofre perseguições, também usa os meios de comunicação para perseguir, mesmo que de forma velada.
Edgard Heymann (São Paulo, SP)

Canetada
“Bolsonaro rejeita congelamento ‘na canetada’” (Mercado, 9/10). Não é congelar. É garantir preços normais de combustíveis, já que temos bastantes. Tem que mudar a política de preços da Petrobras.
Jonathan Cordeiro de Almeida (Petrolândia, PE)

Nota de US$ 9,5 milhões
“Paulo Guedes estampa nota de US$ 9,5 milhões em muros na Faria Lima” (Mercado, 8/10). Paulo Guedes está fazendo um pé de meia para levar sua empregada doméstica para Disneylândia.
Marcelo Ribeiro (Belo Horizonte, MG)

A cédula parece falsa, mas é tão verdadeira quanto a gestão do ministro. Fosse eu, faria como Groucho Marx e diria: “Não entro para um governo que me aceita como ministro”, e pedia o boné.
Hélio Cardoso (Mirassol, SP)

Ação de grupo de ativistas espalha nos muros da av. Faria Lima notas de US$ 9,5 milhões com a cara do ministro Paulo Guedes
Ação de grupo de ativistas espalha nos muros da av. Faria Lima notas de US$ 9,5 milhões com a cara do ministro Paulo Guedes - Divulgacao

Ministro astronauta
“Marcos Pontes diz ter pensado em deixar governo após corte de R$ 600 milhões em seu ministério” (Ciência, 8/10). Salve o que sobrou de sua biografia de astronauta, senhor ministro. Não seja conivente com esse governo obscurantista.
Hilma Villela Ronzani (Juiz de Fora, MG)

Marcos Pontes não está chateado nem pretende sair. É omisso. Só sabe ficar rindo nas fotos ao lado do presidente Bolsonaro. Não fez, não faz e não fará nada de bom em sua pasta. E agora tem a desculpa: não tem verba.
Ana Bernardete dos Santos Garcia (São José do Rio Preto, SP)

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