Descrição de chapéu Cinema

MIS traça histórico dos musicais em mostra com peças de Carmen Miranda

Exposição abre nesta quarta (13) com figurinos de filmes e espaços para visitante tirar fotos

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São Paulo

Em meio à onda de nostalgia que arrebatou a recente produção musical nos cinemas, os saudosistas podem se consolar no Museu da Imagem e do Som, que abre agora a exposição “Musicais no Cinema”.

Idealizada pela Philharmonie de Paris, onde esteve em cartaz até janeiro, a exposição traça um panorama histórico dos musicais no cinema. Com organização do pesquisador N. T. Binh, foi adaptada pelo cineasta e curador Duda Leite, para abraçar também a produção brasileira do gênero.

Mas esqueça o musical em sua forma clássica. Muito do que poderá ser visto na exposição vem das chanchadas, de filmes sem cantoria mas com trilhas fortes e das recentes cinebiografias que, por aqui também, têm se alastrado.

Televisores guiam os visitantes por cenas de “Elis”, de 2016, e “Minha Fama de Mau”, deste ano, e por depoimentos exclusivos para a mostra, como o de Daniel de Oliveira, protagonista de “Cazuza: O Tempo Não Pára”, de 2004. Noutra seção, é possível relembrar os longas de Amácio Mazzaropi com a cantora Elza Soares.

Mas o grande destaque é um corredor todo dedicado a Carmen Miranda, que inclui o turbante que ela usou em “Uma Noite no Rio”, de 1941.

“A Carmen Miranda é uma das maiores estrelas da era de ouro dos musicais de Hollywood. Ela era tão importante quanto Esther Williams ou Judy Garland, ela é um ícone”, diz Leite. “Os filmes foram feitos em Hollywood, mas ela foi criada no Brasil e cantava em português. Sempre teve essa questão da brasilidade superforte nos filmes dela, o que prova que o país tem uma grande ligação com os musicais.”

Quem for ao MIS poderá tirar fotos com uma réplica de um de seus turbantes, num cenário com bananas e morangos gigantes. Mas essa não é a única parte da exposição estrelada pelo próprio público.

“Musicais no Cinema” é ancorada na interatividade. Também será possível imitar Gene Kelly rodopiando num poste de luz ou Julie Andrews, com seu inconfundível guarda-chuva de “Mary Poppins”, de 1964.

Em outra seção, o visitante poderá conhecer astros dos musicais que, na sala de edição, perdiam suas vozes. É o caso de Audrey Hepburn em “Minha Bela Dama”, de 1964, que teve a voz subtraída em certas canções. No MIS, é possível ouvir a gravação original da cena comparada à versão final, com a soprano Marni Nixon.

Uma sala com filmes projetados em 360º, uma área para aprender sapateado com um vídeo de Claudia Raia e figurinos do recente “Rocketman” completam o passeio. Aproveitando a inauguração, o MIS lança, já na quarta (13), uma série de podcasts semanais no Spotify, com as entrevistas feitas para a mostra.

Musicais no Cinema

  • Quando Ter. a sáb., das 10h às 20h. Dom. e feriados, das 10h às 19h. Abertura nesta quarta (13). Até 9/2
  • Onde MIS, av. Europa, 158
  • Preço R$ 30

Destaques de ‘Musicais no Cinema’

  • ‘Uma noite no Rio’ (1941) - O turbante com frutas que Carmen Miranda usou no filme está em exibição
  • ‘Cantando na Chuva’ (1952) - Visitantes entram no filme graças a uma réplica de seu cenário
  • ‘Super Xuxa contra Baixo astral’ (1988) - Os baixinhos podem dançar uma coreografia do filme em área para as crianças
  • ‘Rocketman’ (2019) - Figurinos usados por Taron Egerton vieram de Los Angeles para a mostra
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