Ser fã de um artista é um caminho tortuoso. Isso porque criar expectativas sobre alguém que está, como qualquer ser humano, sujeito a errar constantemente pode trazer frustrações incidentes.
A decepção pode vir em diferentes graus e cada pessoa reage de uma forma. É o que está acontecendo atualmente entre os swifties, fãs de Taylor Swift, que enfrentam um dilema entre a adoração e a crítica em meio à turnê do Brasil.
Após a morte da fã Ana Clara Benevides, de 23 anos, na última sexta-feira (17), a cantora afirmou em comunicado que não se pronunciaria sobre o assunto nos palcos. Na justificativa, ela diz que está sobrecarregada com o luto e que não consegue falar nisso.
Para alguns fãs, a cantora deveria fazer uma homenagem a Benevides e também se posicionar perante a xenofobia de fãs nos Estados Unidos e na Europa contra brasileiros. Além disso, a expectativa era a de que, por ser bilionária, ela enviasse um apoio financeiro à família que foi impactada pela perda. No entanto, nada disso foi feito.
Assim, muitos dos admiradores estão decepcionados e defendem que a experiência do show também foi comprometida.
De qualquer forma, todo fã está sujeito a passar por esse tipo de desilusão. São inúmeros os casos que ganharam repercussão recentemente, reforçando a necessidade de separar o autor da obra para alguns admiradores.
Entre alguns mais recentes estão os artistas com declarações sobre a Guerra Israel-Hamas, as falas transfóbicas de J.K. Rowling, autora de "Harry Potter", a misoginia de pintores famosos, como Pablo Picasso (1881-1973), e o antissemitismo de Kanye West.
E você, leitor da Folha, já foi decepcionado por um artista que admirava? Conte sua experiência neste formulário. Algumas respostas serão publicadas no Painel do Leitor de domingo (26) e nas redes sociais do jornal.
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