Crianças estão em todos os lugares de 'Um Filme De Cinema', tanto em frente quanto atrás das câmeras

Na trama, colegas inventam história escrita não com palavras, mas com imagens que a lente consegue guardar

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Cena de 'Um Filme de Cinema', de Thiago B. Mendonça Divulgação

Uma tarefa de escola é o ponto de partida para este "Um Filme de Cinema": a professora pede que os alunos escrevam uma história tirada da sua cabeça. A pequena Bebel pergunta a ela se, em vez de escrever, pode contar a história em um filme. A professora topa.

Bebel pede que o pai lhe empreste uma câmera. Afinal, ele é diretor de cinema. O pai acha que é uma maluquice colocar um aparelho desses, caro e delicado, na mão de uma menina com 9 ou 10 anos, se tanto.

Ela fica tão triste com a resposta negativa que chega a ter pesadelos à noite. E continua a pedir, a pedir e a pedir ao pai. Quem resiste? Não ele, em todo caso. Assim como Bebel é uma menina bacana, ele é um pai legal. Se ela segurar bem a câmera, tudo irá bem.

É então que começa a sua aventura no mundo do cinema.

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Elenco em cena do filme 'Um Filme de Cinema', em cartaz em São Paulo - Divulgação

Epa! Começa, não. A aventura começou com aquele pesadelo da primeira noite. E continua, porque fazer um filme não é só pegar uma câmera e sair filmando. Antes, há toda uma história por trás. E uma qualidade de "Um Filme de Cinema" é nos levar a essa história de maneira clara e gostosa.

E explica muito bem como o cinema é —para começar— uma espécie de mágica. A mágica de captar a imagem das coisas em movimento. Uma coisa tão impressionante que, na primeira sessão que foi feita pelos inventores da coisa, os irmãos Lumière, quando um trem chegava perto da plateia na tela, as pessoas se afastavam porque tinham medo de que o trem saísse da tela e entrasse na sala.

Nunca, antes, ninguém tinha visto uma coisa tão parecida com a vida real. Ela estava lá: presa dentro do filme. As lições quem dá é o pai, o avô também.

Eles vão contar que, logo depois do invento, um outro homem, chamado Méliès, percebeu que a câmera não servia só para mostrar a vida tal como acontecia. Também era possível fazer mágica com ela. E, se dá para fazer mágica, é porque também era possível registrar todos os sonhos e fantasias do mundo naquela caixa que guardava o filme.

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Filme estreou no circuito no último dia 5 de outubro e tem classificação livre - Divulgação

E, se é possível guardar sonhos, por que não guardar risos? O pai aproveita a ocasião para mostrar a Bebel os grandes comediantes do tempo do cinema mudo: Carlitos e Buster Keaton. Com eles a gente continua a rir até hoje.

E aí Bebel parte para sua grande aventura. Junto com os colegas, inventar uma história que não se escreve com palavras, mas com as imagens fabulosas que a câmera consegue guardar. E fazer o filme também será outra aventura, tão aventura quanto Bebel se perder na cidade enquanto procura o seu cachorrinho, que se perdeu dela.

O resultado de tudo será uma surpresa para o pai: afinal, a câmera que ele emprestou voltou inteirinha.

E uma surpresa para a gente também, porque "Um Filme de Cinema", que não é só PARA crianças, nem SOBRE crianças, mas um filme feito PELAS crianças: em frente à câmera, mas também atrás dela, filmando. Aprendendo coisas com os adultos, mas também ensinando coisas que só crianças podem saber. Um filme de cinema cheio de fantasia e uma delícia de filme.

Um Filme de Cinema

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