Brasília: conheça restaurantes e bares que valem a visita na capital federal

Estabelecimentos oferecem boas cartas de coquetéis, além de opções para almoços e jantares

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Uma certa fama marca Brasília. Para além da política e da história de sua construção, a capital federal padece da pecha de morrer aos finais de semana. O que não condiz com a realidade.

Perto das seis da tarde de um sábado no 16, bar no 16º andar do B Hotel, no setor hoteleiro da capital federal, um garçom avisa com feição de pesar que uma mesa pode demorar a sair. Não é truque de marketing, o bar está realmente cheio, fato que se justifica por alguns motivos —o 16 fica diante da instagramável piscina amarela projetada por Isay Weinfeld, tem uma vista livre para o pôr-do-sol de Brasília e tem uma excelente carta de coquetéis.

Bao de porco do restaurante Taypá
Bao de porco do restaurante Taypá - Divulgação

Não demora tanto e já à mesa é possível provar o tropicália (R$ 43), feito com bourbon, licor de banana e absinto, bastante alcoólico e aromático, e também o iracema (R$ 43), misto de cachaça com rum, laranja, mel, maracujá limão e uns salpicos de Angostura, bem refrescante.

Para corrigir o excesso etílico, o bar serve um steak tartar clássico (R$ 80) e o arroz de bacalhau com o ovo de gema mole perfeito em cima (R$ 90). O bar fica restrito aos hóspedes durante o dia, deixando claro que tomar um drinque à beira daquela piscina no calor de Brasília é certamente um motivo para se hospedar por lá.

Ainda no B Hotel, agora no térreo, sob o comando do chef Lênin Palhano, um dos melhores restaurantes da cidade oferece um menu calcado em peixes e frutos do mar.

No salão do lobby com reedições de móveis modernistas, é possível ver, por uma parede envidraçada, um chef preparar o polvo na brasa (R$ 195), que chega crocante por fora e com a textura correta para o seu cozimento por dentro. O molusco ainda vem acompanhado de gremolata de pimenta de cheiro, tartare de abóbora e arroz de quiabo com castanha.

Também se destaca o dourado (R$ 160), peixe de água doce, acompanhado de vinagrete e batata. A rabanada da casa (R$ 40), servida com calda de cumaru e sorvete de tapioca, vale todas as calorias.

"Brasília é superviva no final de semana" afirma a ex-MasterChef Edilane Oliveira, nome por trás do Brasis Ateliê Gastronômico, casa a cerca de 30 minutos do eixo monumental que abre só aos finais de semana.

Oliveira, que chegou a assinar um jantar oferecido pelo presidente Lula, converteu sua chácara em restaurante para oferecer almoços e jantares em três, cinco ou oito etapas. O mais pedido, esse com cinco pratos (R$ 189), tem pancetta de porco com geleia de goiaba e chutney de abacaxi com cúrcuma. Há também camarão empanado com coco seco e molho de tamarindo como entradas.

Nos pratos principais, a chef prepara filé com molho de frutas vermelhas e ainda um robalo na manteiga de sálvia. As porções são no estilo degustação, o que torna possível comer todos os quatro pratos e ainda pedir uma das sobremesas da casa no final. Quanto aos drinques, uma tradicional caipirinha (R$ 16,90) não faz feio.

É com um também tradicional pisco sour (R$ 40) e um tradicional ceviche (R$ 90) que o peruano Taypá conseguiu ser o único restaurante brasiliense a figurar na lista de 50 melhores descobertas do ranking 50 Best. "Depois do título a gente tem que manter a qualidade" afirma o chef executivo Marco Spinoza também comentando que adaptou algumas receitas peruanas para agradar ao gosto dos brasilienses.

"Fazíamos esse arroz com frango no Peru" diz o chef sobre o tradicional arroz socarrat que no restaurante vem acompanhado do bife ancho (R$ 162). Ele também lembra que há exceções que não precisaram mudar, como o ceviche criollo (R$ 118), que mistura peixe e outros frutos do mar com um molho de coentro. O bar do restaurante também merece destaque, com coquetéis à base de pisco, o jaboticaba sour pisco (R$ 40), que acrescenta a fruta brasileira à receita, é uma agradável surpresa.

Local foi único restaurante brasiliense a figurar na lista de 50 melhores descobertas pelo 50 Best
Taypá foi único restaurante brasiliense a figurar na lista de 50 melhores descobertas pelo 50 Best - Divulgação

A cidade ainda oferece ótimos drinques para quem quiser esticar a noite. O Altas Gastro Bar, na quadra brasiliense apelidada de sinistra —a única que foi construída levando em consideração o desenho original de Lucio Costa— ostenta uma enorme carta de coquetéis.

"Queríamos agradar ao maior número de gente", afirma Antônio Bonifácio, o Tonico, dono do bar, sobre a extensa lista de opções etílicas. Lá é possível provar o arriba saia (R$ 39), que mistura gim e licor de catuaba feito na própria casa, o yuzo bourbon sour (R$ 45), à base de bourbon, licor St. Germain, limão e espuma de clara de ovo, e o dormez vous (R$ 44), que leva licor de cereja, xarope de toranja, limão e cachaça de jambu.

Na quadra ao lado, só atravessando a rua, é possível provar a cachaça de jambu em coquetéis no Mimo, bar com decoração talhada para as fotos de redes sociais. Vale experimentar o jamburito (R$ 36,90), um mojito com cachaça de jambu, e também o jambu sour (R$ 36,90), uma mistura de cachaça de jambu, limão e xarope de açúcar.

Se no domingo bater os efeitos do exagero da noite anterior, o brunch da Casa Almeria pode ser um paliativo. O choripán (R$ 28) é um pão de milho recheado com maionese de limão e linguiça da casa. Se o calor escaldante de Brasília obrigar você a beber de novo, vá com a clássica mimosa (R 26). Escolher os tradicionais não costuma dar errado.

Altas Gastro Bar
CLN, qd. 206, bl. C, loja 7A, Asa Norte, @altasgastrobar

Bar 16 B Hotel
SHN, qd. 5, it. L, bl. J, Asa Norte, @bhotelbrasilia

Brasis Ateliê Gastronômico
R. Doze, f 1, Chácara 77, Lago Oeste, Sobradinho, @brasisateliegastronomico

Casa Almeria
CLS, qd. 104, bl. D, Asa Sul, casa_almeria

Mimo
SCL, qd. 205, bl. C, loja 25, @mimobarbsb

Restaurante Térreo B Hotel
SHN, qd. 5, it. L, bl. J, Asa Norte, @bhotelbrasilia

Taypá
QI, qd. 17, Comercial, bl. G, lojas 208/210 , Fashion Park, Lago Sul, @taypadelperu

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