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abastecimento
28/10/2003
Sabesp garante água na Grande SP por 1 mês

Apesar da situação crítica do Sistema Cantareira, a Sabesp garante que o reservatório tem condições de manter o abastecimento para 9 milhões de pessoas durante pelo menos um mês, mesmo que não chova. "Até os dias 20 ou 25 de novembro não haverá racionamento", garantiu o gerente de Abastecimento da região metropolitana de São Paulo, Amauri Pollachi.

O Cantareira perdeu de sexta-feira até ontem 1 ponto porcentual de suas reservas. Estava com 5,6% de sua capacidade de armazenamento, o mais baixo nível dos últimos 30 anos. Os recordes têm sido diários.

"Se esse nível fosse registrado há 60 dias seria considerado preocupante e as possibilidades de racionamento seriam muito grandes", disse Pollachi.

"Agora não é, pois estamos na iminência de chuvas fortes, do tipo que enche os mananciais."

Dados históricos coletados durante os 30 anos de existência do Cantareira e de 63 anos de medições de chuvas na região indicam que a recuperação do reservatório começa em novembro. "Além disso, o manancial possui uma reserva de água que dá para sustentar o abastecimento, sem racionamento, durante mais um mês."

O racionamento nos municípios abastecidos pelo Sistema Alto Cotia, que começou na quarta-feira, voltou a ter problemas no fim de semana. Alguns bairros de Itapecerica da Serra que tiveram o abastecimento interrompido na quinta-feira e deveriam voltar a receber água no sábado ainda estavam com as torneiras secas ontem. "Acabou até a água de chuva que recolhemos. Daqui a pouco, vamos estar rodeados por urubus", brincou a dona de casa Maria Madalena Pereira, moradora do Jardim Marilu.

Segundo a Sabesp, o problema foi causado por uma falha no conjunto de bombas da Estação Elevatória de Água de Itapecerica, no sábado. As altas temperaturas também prejudicaram o abastecimento. "Como o nosso rodízio começava outra vez no domingo, emendamos cinco dias sem água", disse Ivonice Batelana, de 27 anos, também do bairro. A previsão da Sabesp de normalização é para hoje.

Chuvas
As chuvas que voltaram a cair ontem não alteraram o nível da represa de Itupararanga, principal manancial da região de Sorocaba. A água continua mais de 7 metros abaixo do nível máximo.

Os serviços de meteorologia registraram índices de chuva entre 8 e 22 milímetros na bacia da represa nos últimos sete dias. Além de abastecer Sorocaba e outros 4 municípios da região, Itupararanga gera energia para a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA).

Segundo informações da empresa, as condições já são as mais severas dos últimos seis anos, sendo necessários cerca de 30 dias de chuvas para que a represa fique cheia. A estiagem e a captação de água para irrigação de lavouras afetaram também os Rios Una e Sorocamirim, que formam o manancial.

Apesar disso, a captação de água para abastecimento de Sorocaba e Votorantim continua normal.


MAURO MUG e JOSÉ MARIA TOMAZELA
De O Estado de S. Paulo

   
 
 
 

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