Isso não é um conto de ficção.

A ordem das coisas na cultura mundial está dividida em duas, desta maneira: de um lado está o planeta inteiro. De outro, alguns músicos, uma meia-dúzia de jornalistas e outro punhado de membros da "inteligência" brasileira influente.

Semana passada o assunto em qualquer expressão cultural de todos os povos que habitam a Terra girava em torno de Beatles e principalmente John Lennon.

Você sabe: 20 anos do assassinato do maior ídolo pop desde sempre, 60 anos de sua interrompida existência e 30 do final oficial da banda que foi o que foi.

Vigília no Central Park (Nova York), especiais na TV britânica, edição caprichada da "Mojo", isso é desnecessário dizer.

Exposição no Japão, 24 horas de Beatles em rádio belga, conferência na Alemanha e uma polêmica e histórica estátua em Cuba botaram Lennon e o grupo de Liverpool na ordem do mês.

Mas isso não aconteceu lá em um longínquo país tropical, abençoado por Deus, onde o povo vive feliz, orgulhoso, porque nele não tem desastres naturais, tipo terremoto, ciclone etc.

País que gira em uma outra órbita, a própria, esse Brasil de tanta gente decretou que aqui não tem essa de mês Lennon. Dezembro é época de Caetano Veloso.

Começou com um texto no No Ponto, site do eixo Rio-SP de alta-cultura, dado a textos estilosos, de gente que quase sempre tem o que falar. A manchete era: "O Brasil paulistizou-se".

Com a palavra Caetano Veloso, que de repente surgia do nada e ganhava a mídia para falar dessa coisa interessante que é a São Paulo gigante, estranho enclave do Sudeste. Veloso debruçou-se também na arte de ensinar como a imprensa tem que encarar a música de massas. E, ainda bem, nos brindou com um pensamento sobre a evolução atual do samba.

Um ou dois dias depois, Ele chegou impávido à mídia impressa. À Folha, mais especificamente. Ilustrada? Não, caderno Cotidiano. Ué!?!

Era um texto, uma coluna, sobre o fenômeno brazuca do tênis, o "nosso" Guga, a bola da vez do orgulho nacional. Ué!??!

Na ponta do lápis, os números. A palavra "Guga", o tema da coluna, foi escrita QUATRO VEZES. O nome Caetano Veloso apareceu NOVE.

Esquisito. Mas os tentáculos do polvo gigante da MPB já armava seu "reentrée" na cena culta tupiniquim. Mas por quê?

Bingo. Na última segunda-feira, só na Internet, só no site do globo.com (ele não é bobo!), Caetano anunciou seu disco novo. Apresentando o já-incrível-sem-ser-escutado "Noites do Norte", o monstro sagrado botou no ar, entre outras coisas, uma entrevista "exclusiva" gigante, onde falou de tudo e de mais um pouco, porque, você sabe, ele é massa.

Não há dúvida. Caetano precisa falar.

O hype do momento é Sandy & Júnior? Tá lá o depoimento do Caetano. O rap é a manifestação brasileira underground mais relevante dos últimos tempos? Caê faz sua musiquinha.

Mas por que quando o sertanejo-romântico era tido como brega ele não falava nada? Por que, depois de uns 35 anos de carreira e com o rap se estabelecendo neste submundo musical em que caras como Caetano, na superfície mainstream, dá as cartas, ele agora vem botar "os mano" em uma música horrorosa ("É tribal, tem umas batidas fortes, uma guitarra marcante")?

Oportunista? Não. Caetano é apenas uma pessoa muito linda.

Em sua entrevista na Internet há uma "seção" tratada sem nenhuma pretensão aparente como "o jornalismo em debate". Caetano está indignado com a imprensa.

Veja bem, não com toda. Há uns jornalistas bem colocados a serviço de Caetano, mas irrita o nosso músico o fato de estar cada vez mais atuante uma corrente que ousa criticá-lo. E essa merece paus e pedras de Caê.

Caetano, magoado, reclama da ditadura dos novos "Paulo Francis" e do rumo da imprensa "comercial".

Assim, gênio, ele dá as costas a seus detratores e aos que o lambem e vai à Internet, falar o que quer e do jeito que quer. E quem quiser que vá lê-lo no local que ele escolheu. Mudou o jeito. Caetano sempre selecionou jornalistas para entrevistá-lo. Agora excluiu todos.

E a ditadura é dos paulo francesinhos...

Caetano há muito tempo canta o mesmo para os mesmos. E tem essa idolatrada banca. Imagina se ele fosse eleito o músico mais influente do mundo como o David Bowie foi, recentemente?

Alguém já viu Bowie dizer que ele é o máximo, que é vedete e se meter em questões de rumos da imprensa, determinar quem é bom e quem não é etc.?

Anteontem, como parte de sua dominação estratégica vigente, Caetano foi ao programa do Jô Soares falar mais, dar uma palhinha do novo disco...

A cada frase, a cada música nova cópia de uma antiga, a cada citação do rap ("essa incrível expressão das ruas"), o músico baiano arrancava de Jô palavras como "Que lindo!", "Que Maravilha", "Lindo, lindo!", "Está de arrepiar".

O disco novo de Caetano, "Noites do Norte", é inspirado no escritor Joaquim Nabuco, o personagem que o músico resolveu "descobrir" agora. É sobre escravidão. Caetano Veloso está rindo de todo mundo. Até de mim, que poderia estar gastando esse espaço com assuntos melhores.

 

A INCRÍVEL HISTÓRIA DO ANDARILHO INDIE

QUE ESTABELECEU CONTATO COM CAETANO

Já que a gente insiste em continuar gastando esse espaço com Caê...

Especial para esta coluna, o jornalista Marcelo Orozco, um desses paulo francesinhos que o Caetano e seu exército seguidor combatem, deixa aqui um depoimento sobre uma "experiência" que travou com o gênio da MPB.

Para encerrar esse papo Caetano Veloso, não há palavras melhores que as de Orozco, que tem a mania besta de gostar de bandas legais.

Prepare-se. É um registro tenso da cruzada independente contra o reino do autor da inesquecível "Tieta" (eta, eta). Tire as crianças da sala.

Ao depoimento, então.

"Topei pessoalmente com o Caetano Veloso no show Rolling Stones/Bob Dylan, no Sambódromo do Rio em 1998. Permitiram uma breve entrada de jornalistas no camarote VIP no intervalo entre os shows e lá estava eu no meio. Sentado por ali estava o Caetano e, óbvio, era preciso falar com ele. Na hora em que apertamos as mãos eu já sabia que os colegas iam me alugar pelo resto da vida. A insistência do Lúcio para eu escrever isso dois anos e meio depois indica que eu estava certo...

Mr. Veloso falou que conversou com Mick Jagger em uma festa bem exclusiva na noite anterior. Afirmou que o chefe dos Rolling Stones lembrou-se dele e de uma entrevista que Caetano fez para a Rede Manchete em 1983 (diz a lenda que, em 1985, Jagger ignorou conhecer Caetano quando veio gravar clipes no Rio, mas vai ver que a memória do Mick demora para pegar).

Esse rápido encontro formal-profissional é nada perto do folclórico-acidental que ocorreria mais ou menos uma hora depois, no meio do show dos Stones. Fui até o banheiro e -como os VIPs tinham camarote exclusivo, mas não banheiro exclusivo, lá estava Caetano em pé no mictório. Enfiei-me rapidinho na primeira "casinha" aberta.

Até a minha entrada, ele estava em perfeito silêncio, como é normal em qualquer banheiro público. Mas -e essa é minha impressão até hoje- bastou ele perceber que havia mais alguém no recinto para começar a cantar "Start Me Up" junto com os Stones, mostrando que estava curtindo o show de montão. Um performer em tempo integral com uma fama a zelar." (MARCELO OROZCO)

CHIADEIRA INDIE

Lá vem a garotada dos shows do Borracharia, dos bate-papo das salas "rock", das listas de discussão dos fanzines...

"De novo Caetano Veloso."

"De novo esse papo que pouco tem a ver com nosso submundinho?"

Já disse uma vez. Pense um segundo só no que 10% da grana gasta pelas gravadores com figuras emblemáticas como o referido acima poderia fazer na mão de bandas bacanas de rock que se batem no underground sem sair do lugar...

O referido, não custa frisar, é o Caetano, não o Marcelo Orozco.

MAIS UMA PARA PENSAR

Não se esqueça disso:

"Tudo é divino, tudo é maravilhoso"

BONO ATACA (DE) CAETANO VELOSO

Não bastasse a inveja das capas legais dos Titãs, o líder da banda irlandesa U2, tal qual Caetano Veloso, também quis falar seu papo-furado sobre a cidade de São Paulo.

A pedidos encarecidos de Bono, esta coluna reproduz o cantor do U2 dando seu parecer bonito sobre essa megalópole louca que é São Paulo.

Bono também tem seu dia de Caetano....

O papo sobre a cidade rolou no "aquecimento" da entrevista que Bono concedeu à Folha no mês passado, durante a visita ao Rio.

E, diferentemente da elocubração caetanesca, a do Bono até que é legal.

Para ouvir, chega mais neste espaço hoje ao meio-dia. Bono quer levar um lero com você.

BRASILLLLL!

* Lulu Santos durante show-festa em São Paulo na semana passada:

"Prefiro o Lobão a 20 Oasis".

É por isso que ele é o Lulu Santos...

Ei, peraí. Não tava no show. Apenas me contaram...

Tá bom, eu estava na festa...

* Informação do e-leitor Júlio, de Natal (RN)

"Sabia que o Jota Quest subiu no trio elétrico e tocou no Carnaval fora de época de Natal, o Carnatal?! Super Rock e alternativo, não?!"

* Duelo de Titãs:

Amanhã, às 22:30h, no Hard Rock Café tem o prazer (eles que falam) de receber Paulo Miklos e Sérgio Britto em um show exclusivo com a participaçâo especial de Arnaldo Antunes. O ingresso custa R$ 35,00.

Tá?

SHOWS LEGAIS

Você escolhe.

Dá para ir ao duelo dos Titãs, pagando 35 lascas. Ou ficar em casa (ou no trabalho) e ver esses dois aqui:

PJ Harvey em Toronto, no Canadá, em novembro.

ou

Fatboy Slim em Liverpool, Inglaterra, em novembro.

Decide aí e divirta-se.

PÉROLAS MUSICAIS

Hoje não tem letra ruim aqui. Só uma frasezinha do inigualável Roberto Carlos, para preparar o espírito para o lançamento do rei, que está saindo em breve do forno. Isso se ele não vier falando de baleias e religião.

"Se você procurar por ela, sabe onde me encontrar."

A frase foi enviada pela nobre leitora Márcia Celestini.

ENTREVISTA

Se você quer saber o que passa na cabeça nebulosa do autor desta coluna, a revista eletrônica gaúcha "Viés" resolveu me entrevistar para sua mais recente edição.

Não sou o Caetano Veloso (não mesmo!), mas também sei falar sobre meus pensamentos, meus anseios, minhas angústias. Ou seja, um monte de besteiras.

Quem quiser dar uma olhada, está no www.vies.unisinos.br. Na seção "Personalidade". Boa sorte.

GUNS N’ ROSES

Não sabia, mas foi bom saber (profundo).

Tommy Stinson, baixista do lendário grupo americano Replacements, está na banda de Axl Rose que vem ao Brasil.

E deu na "New Musical Express". O guitarrista Slash pode tocar com a banda também no Rio.

RADIOHEAD E CHEMICAL BROTHER

Divulgado o nome do próximo disco da banda inglesa Radiohead. É "Amnesiac" e deve ser lançado em março de 2001. Em junho deve sair "Chemical Four", nova obra da bacanaça dupla Chemical Brothers.

NATAL XAROPE

Parece que o espírito natalino não comove os e-leitores desta coluna e não vai gastar dinheiro em bonecos infláveis do Papai Noel que estão vendendo em faróis.

Mas eu vi no site da Luana Piovani. Ela gosta de Natal. E agora?

De qualquer modo, duas histórias bacanas de épocas natalinas:

a primeira, que saiu no noticiário nesta semana.

"Dois delinquentes de 18 e 24 anos que agrediram um homem vestido de Papai Noel, que passeava de trenó saudando as crianças no centro de Besançon (oeste da França), foram presos e condenados nesta sexta-feira a três e quatro meses de cárcere, respectivamente, por um tribunal correcional. Na última segunda-feira, os dois jovens que integravam um grupo, atacaram o ‘Bom Velhinho‘, obrigando-o a sair do trenó e em seguida atiraram uma lata de cerveja na sua cabeça. O incidente ocorreu em pleno centro da cidade, diante do olhar de várias crianças atônitas, que não entenderam o que se passava."

a segunda:

a bacanaça rádio XFM, de Londres, que está na Internet, lançou no final de novembro um discaço com temas natalinos, chamado "It’s a Cool, Cool Christmas", que logo deve pintar nas importadores.

As melhores músicas?

1. Grandaddy - "Alan Parsons In A Winter Wonderland"*
2. The Dandy Warhols - "Little Drummer Boy"
5. El Vez - "Feliz Navidad"
7. Drugstore - "Maybe at Christmas Time"*
8. Belle & Sebastian - "O Come, O Come Emmanuel"*
9. Giant Sand - "Thank You Dreaded Black Ice, Thank You"*
10. The Flaming Lips - "White Christmas (demo for Tom Waits)"*
11. Saint Etienne - "My Christmas Prayer"
12. Departure Lounge - "Christmas Downer"*
14. Snow Patrol - "When I Get Home for Christmas"*
17. Teenage Fanclub - "Christmas Eve"*
18. Calexico - "Gift X-change"*
20. Low - "Just Like Christmas"

*os asteriscos entregam as canções exclusivas para o disco.

** no site da XFM dá para ouvir 30 segundos de cada música. Já no Napster...

A Luana tinha razão. Natal é legal.

NOITE INFELIZ

O clube dos odiadores do Papai Noel, do qual eu sou sócio, me mandou várias histórias bacanas (de tristes) sobre o Natal.

Então vamos aumentar a brincadeira.

Valendo um disquinho (veja abaixo em "Promoção Natalina da Semana"), mande sua história triste, xarope, besta, ingrata, insólita de Natal. As melhores vão ser divulgadas e a melhor das melhores leva um CD (veja...)

Tem um texto bacana de Natal, chamado "Boas Festas", no onipresente Cardosonline edição 220, da Clarah Averbuck. Para receber o e-zine gaúcho é preciso assinar, no www.cardosonline.com.

PROMOÇÃO NATALINA DA SEMANA

Vá lá. Aproveita que estou de touquinha vermelha e barba branca. A promoção dos MELHORES DISCOS DO ANO está pegando fogo e quase impossível de apurar. Então ela vai continuar rolando até a semana que vem, com um prêmio bacana.

Os três vencedores do disco da banda inglesa Coldplay, "Parachutes", serão anunciados abaixo.

Mas você ainda vai poder mandar seu voto, se já não o fez. Quem já enviou tem tempo de corrigir ou mudar tudo. Ou enviar mais "melhores de 2000".

Todos vão concorrer a um CD a escolher entre:

* "1", dos Beatles

* "Familiar to Millions", o duplo do Oasis.

* "The Best of", a coletânea do Blur.

* "Add Insult to Injury", a ótima Add N to (X), bizarra banda eletrônica britânica.

* "Ecstasy", o último disco do Lou Reed

* "brincando de deus", discão homônimo de uma das melhores bandas brasileiras.

* uma camiseta do filme "Alta Fidelidade"

*um livro "Alta Fidelidade", do Nick Hornby

Aproveite que o saco está grande. Tudo o que você tem que fazer é mandar sua votação e escolher UM dos presentes disponíveis, aquele que você quer ganhar se sorteado.

Valem os votos da semana passada. Se quiser votar de novo, à vontade. Se não, quem não discriminou o presente preferido será consultado.

No total, serão cinco os sorteados na semana.

VENCEDORES DA PROMOÇÃO COLDPLAY

Veja a lista dos que faturaram o disco "Parachutes", um dos mais citados nas publicações do mundo todo quando o assunto é "melhores de 2000". Junto com o disco, segue uma camiseta sarada da Monstro Records, gravadora de batutas goianienses.

* André Viana de Carvalho

1) Asian Dub Foundation - Community Music
2) Queens of the Stone Age - Rated R
3) Papa Roach - Infect
4) Everclear - Songs from an American Movie Vol.1: Learning How to Smile
5) Radiohead - Kid A

* Daniela Nakata

- Primal Scream - XTRMNTR
- Grandaddy - The Sophtware Slump
- Teenage Fanclub (que eu adoro!) - Howdy!
- And You Will Know Us By The Trail Of Dead - "Madonna"

* Marco Antônio Pinheiro

1 - Smashing - Machina, the machines of god
2 - Papa Roach - Infest
3 - Oasis - Familiar to millions
4 - Radiohead - Kid A
5 - Queens of the Stone Age - Rated R

MELHORES DE 2000

Enquanto essa coluna não elege os seus, vamos a uma geral nas listas de melhores discos pelo mundo afora.

Antes, para constar, em uma olhada rápida nas votações enviadas a esta coluna dá para ver que os mais citados são Primal Scream, Queens of the Stone Age, Grandaddy, Radiohead e Oasis.

Melhores de 2000 da revista "Select":

1. Badly Drawn Boy - The Hour of Bewilderbeast
2. Primal Scream - xtrmntr
3. Grandaddy - The Sophtware Slump
4. Godspeed You Black Emperor! - Levez Vos Skinny Fists Comme Antennas to Heaven
5. Coldplay - Parachutes
6. Radiohead - Kid A
7. Lambchop - Nixon
8. Eminem - The Marshall Mathers LP
9. ...and you will know us by the trail of dead - madonna
10. Doves - Lost Souls

Melhores de 2000 da revista "Uncut"

1. Lambchop - Nixon
2. Primal Scream - xtrmntr
3. Radiohead - Kid A
4. Badly Drawn Boy - The Hour of Bewilderbeast
5. Eminem - The Marshall Mathers LP

Melhores de 2000 da revista "Q"

1. Coldplay - Parachutes
2. Doves - Lost Souls
3. Primal Scream - Exterminator
4. Muse - Showbiz
5. Badly Drawn Boy - The Hour of Bewilderbeast

Melhores de 2000 da revista "Spin"

1. o hard disk, do computador
2. Radiohead - Kid A
3. Eminem - The Marshall Mathers LP
4. D’Angelo - Voodoo
5. At the Drive-In - Relationship of Command

Melhor disco de 2000 da revista "Bizz"

1. Queens of the Stone Age - Rated R

LENNON, 20

* Muitos escreveram apontando suas preferidas entre o legado deixado pelo ex-beatle John Lennon. "In My Life", "A Day in the Life" e "Don’t Let Me Down" estão entre as mais votadas, disparado.

* Alguém viu a mensagem triste, amarga e de certa forma pesada que o filho de John, Julian, deixou em seu site? Vá ver.

SMASHING PUMPKINS

A banda acabou, mas o fabuloso disco "Machina 2 - The Friends and Enemies of Modern Music" espera por você no Napster. Monte o seu.

SERIADOS

* Cacete. Alguém viu o vergonhoso episódio de "Dawson’s Creek" da semana passada, sobre a cena rave? Politicamente correto até a medula, foi uma forçada de barra das piores sobre quem vai e o que acontece em festas de música eletrônica. Deve ter sido idéia de algum esperto diretor que estudou TV e cinema em alguma escola do Kentucky, de tão jeca que foi.

E olha que eu gosto do seriado...

* Já falei isso? "Young Americans" tem tanto atorzinho lindo de morrer que dá raiva. Mas até que é um novelão bacana.

* "Friends" da semana passada. O que foi aquilo? A discussão de quem seria a dama de honra da Monica Gellar foi sensacional. E o papo da soneca conjunta do Ross e do Joey também. Nota 10.

O FILME DO ANO, LÁ FORA

Não há nada que eu mais queira ver no cinema é "Unbreakable", o novo filme do diretor hindu-americano M. Night Shyamalan, o responsável pelo sensasional "O Sexto Sentido".

Estreou recentemente nos EUA.

A história é maravilhosa. O nosso Bruce Willis faz um sujeito normal, com uma vidinha normal, na normal Filadélfia. Certo dia Willis pega um trem, que bate em um desastre horrível. Todos morrem. Menos Willis, que sai do acidente sem nenhum arranhão. O caso chama a atenção de um fã de histórias em quadrinhos, interpretado pelo bamba Samuel L. Jackson ("Shaft", "Pulp Fiction"), que resolve procurar o Willis para investigar se ele é um super-herói de HQ indestrutível, que não morre nunca, com uma nobre missão no planeta.

Palavras do amigo Sérgio Dávila, correspondente da Folha em Nova York, colunista do UOL e que viu o filme na semana passada:

"É tão bom quanto ‘O Sexto Sentido’. O filme surpreende não só pela reviravolta no final, mas por tratar de maneira original de um tema reprisado e repisado pelo universo da HQ: como os superpoderes são mais uma pena do que um prêmio na vida de uma pessoa comum (Hulk, Homem-Aranha, Surfista Prateado etc.)."

Quando "Unbreakable" tiver previsão de estréia no Brasil, você saberá aqui.

E até a semana que vem.

Leia colunas anteriores
06/12/2000 - O Noel e o (Papai) Noel
29/11/2000 - Exclusivo! U2 faz um rap para a coluna
22/11/2000 - O escândalo do U2
15/11/2000 - Saramago e a caverna pop
08/11/2000 - Quero tocar no Rock in Rio 3
1º/11/2000 - Gil e Milton encontram Belle e Sebastian