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Como fazer networking no início de carreira

Edição da newsletter Folha Carreiras traz dicas para quem quer aumentar rede de contatos

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São Paulo

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tema da semana: como fazer networking

Já ouviu a expressão "quem não é visto, não é lembrado"? A edição de hoje tem relação com essa frase, pois vamos falar da importância do networking na carreira.

Antes, o que é networking?
Uma rede de contatos em que há troca de conhecimentos e experiências. Segundo Paula Boarin, mentora de carreiras, pense o networking como uma poupança, onde para sacar é preciso depositar.
No mundo do trabalho, é uma forma de se conectar com pessoas que podem te ajudar a conquistar seus objetivos profissionais.

Uma boa rede de contatos pode alavancar a carreira profissional - Apinan / Adobe Stock

Agora sim. Como fazer networking?

  • Primeiro, entenda qual é o seu momento de carreira. Assim, você consegue traçar seus objetivos e montar uma estratégia, diz Lucas Papa, gerente executivo do PageGroup, empresa de recrutamento e seleção de executivos.
  • LinkedIn: não é para se conectar com todo mundo que encontrar na rede social. Busque um assunto que você domina ou tem interesse e vá atrás de pessoas que partilhem desse tema. Procure também grupos e comunidades na plataforma para conhecer essas pessoas, diz Fernanda Piacesi, mentora de carreiras de liderança.
    • O LinkedIn funciona como qualquer outra rede social, então curta, compartilhe e comente. Interaja com profissionais ligados a sua área de interesse ou que te inspirem.
  • Para além do online. Comece o networking na faculdade. Converse com professores e colegas, aproveite as oportunidades da universidade como empresas juniores, congressos, eventos, projetos sociais, que também são formas de ampliar suas conexões.
    • Isso mostra que não é preciso ter experiência profissional para criar sua rede de contatos;
    • Participe de cursos e eventos para criar relacionamentos com pessoas que podem ser uma ponte para oportunidades de trabalho.

Quem fez, conta como foi: A estagiária de marketing Ingrid Nascimento, 29, conseguiu seu emprego atual por recomendação de uma professora da faculdade.
"Eu sempre fui participativa. Gosto de estar em eventos da universidade, ajudar meus professores e ser ativa nas aulas. Busco estar presente, não apenas nos eventos, mas na vida de pessoas que podem me ajudar na carreira", diz.

Quem deve fazer parte dessa rede? Amigos, professores, colegas de trabalho, chefes e por aí vai. O importante é se conectar com quem partilha dos mesmos interesses que você.

Então, networking é para qualquer um? Sim, independemente do seu momento de carreira, empregado ou procurando trabalho.
Principalmente aqueles que estão ingressando no mercado de trabalho. Quanto mais cedo criar uma rede de contatos, mais pessoas irá conhecer e mais oportunidades terá na carreira, diz Piacesi.

Cuidado, isso aqui não é fazer networking. Boarin traz dois exemplos:

  • Logo de cara, cobrar algo da pessoa. "Acho que tenho tudo a ver com seu trabalho, vamos marcar um horário para eu te apresentar as minhas ideias?". Essa abordagem pode parecer invasiva, principalmente se você impor algo sem conhecer o profissional.
  • Mandar currículo para especialista em RH sem nem saber se ele está procurando alguém para determinada vaga. Pode parecer panfletagem, por isso, é preciso ter estratégia.


Lembrete: networking não é indicação. Já ouviu falar que a pessoa conseguiu emprego porque alguém o indicou para a vaga? Networking, na verdade, trata-se de recomendar o profissional pelas suas qualidades.

Exemplo: A estudante de publicidade e propaganda Caroline Lima, 21, conseguiu seu emprego atual por recomendação de uma colega de trabalho. Ela desempenha a posição de supervisora de atendimento na Provi, startup de financiamento estudantil.

"Networking, basicamente, é o que está me impulsionando na carreira. Desde quando troquei de emprego até os momentos em que fui promovida para outros cargos", diz Caroline.

Exemplos de como começar a fazer networking:

  • Agradeça às pessoas pelas ideias que a apresentação ou discussão despertou em você.
  • Interaja no LinkedIn com profissionais que trabalham na sua área de formação ou que te inspiram.
  • Se coloque à disposição para trocar aprendizados. "Olá, tudo bem, eu trabalho na área de marketing e falo sobre esse tema de marketing de influência, conte comigo para o que precisar", exemplifica Boarin.
  • Networking é uma troca. Por exemplo, mande uma mensagem como 'estou vendo tendências de mercado, quero compartilhar contigo e saber sua opinião’ ou ‘vejo oportunidades de investimento em tal área, acho que você pode agregar nisso e eu posso te ajudar nesse ponto’", diz Papa da PageGroup.
  • Demonstre interesse genuíno no que as outras pessoas estão fazendo. Pergunte como é a rotina dela, como chegou até aqui, quais obstáculos encontrou nesse caminho, diz Ana Chauvet, CEO na i9hunter, companhia de recrutamento e seleção.

Minha experiência

Jovem conta como networking foi importante para subir de cargo

Roberta Medina é uma mulher branca de longos e lisos cabelos pretos. Ela usa um blazer cinza claro com uma blusa vende por baixo com a gola alta. Medina está sentada e sorrindo para a fotografia.
Roberta Medina, 23, Trainee de soluções na Microsoft - Arquivo pessoal

"Networking é vida e abre portas para muitas oportunidades na carreira", diz Roberta. Ela começou na Microsoft como estagiária. No início, a empresa orientou os estagiários a buscarem mentores para ajudá-los a se desenvolverem e se integrarem na cultura do negócio.

Para se conectar com esse profissional, ela buscou pontos que eles teriam em comum. "Nesse caso, procurei um mentor ligado a temas de diversidade e inclusão, os quais também sou engajada por causa da minha história pessoal". Ela tem um irmão com deficiência.

Como essa conexão te ajudou na companhia?

"Essa mentoria me indicou outros profissionais para me conectar e aprender mais. Tive senso de realidade sobre como funciona a empresa e, com isso, consegui entender quais caminhos seriam necessários para uma efetivação".

Graças ao networking, essas conexões a ajudaram com recomendações para assumir o posto de trainee que ocupa hoje. "Elas reafirmaram minhas qualidades e o que eu poderia agregar nessa posição", afirma.


NÃO FIQUE SEM SABER

Explicamos dois assuntos do noticiário para você.

Entenda como está sendo a transição de governo

Os preparativos para a transição de governo já começaram...

  • Mas, o que é isso? Etapa em que a equipe do presidente eleito obtém informações sobre a situação das contas públicas, dos programas e projetos do governo federal. Assim, a equipe do futuro presidente tem os dados que precisa para assumir.
  • Quem está no comando? O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), é o coordenador geral da transição, com o ex-deputado Floriano Pesaro na coordenação executiva.
    • O ex-ministro Aloizio Mercadante responderá pela coordenação dos 31 grupos técnicos, responsáveis pela elaboração de programas;
    • Gleisi Hoffmann, presidente do PT e deputada federal, ficará com a coordenação de articulação política; Veja outros nomes aqui.
    • Importante lembrar: a indicação para esses cargos não garante a nomeação como ministro.
  • A equipe escolhida teve elogios... A indicação dos economistas Persio Arida, André Lara Resende, Nelson Barbosa e Guilherme Mello para a equipe de transição foi bem recebida pelo mercado financeiro.
  • Opinião: Governo de transição é de alto nível, mas Lula precisa de um ministro da Fazenda já, escreveu o colunista da Folha Vinicius Torres Freire.
  • O que a Folha pensa: Lula contempla divergência na transição, mas será inevitável desagradar a alguém, escreve o jornal em seu editorial.
  • Ouça no podcast Café da Manhã os planos do terceiro governo Lula para a economia e os impactos de medidas do governo Bolsonaro.

Tire dúvidas sobre a subvariante ômicron BQ.1

A nova variante da ômicron, a BQ.1, chegou no país. O que você precisa saber sobre ela:

  • Sintomas: Assim como outras subvariante da ômicron, a BQ.1 pode causar coriza, dor de garganta e mal-estar generalizado.
  • Características: é derivada da variante ômicron. Uma particularidade que a difere de outras cepas é um escape muito maior da proteção das vacinas.
    • "Ela consegue fugir dos anticorpos, tanto produzidos por quem se vacinou quanto pela infecção natural, o que aumenta a capacidade dela de causar infecção", diz Alberto Chebabo, presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).
  • Como se proteger? Tomar todas as doses de vacina recomendadas para sua faixa etária, incluindo as doses de reforço. Lembre-se de intensificar a higienização das mãos e, no caso de idosos e pessoas imunossuprimidas, usar máscara em locais fechados ou com aglomeração.
  • Importante: cidades de 11 estados já aplicam 5ª dose da vacina contra Covid.
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