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Terça-Feira, 12 de setembro de 2000


Equilíbrio

Melchiades Filho
     

Nunca um torneio olímpico foi tão equilibrado. Embora os EUA sejam favoritíssimos aos ouros, tanto no masculino e no feminino há pelo menos cinco outros times com chances de chegar ao pódio. Para o fã de basquete, os Jogos de Sydney serão um banquete. Confira quem pode fazer história ao lado dos norte-americanos a partir desta sexta-feira:

Austrália - Candidata a duas medalhas. As mulheres fizeram a melhor preparação de todas as participantes _a federação nacional subsidiou durante um ano o treino integral de oito atletas que tinham contrato na WNBA. As armadoras Michele Timms e Michelle Griffiths e os pivôs Luc Longley e Chris Anstey são os destaques.

Iugoslávia - Predrag Stojakovic, Sasha Danilovic e outras feras com passagem pela NBA credenciam-na como favorita a repetir a prata. Exibem o basquete mais disciplinado e cerebral do planeta.

Itália - Parece insensato chamar o atuais campeões europeus de "zebra". Mas, inacreditavelmente, é assim que são considerados em Sydney. O conjunto é forte.

Rússia - Como os anfitriões, tem tudo para emplacar dois pódios. Andrei Kirilenko e Elena Baranova são considerados certos na seleção das melhores da Olimpíada.

Lituânia - Apesar da ausência de Arvydas Sabonis, Zydrunas Ilgauskas e Arturas Karnisovas, seus três melhores jogadores, não se pode desprezar os ganhadores do bronze nas duas últimas Olimpíadas. Fala-se muito do potencial do pivô Gintaras Einikis.

Espanha e Canadá - Formam a dupla de coadjuvantes que mais capricharam na preparação. Os espanhóis criaram três seleções permanentes e apostaram no intercâmbio. Os canadenses pela primeira vez contam com reforços de profissionais da liga norte-americana, casos do armador Steve Nash e do pivô Todd MacCulloch.

Polônia e França - Pouco cotados há um ano, cresceram na bolsa de apostas graças ao reforço das pivôs Margo Dydek (2,18 m, a mais alta dos Jogos) e Isabelle Filjakowski, ambas com sólida carreira na WNBA.

Brasil - Apesar da instabilidade emocional, da demora de definição do grupo titular e da péssima pontaria nos amistosos, as meninas compõem um time sólido, que pode decolar. Geralmente gira em torno de Janeth, mas é Alessandra quem desponta como a principal arma ofensiva da equipe.


NOTAS

Parabólica 1

Todos os jogos da seleção feminina do Brasil serão televisionados pela TV aberta (Globo e Bandeirantes).

Parabólica 2
Todas as partidas dos EUA, homens e mulheres, serão exibidas pela TV paga (ESPN Brasil e Sportv).

Parabólica 3
Várias outros confrontos do basquete olímpico vão pintar na TV brasileira, graças à decisão da ESPN Brasil e Sportv de dobrarem suas transmissões em canais paralelos. Mas a programação será definida quase sempre na última hora. O jeito é grudar na telinha e pular de emissora em emissora o tempo todo.




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