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22/01/2008 - 02h30

Masp, PSDB, violência, ciência, evolução e criação, saúde e futebol

da Folha Online

Masp

"A carta aberta da direção do Masp publicada na Folha coloca no devido lugar aqueles que, se aproveitando do episódio do roubo dos quadros, pretendiam iniciar uma onda de ataques à atual direção do Museu.
Que eu me lembre, quando do roubo dos R$ 156 milhões do Banco Central, nenhum 'intelectual' sugeriu a substituição do presidente do BC ou reivindicou a participação da 'sociedade civil' na sua direção.
Chega de oportunismo e hipocrisia."

CESAR BERGSTROM (São Paulo, SP)

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PSDB

"É impressionante como o PSDB carece de projeto de poder e, mais uma vez, o ex-governador Geraldo Alckmin atua na contramão da união partidária. A sociedade, como ele gosta de dizer, nada ganha com esse burburinho mascarado e submetido ao egoísmo da parcialidade dos fatos. Não é possível que o PSDB não tenha aprendido com os erros do passado: 1) em 2002, o efeito negativo do racha da aliança dos tucanos com o antigo PFL; 2) em 2006, a escolha de um candidato à Presidência que estava longe de ser o preferido pelo eleitorado nas pesquisas. Se Alckmin não está colocando seus projetos pessoais acima dos do partido --como dizem seus correligionários--, ele está promovendo um novo pólo de poder aos petistas. Os tucanos precisam acordar para acordarem, ou seja, agir estrategicamente se almejam sucesso no poder."

WANDERLEI FONSECA (São Paulo, SP)

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Violência

"Excelente o artigo do Rogério Gentile ( Opinião, 21/1). É muito importante que o que, tão brilhantemente, foi escrito seja falado todos os dias, em todos os momentos e de todas as formas. Só através da conscientização os motoristas entenderão a importância das leis e regras para dirigir. Nós, que somos motoristas conscientes, ficamos à mercê de irresponsáveis que colocam suas vidas em risco e, principalmente, a de pessoas inocentes, pessoas essas que respeitam as leis e mesmo assim sofrem no trânsito por causa desses péssimos motoristas!
É necessário que esse governo corrija esse absurdo e entenda que, infelizmente, neste país, o povo só respeita uma lei quando atinge a parte mais sensível: o bolso!"

THEREZINHA DE JESUS LIMA E OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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Ciência

"Causa espanto a iniciativa dos psicólogos do Rio Grande do Sul na reportagem 'Psicólogos tentam impedir pesquisa com homicidas' ( Ciência, 21/1).
Espanto não pelo tremular altivo da 'bandeira da proteção aos direitos dos adolescentes', mas, sim, pela escolha do alvo: uma pesquisa científica multidisciplinar sobre a contribuição de diferentes fatores na formação do ser humano. Pesquisa essa, diga-se de passagem, na vanguarda do que se observa nos centros de pesquisa de maior tradição no mundo desde a longínqua década de 1990: a declarada década do cérebro. Como exemplo de imunização contra a endêmica monodisciplinaridade científica, a pesquisa foca a exploração das recentes descobertas que relacionam, finalmente, diversas áreas do conhecimento (neurobiologia, psicologia, genética e ciência social, entre outras) para aprofundar nosso conhecimento sobre a natureza humana e seu desenvolvimento. Aos psicólogos responsáveis cabe o legítimo direito de questionar o método de pesquisa e seus resultados.
Boa ciência se faz com o olhar crítico e atendo dos pares. No entanto, tal direito se perde nessa iniciativa estreita de censura à busca pelo conhecimento. O absurdo nasce do fato de que o que se questiona não é o teor da resposta e, sim, o direito a se fazer a pergunta!"

THIAGO ZALDINI HERNANDES (São José do Rio Preto, SP)

*

"É lamentável notar o empenho de certas pessoas em impedir o avanço científico na área da criminologia. Por conta da triste experiência humana com o nazismo e suas teorias pseudo-científicas, qualquer pesquisa que ligue comportamento à biologia é considerada eugenista. A pesquisa proposta pelos pesquisadores gaúchos não tem o objetivo de separar os indivíduos entre melhores ou piores, mas, sim, aplicar as mais modernas descobertas no campo da neurociência para aumentar a compreensão dos fatores que levam nossos jovens à delinqüência."

CRISTIANO ROGÉRIO ALLEIN FONTES (São Paulo, SP)

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Evolução e criação

"Sobre o editorial 'Criacionismo, não' ( Opinião, 20/1), tenho em mente que todas as vertentes podem e devem ser discutidas em sala de aula. Afinal, a teoria darwinista não passa de uma hipótese, com muitos pontos inexplicáveis até para a própria ciência. Caso fosse obrigatória a comprovação da teoria, as explicações de Darwin não poderiam ser divulgadas nos bancos escolares. Outras teorias não são menos fantasiosas ou discutíveis, como o 'big-bang'. Os cientistas conseguiram publicar suas pesquisas e ficaram famosos, porém tudo não passa de 'especulação científica'. Ao final, temos que estudá-las para sermos aceitos como 'cultos'. E por que não aprendermos também o criacionismo?"

DENIS SCHAEFER (São Paulo, SP)

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Saúde e futebol

"A respeito das cartas 'Saúde e futebol' ('Painel do Leitor', 18/1 e 20/1), gostaria de expressar minha divergência absoluta em relação ao gosto futebolístico dos professores Vicente Amato Neto e Osmar Rotta: não sofro jejum de títulos e 'complexo B toda segunda' é algo inimaginável para nós são-paulinos. Melhor: devemos seguir imperando no futebol brasileiro.
No entanto, compartilho com os colegas certo desconforto quanto a uma empresa operadora de planos de saúde investir, no Corinthians, milhões de reais em um ano. Seria interessante conhecer o impacto deste patrocínio na mensalidade de cada assegurado. Ou saber se, com esse dinheiro, não seria possível melhorar um pouco o valor pago por uma consulta médica. Segundo o Cremesp, na média, os planos de saúde pagam parcos R$ 30, o que 'para prejuízo de todos, inclusive das próprias operadoras', desvaloriza terrivelmente o momento do encontro com os pacientes, momento que fundamenta e enobrece a medicina."

ALUISIO M. B. SERODIO, membro do Comitê de Ética em Pesquisa da Unifesp (São Paulo, SP)

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Longo prazo

"O modelo traçado pelo professor Roberto Mangabeira Unger é impecável, é urgente, é competente. Abarca o desenvolvimento econômico pelo aumento de renda de todos, quando muitos só pregam o crescimento, trata do conhecimento pelo ensino, trata da exploração da mata fechada da Amazônia quando as essências florestais alcançam clímax produtivo, fala do uso do solo com responsabilidade técnica, sem esquecer do pequeno empreendedor, dando o tom das questões fundiárias como requisito fundamental do direito à propriedade, cita as relações entre o capital e o trabalho, onde se supõe estar inserido o cooperativismo e as empresas de capital misto, sem ser capitalista e nem socialista, com modelo econômico brasileiro próprio, ressalta também a soberania através da geopolítica.
As atitudes patriótica, levantando pressupostos, que deviam ser formulados no inicio da República, devem ser ouvidos por todos os governantes e postos em prática.
O entendimento dessas premissas, delineando o cerne desenvolvimentista, é a base de um futuro promissor, em que longo prazo é coisa do presente."

CELSO DE ALMEIDA GAUDENCIO (Londrina, PR)

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Lacerda

"O artigo de Carlos Heitor Cony 'Um pouco da Operação Condor' ( Ilustrada, 4/1) me pareceu fantasioso no que refere à morte do ex-governador Carlos Lacerda, em maio de 1977, lembrada como possível entre outras pela Operação Condor. Como sempre, Cony é brilhante --mas, no caso de Lacerda, não leva em conta depoimentos do ex-governador Abreu Sodré, do deputado federal Padre Godinho, e de um artigo que fiz em 'O Estado de S. Paulo' após a morte do líder democrático. Estivera com Lacerda, no Rio, em seu escritório, da Nova Fronteira, e em seu apartamento, encontrando um Lacerda abatido, nervoso, sem esperanças da vida política (estava cassado) e empresarial --a sua editora ia mal. Tinha problemas evidentes de saúde, e um regime nutricional, iniciado em São Paulo, deixava-o gordo e deprimido. Sua face era lívida, esverdeada, do meio da face ao queixo. Entre outras coisas, disse-lhe que Jânio Quadros, a quem encontrara na missa de 7º dia de 'Ciccillo' Matarazzo, pedia que Lacerda redigisse um Manifesto dos Cassados --que seria assinado por ele, Jânio, JK e outros. Lacerda indignou-se e referiu-se a JK como um 'traidor da pátria'. O editor Pedro Paulo de Senna Madureira ouviu esse diálogo. Lacerda me acompanhou, usando bengala, até a rua Farani, em Botafogo, onde nos despedimos. Ali terminava uma relação de 30 anos, iniciada quando estudava jornalismo na Casper Líbero (foi paraninfo da turma de 1951 e, desde então, trabalhei na 'Tribunal da Imprensa'. Voltando a São Paulo, telefonei a Abreu Sodré e Padre Godinho: 'O Lacerda está mal e vai morrer'. A morte veio em exatos dez dias. Há ainda, a refrescar a memória de Cony, o depoimento em livro do dr. Antonio Dias Rebello Filho, médico de CL, que o internou na Clínica São Vicente, com pleno conhecimento dos filhos Sérgio e Cristina e mulher Letícia Lacerda. O biógrafo de Carlos Lacerda, John W.F. Dulles, diz à pagina 617, de 'Carlos Lacerda -- A Vida de um Lutador' (vol. 2), 1960/1977), citando o médico Pedro Henrique de Paiva, que Lacerda morrera de 'edema pulmonar agudo' e 'infarto agudo do miocárdio'. Era madrugada do dia 21 de maio de 1977."

LUIZ ERNESTO M. KAWALL (São Paulo, SP)

 
 

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