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Mauro Vieira e secretário de Biden discutem visita de Lula aos EUA sem definir data

Petista tem previsão de ir a Argentina, EUA e China no início de seu terceiro mandato

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Brasília

O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, conversou nesta terça-feira (3) com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, sobre a visita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve fazer a Washington ainda no início do mandato. A chamada telefônica, porém, terminou sem uma data definida.

Aliados do petista dizem que a expectativa é que a visita ao presidente dos EUA, Joe Biden, ocorra na primeira quinzena de fevereiro. Inicialmente, auxiliares citavam a possibilidade de a viagem ser realizada ainda em janeiro, mas a hipótese hoje é considerada descartada.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, na cerimônia de transmissão de cargo no Palácio do Itamaraty. - Pedro Ladeira - 2.jan.23/Folhapress

Americanos chegaram a propor uma data neste mês, mas Lula pretende inaugurar suas viagens internacionais pela Argentina. A ideia é aproveitar a ida ao principal vizinho do país, governado pelo aliado Alberto Fernández, para participar da cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), marcada para 23 e 24 de janeiro.

O governo Jair Bolsonaro (PL) suspendeu em 2020 a participação do Brasil no bloco, criado em 2010, no final do segundo mandato de Lula, como uma forma de países da região se articularem sem a participação de EUA e Canadá.

Outro evento do calendário internacional a que Lula descartou comparecer foi o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, entre 16 e 20 de janeiro. A principal autoridade brasileira no fórum será o ministro da Economia, Fernando Haddad (PT).

Depois de ir aos EUA, Lula pretende realizar uma visita à China, principal parceiro comercial do país. Pequim protagoniza com Washington uma disputa geopolítica e tecnológica apelidada de Guerra Fria 2.0 —e um dos principais desafios do novo presidente brasileiro no flanco externo será se equilibrar nesse conflito.

O governo Biden enviou para a posse de Lula uma delegação chefiada pela secretária do Interior, Deb Haaland. Auxiliares do petista esperavam uma representação de nível mais alto, a exemplo da vice Kamala Harris ou do próprio Blinken, numa sinalização de prestígio —mas isso acabou não se confirmando.

Haaland manteve reuniões de trabalho com autoridades do governo em Brasília, mas voltou aos EUA sem que houvesse uma bilateral com o presidente.

Lula dedicou seu primeiro dia no cargo, na segunda (2), a encontros com uma série de chefes de Estado estrangeiros. Entre outros, ele se reuniu com o rei da Espanha, Felipe 6º, e com os presidentes de Argentina (Fernández), Chile (Gabriel Boric) e Portugal (Marcelo Rebelo de Sousa).

O português convidou Lula para visitar o país europeu em abril, para a cerimônia de entrega do prêmio Camões a Chico Buarque. O escritor, compositor e cantor brasileiro venceu a principal láurea da literatura em língua portuguesa em 2019, mas Bolsonaro se recusou a assinar o diploma da homenagem.

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