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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu Congresso Nacional

'Desrespeito ao Congresso', diz presidente da Frente da Enfermagem sobre suspensão do piso

Para o deputado Célio Studart, Barroso desconsiderou mobilização dos parlamentares e 'luta árdua' dos enfermeiros

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Brasília

Para o presidente da Frente Parlamentar da Enfermagem, deputado Célio Studart (PSD-CE), a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso de suspender o piso salarial da enfermagem foi um desrespeito ao Legislativo.

"Essa decisão não só ofende, no sentido de desrespeitar, uma luta tão árdua e demorada dos enfermeiros, mas também ofende o Legislativo", diz.

Deputado federal Célio Studart (PSD-CE) . (Foto: Pablo Valadares / Agencia Câmara)

Segundo ele, o ministro desconsiderou que houve uma mobilização grande de parlamentares de diversas legendas, em um contexto de pós pandemia, e que foi aprovada não só a lei que determina o piso, como uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para dar guarida à legislação. "E aí um ministro suspende por um prazo específico? Isso não me parece muito bem a função da corte", complementa.

Para ele, a sensação é de que o prazo de 60 dias seria para os hospitais e entes federados se ajustarem às novas necessidades de pagamento. Ele afirma, no entanto, que já houve prazo suficiente ao longo do ano no qual o assunto foi debatido no Congresso.

Nesta terça-feira (6) está prevista uma reunião entre Barroso e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo Studart, a expectativa é que eles tratem das possibilidades de financiamento dos valores mínimos de salário para os profissionais. Barroso enviou o processo para o plenário virtual nesta segunda-feira (5). A votação tem o prazo de uma semana, contado a partir da próxima sexta (9).

No Congresso, há discussões em torno de quatro projetos para facilitarem o pagamento do piso. O primeiro e com maior aceitação é a legalização dos jogos de azar, já aprovado na Câmara com a previsão de destinar um percentual para a saúde.

Há também a possibilidade de usar recursos dos royalties do petróleo e da mineração, além da desoneração das folhas de pagamento da área da saúde, o que abriria caminho para os hospitais privados e as santas casas.

Todos os quatro, no entanto, têm dificuldades de tramitação, e o parlamentar acredita ser improvável que sejam aprovados em dois meses, principalmente em ano eleitoral. Mesmo o dos jogos de azar, explica, precisaria passar por alteração e voltar a ser analisado na Câmara.

Barroso suspendeu neste domingo (4) a lei que estabeleceu uma remuneração mínima para enfermeiros e auxiliares e técnicos em enfermagem "até que seja esclarecido" o impacto financeiro da medida para estados e municípios e para os hospitais.

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