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Em sabatina Folha/UOL, Tabata diz erroneamente que Nunes responde a processo no TCM

Segundo tribunal, não houve irregularidades em gastos do prefeito com educação, diferentemente do que ela afirmou

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São Paulo

A Folha deu início na semana passada ao ciclo de sabatinas com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, promovido em conjunto com o UOL para tratar sobre temas da cidade. A deputada federal e candidata do PSB, Tabata Amaral, foi a convidada da última quinta-feira (5). O empresário Pablo Marçal (PRTB) foi o participante de estreia, no dia anterior. Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) também já participaram, e ainda devem ser entrevistados José Luiz Datena (PSBD), Altino Prazeres (PSTU), Ricardo Senese (UP), João Pimenta (PCO) e Marina Helena (Novo) e Bebeto Haddad (DC).

Como em outras sabatinas, Tabata falou algumas desinformações. Errou ao dizer que o prefeito Ricardo Nunes estaria respondendo no TCM (Tribunal de Contas do Município) por ter aberto mão "nesses três anos de quase R$ 5 bilhões que deveriam ir para a educação por conta do mínimo constitucional".

De fato, um relatório do TCM apontou uma espécie de "pedalada fiscal" no governo Nunes, com gastos relativos à educação em 2021. Como mostrou a Folha, quase R$ 1,5 bilhão dos investimentos registrados naquele ano só virou obras e serviços em 2022. Mas, a decisão final de conselheiros do órgão apontou que não houve irregularidades na prestação de contas.

A candidata generalizou quando disse não haver incentivos para a população jogar lixo nos ecopontos, serviço gratuito do município que "tem o objetivo de educar a população sobre o correto descarte de lixo e entulho".

No total, São Paulo conta com 127 ecopontos espalhados por diversos bairros. Mas há ações pontuais, como algumas realizadas durante a Semana Nacional do Meio Ambiente, em junho. Neste ano, por exemplo, a prefeitura promoveu evento de conscientização sobre reciclagem no Aeroporto de Congonhas, com vídeos informativos e doação de composto orgânico. Outra ação ocorreu em fevereiro, em Cidade Tiradentes: quem levasse entulho aos ecopontos de Cidade Tiradentes recebia mudas para plantio.

Fotografia mostra a deputada federal e candidata à Prefeitura de São Paulo Tabata Amatal de perfil. Ela está falando em uma coletiva de imprensa, com microfones de diferentes emissoras à sua frente. Ao fundo, outras pessoas estão observando e algumas estão segurando celulares. A mulher à frente parece estar explicando algo com gestos. Ela usa uma blusa escura e tem cabelo curto.
A deputada federal e candidata à Prefeitura de São Paulo Tabata Amatal (PSB) foi a segunda participante da sabatina Folha/UOL - Bruno Santos - 1.set.2024/Folhapress

Também não foi exata quando disse: "(Em) Todas as pesquisas que saíram até aqui, desde o começo da eleição, candidatos desceram e subiram. Pablo Marçal sobe em todas, é justo reconhecer, mas eu também não fiquei no mesmo patamar de número em nenhuma das pesquisas. Em todas, eu subi, um ou dois pontos", falou.

De acordo com o Datafolha, a candidata caiu de 8% para 7% na pesquisa divulgada no início de julho, quando ainda era pré-candidata. Depois da convenção dos partidos, ela manteve os 7% no começo de agosto e chegou aos 8%, no dia 22 do mesmo mês —o último Datafolha, em que ela aparece com 9%, ainda não tinha sido divulgado.

A oscilação também foi mostrada pelo instituto Quaest. De acordo com os dados, a deputada tinha 6% das intenções de votos em junho e caiu para 5%, em julho, antes das convenções partidárias. Tabata Amaral subiu para 8% na pesquisa divulgada em agosto.

A reportagem entrou em contato com a assessoria da candidata, que afirmou que ela considerou apenas as pesquisas de agosto do Datafolha e as duas últimas da Quaest. "O que confirma a tendência de crescimento", escreveu a equipe.

Entre os acertos, Tabata disse que a cidade tem 72 cracolândias espalhadas por 42 bairros, e que a estimativa é que o tráfico na mais famosa delas, no centro, movimente R$ 200 milhões por ano.

Ainda na segurança pública, a candidata também foi correta ao dizer que o principal chamado que a Polícia Militar atende, atualmente, é por ruído. A fala faz referência a um dado divulgado pela SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) em junho deste ano. Segundo o órgão, a corporação atendeu 727 mil chamados referentes a perturbação de sossego, o que representa 24,7% de todas as demandas.

Outra informação que ela apresentou: mais da metade dos abusos sexuais acontece com meninas que têm menos de 13 anos. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022 apontam que 58,8% das vítimas de estupro tinham menos de 13 anos. O Altas da Violência 2024, divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, também mostrou que meninas com até 14 anos sofrem proporcionalmente mais violência sexual do que mulheres adultas.

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