Leitores comentam valor dado pelos EUA ao Fundo Amazônia

Falência da Livraria Cultura, desmatamento e recuo de Tarcísio de Freitas sobre autismo são temas abordados por leitores

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Fundo Amazônia
Eu me envergonho com o pedido de esmola mundo afora para cuidar da floresta amazônica, com a desculpa de que é do interesse de todos ("Brasil se decepciona com valor oferecido pelos EUA para participar do Fundo Amazônia", Mundo, 11/2).
José Eduardo Oliveira De Vincenzo (Ribeirão Preto, SP)

Os resultados são modestos, mas vale a aproximação, os dois falando a mesma língua. Os EUA querem o Brasil do lado da defesa da democracia. Se Lula fosse mais agressivo em relação à invasão da Ucrânia, teria tido obtido mais dinheiro.
Abrão Lacerda (Timóteo, MG)

A percepção dos países do Primeiro Mundo sobre corrupção no Brasil é bem perspicaz. O Brasil oferece garantia total de que um dólar doado será usado a que foi destinado?
Luciana Nunes (São Paulo, SP)


Desmatamento
Bem-vindos à realidade virtual do Inpe ("Desmatamento na Amazônia tem queda de 61% em janeiro, aponta Inpe", Ambiente, 10/2).
Marcia Guimarães (Rio de Janeiro, RJ)

Temos mais sorte que juízo. Estivemos perto de ter o país devastado.
Carlos Telles (Porto Alegre, RS)


Fim da Livraria Cultura
Triste pelo falimento da Cultura ("Livraria Cultura tem falência decretada pela Justiça", Mercado, 10/2). Mais triste ainda pelo falimento de livrarias. Cultura e Saraiva quebraram as pequenas, entraram em guerra e quebraram a si mesmas. Deveríamos valorizar as pequenas livrarias e editoras.
Marcelo Augusto Pires (São Paulo, SP)

Livros são de cara produção, são caros para o leitor, não dão lucro ao livreiro e pouco ao editor. Ler livros tornou-se "cringe", escrevê-los é coisa de intelectuais alienados, e vendê-los, de abnegados. Aonde vamos?
Wlander Kwasniewski (Campinas, SP)


Autismo e Tarcísio
"Tarcísio diz que errou ao afirmar que autismo pode deixar de existir" (Painel, 10/2). E ainda cortou a distribuição de absorvente, deixando pessoas pobres mais humilhadas.
Alcides Castro (São Bernardo do Campo, SP)


Moro
Moro foi um juiz que corrompeu a Justiça e os processos onde atuou, por interesse próprio ("Moro perde ação, e Glenn Greenwald mantém ‘juiz corrupto’ contra ele no ar", Mônica Bergamo, 10/2). Não se trata de liberdade de expressão o texto do Glenn, mas de dar nome aos bois.
Cristina Ayres (Rio de Janeiro, RJ)


JBS
Prezados,
A JBS entende que a liberdade de expressão é um valor inquestionável, pilar da democracia e da troca de ideias essencial para o desenvolvimento humano. Ao mesmo tempo, observa que o rigor à veracidade das informações também é fundamental para o exercício desses valores, mesmo em espaços de humor.
O cartum publicado no blog do colunista Cláudio Hebdô em 6 de fevereiro traz informações equivocadas sobre a JBS. Nunca existiu "subsídio companheiro" do BNDES. Tampouco a Companhia, mesmo sendo a maior empresa global de alimentos, se tornou um "monopólio privado mundial". O setor é pulverizado e competitivo, com players de vários portes no segmento. A participação da JBS no mercado não caracteriza monopólio.
Quanto ao BNDES, a JBS foi, sim, um caso de sucesso.
O BNDES não praticou política de "juros subsidiados" para a JBS. O banco investiu na Companhia, da qual é sócio até hoje. Desde 2007, a BNDESPar, braço de investimentos do BNDES, investiu na JBS R$ 8,1 bilhões (valor nominal) —R$ 17,2 bilhões, com atualização pelo IPCA (índice oficial da inflação). Esses valores foram investidos na compra de ações da JBS e do Bertin, depois incorporado pela Companhia, e na emissão de debêntures, depois convertidas em ações.
Como acionista da JBS, a BNDESPar já recebeu R$ 14,3 bilhões, sendo R$ 3,67 bilhões em dividendos e R$ 10,6 bilhões em venda de parte de suas ações. Atualizados pela inflação, os valores totalizam R$ 18,1 bilhões. Atualmente, o BNDES detém participação de 20,81% na Companhia, o que equivale a R$ 8,7 bilhões, considerando o valor atual da ação.
Somando sua participação atual e os valores recebidos desde 2007, o total de retorno da BNDESPar até hoje é de 56% acima da inflação, 16% acima dos juros DI e 109% acima do Ibovespa, cálculos feitos a partir da atualização de cada um desses indicadores. Enquanto for acionista, o BNDES continuará recebendo dividendos. Dado o retorno, o investimento da BNDESPar na JBS se mostra uma decisão favorável para o banco.
Em dezembro de 2019, o BNDES divulgou o resultado de uma investigação independente que não encontrou evidências de corrupção, influência indevida ou pressão por tratamento diferenciado nas operações da equipe técnica. Foram analisados mais de 3 milhões de dados eletrônicos e 400 mil documentos.
Os aportes do banco na JBS também se mostram um acerto social. A Companhia é uma das maiores empregadoras no Brasil, com cerca de 145 mil colaboradores diretos e 435 mil, se considerarmos os indiretos. A Companhia é a principal atividade econômica em boa parte dos municípios em que tem unidades produtivas. Nesses locais, atua em parceria e leva prosperidade para as comunidades, colaborando para o desenvolvimento do interior do país.
Gostaríamos que a Folha levasse em consideração esses pontos da próxima vez em que, ainda que em seu espaço de opinião, se referir à Companhia. Reforçamos que estamos sempre à disposição para o diálogo.
Cordialmente,
Marcela Rocha, diretora-executiva de Assuntos Corporativos da JBS (São Paulo, SP)

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