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Ranking Folha-Mauá: Picapes Ford alcançam os melhores resultados de desempenho em três categorias

Ranger, Maverick e f-150 são superiores nas provas de aceleração e retomada

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As picapes estão no centro da nova estratégia da Ford no mercado brasileiro. O principal produto vem da Argentina: a linha 2024 da média Ranger, que foi o modelo mais rápido de sua categoria.

A versão testada, equipada com motor 3.0 V6 turbodiesel (250 cv), partiu do zero e chegou aos 100 km/h em 9,2s. A opção mais potente da geração anterior (200 cv) cumpriu a prova em 11,8s. A evolução, contudo, não se mede apenas em segundos.

Ford Ranger V6
Ford Ranger 2024 é produzida na Argentina - Divulgação

A Ranger 2024 estabelece um novo patamar no segmento. Embora a grosseria típica das picapes a diesel seja percebida em detalhes como a falta de regulagem de altura do cinto de segurança e o peso do ajuste de altura e profundidade do volante, o rodar suave e silencioso aproximam o utilitário dos SUVs de luxo. O preço, também.

Avaliado na versão Limited, o modelo da Ford custa R$ 320 mil. Entre os itens de série, há sete airbags, tração 4X4, ar-condicionado digital de duas zonas, direção com assistência elétrica e câmbio automático de dez marchas.

Nas provas de consumo entre as picapes a diesel, a Fiat Toro Ultra 2.0 (R$ 206,9 mil) se fez valer do menor porte para superar as concorrentes. A RAM Rampage equipada com o mesmo motor até poderia obter resultado próximo no gasto de combustível, mas não chegou a tempo de passar pelo ciclo atual de testes.

Maverick e Montana dividem pódio no segmento de compactas

A tração dianteira é um dos poucos pontos em comum entre Ford Maverick Hybrid (R$ 244,9 mil) e Chevrolet Montana Premier (R$ 148,9 mil). Os modelos foram os únicos concorrentes desta edição do Ranking Folha-Mauá na categoria Picapes Compactas.

Ford Maverick Hybrid
Ford Maverick Hybrid utiliza motor 2.5 a gasolina e sistema elétrico para consumir menos - Divulgação

Maior e mais potente (194 cv), a opção da Ford foi melhor nas medições de desempenho com gasolina. Auxiliado pela eletricidade, o motor 2.5 foi também econômico.

Com médias acima de 20 km/l tanto no uso urbano como no rodoviário, a Maverick híbrida tornou-se a picape mais econômica em 27 anos dos testes feitos em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia. Mas não é flex.

Com a possibilidade de ser abastecida com etanol, a Montana 1.2 turbo (133 cv) não teve concorrente nas medições com o combustível renovável.

O principal lançamento da Chevrolet em 2023 se destaca ainda pelos itens de segurança, com um pacote que inclui seis airbags entre os itens de série. Há cinco versões disponíveis –a mais recente é a RS (R$ 151,9 mil), que chegou às lojas neste mês com estilo esportivo.

F-150 supera RAM Classic em disputa de gigantes

A linha de picapes RAM mostrou que o Brasil estava pronto para receber veículos de passeio com quase seis metros de comprimento. As opções 1500, 2500 e 3500 somam 4.600 unidades emplacadas no primeiro semestre, segundo a Fenabrave (associação dos revendedores).

Ford F-150
Ford F-150 tem motor 5.0 V8 com 405 cv de potência - Divulgação

O sucesso motivou outras marcas a trazer suas gigantes ao país. A Ford F-150, modelo mais vendido da categoria no mundo, chegou ao mercado em fevereiro e obteve os melhores resultados na categoria Picapes Grandes a Gasolina.

Embora pese 2.517 quilos e tenha 5,88 metros de comprimento, a versão avaliada Platinum (R$ 520 mil) partiu do zero e chegou aos 100 km/h e 7,5 segundos. Foi tão rápida como o SUV compacto Pulse Abarth, da Fiat, que cumpriu a prova em 7,6 segundos.

A força vem do motor Coyote 5.0 V8, que tem 405 cv de potência. É o mesmo usado no esportivo Mustang, mas com adequações ao uso off-road. O utilitário da Ford tem tração 4x4 e câmbio automático de dez marchas.

Mas não houve surpresa nas medições de consumo. Embora tenha sido mais econômica que a RAM 1500 Classic, sua única rival neste ciclo de testes, a F-150 consumiu um litro de gasolina a cada 5,9 quilômetros rodados na cidade.

Para compensar, o tanque tem 136 litros de capacidade, o que garante uma autonomia de 802 km no uso urbano, de acordo com as medições feitas pelo Instituto Mauá de Tecnologia.

A depender do público-alvo, contudo, a F-150 deve rodar a maior parte do tempo longe do trânsito pesado de cidades como São Paulo e Rio. As montadoras direcionam a venda dessas picapes gigantescas ao agronegócio.

COMO SÃO FEITOS OS TESTES

Para aferir o desempenho dos carros, o Instituto Mauá de Tecnologia utiliza o V-Box, equipamento que usa sinal de GPS. Os testes de aceleração e retomada são feitos na pista da empresa ZF, em Limeira (interior de São Paulo).

A etapa que verifica o consumo na cidade tem 27 km. Para simular um percurso rodoviário a 90 km/h, os pilotos de teste dirigem por 31 km.

Ambos os trajetos ficam em São Caetano do Sul (ABC), onde está a sede do instituto. Se o carro for flex, são feitas duas medições: uma com etanol, outra com gasolina.

O consumo de modelos elétricos é medido por meio do carregador instalado no IMT. O teste calcula o gasto para rodar 100 km nos modos urbano e rodoviário.

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