Ameaças mostram falta de autocrítica das Forças Armadas, diz Natalia Viana
Autora discute emprego de militares na segurança pública e participação de generais no governo Bolsonaro
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Em "Dano Colateral: a Intervenção dos Militares na Segurança Pública" (Objetiva), a jornalista Natalia Viana conta a história dos civis mortos pelas Forças Armadas na última década em GLOs (operações de garantia da lei e da ordem).
O caso com maior repercussão foi o assassinato do músico Evaldo dos Santos e do catador Luciano Macedo em 2019, pouco depois do fim da intervenção federal no Rio de Janeiro. Evaldo ia com a família para um chá de bebê, e seu carro foi alvejado por mais de 60 tiros de fuzil.
Viana, cofundadora e diretora-executiva da Agência Pública de Jornalismo Investigativo, mostra que esse não foi um evento isolado: pelo menos 35 pessoas foram mortas em situações semelhantes entre 2011 e 2019. De acordo com ela, há um padrão de não investigar e não punir os militares envolvidos nessas ações.
Neste episódio, a jornalista abordou as consequências do emprego das Forças Armadas na segurança pública e discutiu as origens da intensa participação dos militares na política brasileira nos últimos anos.
Viana sustenta que os comandantes do Exército e das outras Forças precisam entender seu papel em uma democracia e que o retorno da normalidade democrática no país depende de uma profunda repactuação entre civis e militares. Não há sinais, no entanto, de que os generais pretendem se afastar do debate político e voltar para a caserna, afirma.
A resposta assinada pelos três comandantes quando houve uma crítica de um senador [Omar Aziz, presidente da CPI da Covid] de que havia uma banda podre nas Forças Armadas —uma resposta dura e ameaçadora— é um grave problema porque demonstra muito claramente a falta de respeito a outro Poder constitucional e a falta de autocrítica das Forças Armadas
O Ilustríssima Conversa está disponível nos principais aplicativos, como Apple Podcasts, Spotify e Stitcher. Ouvintes podem assinar gratuitamente o podcast nos aplicativos para receber notificações de novos episódios.
O podcast entrevista, a cada duas semanas, autores de livros de não ficção e intelectuais para discutir suas obras e seus temas de pesquisa.
Já participaram do Ilustríssima Conversa Camila Rocha, pesquisadora da nova direita brasileira, Antonio Sérgio Guimarães, que recuperou a história do antirracismo no Brasil, Eugênio Bucci, que defendeu que redes sociais extraem o olhar de seus usuários, Rafael Mafei, autor de livro sobre a história do impeachment no Brasil, Kauê Lopes dos Santos, que debateu a economia política de Gana, Rosa Freire D’Aguiar, organizadora de coletânea de cartas de Celso Furtado, Fábio Kerche e Marjorie Marona, que fizeram um balanço dos dois primeiros anos do governo Bolsonaro, Regina Facchini e Isadora Lins França, organizadoras de livro sobre direitos LGBTI+ no Brasil, Alessandra Devulsky, autora de livro sobre racismo e colorismo, Idelber Avelar, que discutiu a ascensão do bolsonarismo, entre outros convidados.
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