Novo
aparelho realiza exame
de osteoporose com ultra-som
LUÍS
GUSTAVO GAGLIARDI
free-lance para a Folha Online
O exame
para a prevenção da osteoporose_ doença que
causa a perda de cálcio nos ossos_ ganha um novo aliado.
Um novo equipamento de ultra-sonometria óssea, fabricado
em Israel e que começa ser importado pelo Brasil, vem possibilitando
a realização do exame sem emitir qualquer tipo de
radiação, uma evolução bastante significativa
sobre o Decxa, que até pouco tempo era o único tipo
de aparelho capaz de realizar esse diagnóstico.
As vantagens do aparelho de ultra-sonometria óssea sobre
seu parente Decxa começam pelo tamanho. O Decxa exige uma
área grande e isolada para as radiações emitidas.
É bom lembrar que, em mulheres, os cânceres da região
do baixo ventre (útero, intestino etc) mostram índices
altos, e o antigo diagnóstico para a prevenção
da osteoporose corrobora com o surgimento desses cânceres,
já que a radiação incide diretamente nesta
região.
Outra vantagem do novo aparelho é que, além de medir
a densidade óssea pela quantidade de cálcio nos ossos,
é capaz de detectar seu nível de flexibilidade. De
nada adianta o exame exibir bons índices de cálcio
se a flexibilidade dos ossos está comprometida.
"Uma criança, apesar de apresentar baixa densidade óssea,
dificilmente enfrentará problemas com a osteoporose. A flexibilidade
dos ossos é uma grande aliada nesse período da vida",
afirma José Irineu Golbspan, médico pós-graduado
em homeopatia pela Associação Médica Homeopática
Argentina, que possui o aparelho em sua clínica.
Ainda pouco utilizado no Brasil, o aparelho é de grande aceitabilidade
nos países europeus. Na Itália, os exames de osteoporose
com aparelhos de raios-X já foram abolidos.
O equipamento de ultra-sonometria óssea é reconhecido
pela FDA (Food and Drug Administration), órgão que
regulamenta o mercado de medicamentos e alimentos nos EUA.
Por ser portátil, o aparelho pode ficar no próprio
consultório médico, e o exame, realizado ali mesmo,
tem um custo médio de R$ 60, aproximadamente metade do valor
cobrado com o Decxa.
Ainda para Golbspan, uma nutrição saudável,
e, principalmente atividade física regular são dicas para
reduzir a osteoporose, doença que induz perda de cálcio nos
ossos, tornando-os mais porosos."
Os
números da doença
Cerca
de 200 milhões de pessoas sofrem de osteoporose no mundo.
Só no Brasil, são 15 milhões de casos, 7,5%
do número mundial. 80 mil fraturas de quadril estão
relacionadas à osteoporose no Brasil. Desses pacientes, 15
mil morrem.
As mulheres são as que precisam ter mais cuidados. Depois
da menopausa, uma em cada três poderá ter a doença.
A chance de uma mulher sofrer de osteoporose chega a ser quatro
vezes maior que nos homens. Nos EUA, o custo anual para o tratamento
da osteoporose é de US$ 10 bilhões.
Massa
óssea
O volume de massa óssea em uma pessoa é um índice
completamente variável, por isso a sua perda não é
irreversível.
Os astronautas ficam normalmente meses em um espaço físico
sem a ação da gravidade. Eles não precisam
"mexer o esqueleto" para realizar suas tarefas. A perda
de massa óssea é inevitável.
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