Vai ao Japão? Veja dicas do que visitar em Tóquio, Osaka e Kyoto em poucas semanas

País asiático proporciona roteiros com gastronomia, cultura, compras e até turismo ecológico para viajantes

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William Saab
Tóquio

Uma viagem ao Japão proporciona um roteiro completo, com gastronomia, cultura, compras e até mesmo turismo ecológico. Em 20 dias, é possível conhecer algumas das principais atrações do país.

E se a viagem se der entre março e abril, ainda leva de brinde uma das paixões locais: a florada das cerejeiras. O país se veste de rosa para brindar o começo da primavera com festivais em templos, e os parques lotam de turistas em busca de piqueniques sombreados pelas incontáveis árvores.

Cruzamento de cinco ruas no bairro de Shibuya, a travessia de pedestres mais movimentada do mundo
Cruzamento de cinco ruas no bairro de Shibuya, em Tóquio, a travessia de pedestres mais movimentada do mundo - eyetronic/Fotolia

Antes mesmo de fazer as malas no Brasil, a sugestão é já comprar a maioria dos ingressos. Apesar da boa vontade, são poucos os locais que dão informação em inglês.

Pode ser interessante adquirir o JR Pass (cerca de R$ 2.280 para 21 dias), que permite viajar de trem pelo país (inclusive nos trens-bala). É válido também em alguns trechos do metrô de Tóquio —basta procurar nas estações pelas placas "JR". Entretanto, só é possível comprar este passe com antecedência junto a uma agência de viagens credenciada.

Em um roteiro de 20 dias, metade deles devem ser destinados à capital, Tóquio. A maior área urbana do mundo reserva inúmeras atrações, e a dica é tentar se planejar pelos bairros. O transporte público é bastante eficiente e o cartão de embarque pré-pago pode ser emitido e recarregado em máquinas nas estações.

Bairro mais caro da cidade, Ginza abriga endereços de grife, alguns dos restaurantes mais disputados e galerias. O Artizon Museum (cerca de 1.200 ienes, ou R$ 46) abriga um acervo vasto e recebeu o trabalho que o pavilhão do Japão apresentou na Bienal de Veneza do ano passado.

Já em Roppongi é possível ter uma boa vista do alto, na Torre de Tóquio, ou ainda fazer uma caminhada até os pés da gigante de ferro. Além de museus e restaurantes, é nesta vizinhança também
que se encontram parques para observar as cerejeiras.

No Parque Ueno, mesmo sem as cerejeiras, a visita é recomendada em qualquer época do ano. O espaço abriga diversos museus, como o de ciência, o de arte ocidental e, o principal deles, o Museu Nacional de Tóquio. Seus enormes salões abrigam exposições que contam a história do país.

Para quem prefere explorar o universo high tech, o TeamLabs Planet (R$ 132) oferece exposições interativas e instagramáveis. A atração fica próxima da região de Chuo, conhecida também pelo Tsukiji Fish Market, tradicional mercado de peixes que garante uma experiência gastronômica rica em sabores.

Shibuya, em Tóquio
Shibuya, em Tóquio - Adobe Stock

Uma viagem a Tóquio não é completa sem passar pelo cruzamento de Shibuya, o mais famoso e movimentado do mundo e um cartão-postal da capital. Para se ter uma bela vista panorâmica dali, a dica é subir no Shibuya Sky (cerca de R$ 68), a 230 metros de altura. No solo, turistas e locais enchem bares, restaurantes e lojas de departamento.

No entanto, os jovens fazem compras em outras vizinhanças, nos bairros de Harajuku e Shimokitazawa. Por lá, é possível percorrer lojas com itens fashions e de marcas autorais. Vale fazer uma visita à
Takeshita street, com suas novidades e artigos estilosos.

Para completar, Shinjuku é o bairro das atrações boêmias para todos os gostos, com bares diversos, baladas com DJs internacionais, pubs dedicados ao público LGBTQIA+ e, é claro, os famosos karaokês.

Fora da capital, atrações incluem tradições e vulcão

O acesso às cidades próximas da capital japonesa é simples, feito com trens. Três delas se destacam: Yokohama, Kamakura e Fujinomiya.

Na primeira fica uma enorme Chinatown, que conduz a um passeio repleto de opções gastronômicas. Já o balneário de Kamakura é procurada pelas praias e o contato com o mar, é um point de surfistas.

Porém, Fujinomiya é o lugar ideal para quem deseja se aproximar do Monte Fuji. Caminhar pelas ruas ao pé da montanha é um deleite, e o Mt Fuji Heritage Center é um centro cultural com um observatório privilegiado. A cidade também oferece o Onsen, famoso banho em águas termais vulcânicas.

Visitantes passeiam em jardim coberto por mais de 800 mil flores durante o festival Shibazakura, próximo ao monte Fuji, no Japão
Visitantes passeiam em jardim coberto por mais de 800 mil flores durante o festival Shibazakura, próximo ao monte Fuji, no Japão - AFP

Quem busca símbolos mais tradicionais da cultura nipônica deve visitar Kyoto, antiga capital do país, com um turismo voltado a templos e santuários, em especial na região de Gion. Além de construções históricas, é possível fazer refeições e tomar chá com gueixas —é comum ver turistas passeando nas ruas trajando quimonos alugados.

Uma vez em Kyoto, não deixe de conhecer o Templo Kinkaku-ji (Pavilhão Dourado), o Yasaka-jinja Shrine (Santuário de Yasaka, aberto à noite) e, o mais conhecido, o Santuário Fushimi Inari, famoso pelos mais de 10 mil portais vermelhos. A sugestão é chegar cedo, já que os pontos são repletos de visitantes, inclusive locais.

A cidade também proporciona um contato maior com a natureza, no distrito de Arashiyama, onde fica o famoso bosque de bambus. Na vizinhança, o rio Hozu, cercado de verde e montanhas, pode ser apreciado em um cruzeiro, que fica especial no outono.

Entre Kyoto e Tóquio, a sugestão é fazer uma parada rápida em Nagoya para conhecer o Ghibli Park, que faz uma imersão no universo do mestre da animação Hayao Miyazaki.

Mais no interior do Japão, a três horas da capital, Osaka merece uns três dias da viagem, com sua arquitetura contemporânea e algumas das principais atrações do país.

Dotombori é o principal centro turístico, repleto de comidas de rua (como o takoyaki ou o okonomiyaki). Seus canais permitem agradáveis passeios de barco, de onde se veem os gigantescos letreiros coloridos das fachadas.

Outra atração é a Universal Studios (8.600 ienes, ou R$ 323). O parque em nada difere das versões americanas, exceto pela presença de personagens locais, como a Hello Kitty e o Pokémon. O grande atrativo, porém, é a arena Super Nintendo World, que recria toda a ambientação do famoso jogo Super Mario Bros.

Para quem busca opções mais contemplativas, uma boa pedida é o Castelo de Osaka (R$ 23), um monumento do século 16, fundamental na unificação do Japão, e o Aquário Kaiyukan (cerca de R$ 102), em que se encontra boa parte da vida marinha da Ásia.

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