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Cuidado
com a manipulação dos dados do censo
O Ministério
da Educação alardeia o crescimento de matrículas no ensino
superior - um aumento de 43% nos últimos cinco anos, totalizando,
ano passado, 2,3 milhões de estudantes.
É, de fato, expressivo, e demonstra melhoria da escolaridade
do brasileiro. O resultado do censo, porém, deve ser encarado
com cautela, para evitar manipulação mercadológica.
Apesar do crescimento, ainda estamos mal, mesmo se compararmos
o percentual das matrículas em faculdades de nações ainda
mais pobres na América Latina.
Estamos abaixo de países como Equador, Peru ou Bolívia. E
bem abaixo de Argentina, Costa Rica, Chile ou Paraguai.
As universidades federais, mostra o censo, ajudaram a melhorar
o índice de matrículas. Mas o grosso veio de escolas particulares,
onde, no geral, a qualidade de ensino vai de regular para
péssimo.
Comparando com 98, as matrículas das federais progrediram
8%, acrescentando mais 34 mil vagas. As instituições privadas
exibiram crescimento de 17%.
Atualmente, de cada 100 alunos no ensino superior, 65 pagam
mensalidades numa faculdade privada.
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