Rio prevê hotéis lotados e ampliação de voos com show de Madonna em Copacabana

Rainha do pop deve reunir multidão em apresentação na praia carioca em 4 de maio

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Rio de Janeiro

Não são apenas os fãs que estão empolgados com a proximidade do show gratuito de Madonna na praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro.

Empresas e representantes do setor de turismo também mostram entusiasmo com o impacto econômico que a presença da rainha do pop deve gerar na capital fluminense.

Agendado para 4 de maio, o megaevento tende a impulsionar o desembarque de visitantes na cidade após o fim do verão.

Em Copacabana, a perspectiva é de hotéis com 100% de ocupação no dia do show, aponta o HotéisRIO (Sindicato de Hotéis e Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro). Segundo a entidade, estabelecimentos de outros bairros da zona sul podem registrar nível semelhante.

Madonna se apresenta no Pride Island, em 2019, em Nova York - Jeenah Moon - 30.jun.2019/Reuters

"Quando Copacabana lota, a procura começa a transbordar para Botafogo, Flamengo, Catete", afirma o presidente do HotéisRIO, Alfredo Lopes. Ele diz que, em outros anos, a média de ocupação no mesmo período ficava próxima a 68% na zona sul.

"Para os hotéis da zona sul, vai ser como um Réveillon", avalia Lopes, comparando o possível impacto do evento musical ao desembarque de turistas para as tradicionais festas de Ano-Novo nas areias cariocas.

Ele declara que visitantes de São Paulo e Minas Gerais estão entre os destaques nas reservas de quartos para a apresentação de Madonna. A expectativa é de que em torno de 1 milhão de pessoas assistam à estrela na praia de Copacabana.

"É um show único no Brasil, diferente de quando teve o do Paul McCartney [em dezembro], que também esteve em São Paulo, por exemplo. Vai bombar", aponta Lopes.

Voos a mais no Galeão

Com a confirmação do evento, a companhia aérea Azul anunciou a criação de um hub temporário (base operacional) no aeroporto internacional do Galeão, na zona norte do Rio. A empresa afirma que terá 436 voos no local de 1º a 7 de maio.

A ideia, diz a companhia, é "atender da melhor forma a alta demanda de clientes que visitarão a capital fluminense para assistir ao show".

A concessionária RIOgaleão, que administra o aeroporto, contabilizou 170 voos extras para o intervalo de 1º a 6 de maio –todos da Azul. A empresa fala em um "grande impacto" causado pelo anúncio do show.

De acordo com a RIOgaleão, o hub temporário criado pela companhia aérea deve trazer cerca de 15 mil passageiros adicionais entre embarques e desembarques no período analisado.

"Para dar uma ideia do tamanho do impacto gerado apenas pelos voos extras da Azul, esse movimento é o mesmo registrado na final da Libertadores entre Fluminense e Boca Juniors em novembro passado, que, na época, envolveu várias companhias aéreas e muitos voos fretados", declara a concessionária.

A Gol, por sua vez, afirma que está "acompanhando de perto" a evolução da demanda e que "irá tomar ações para o aumento de oferta pontualmente onde for necessário". Já a Latam diz que, no momento, não planeja voos adicionais para o Rio em maio.

Na segunda-feira, a Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), vinculada ao governo federal, projetou que o desembarque de visitantes estrangeiros também será impulsionado pelo megaevento.

Conforme o órgão, a chegada de turistas internacionais ao Rio deve crescer 27,3% na semana do show de Madonna. A comparação é com igual período de 2023.

Havia o registro de quase 7.500 bilhetes aéreos emitidos de outros países com chegada ao Brasil pela capital fluminense, aponta a Embratur, citando dados da plataforma Forward Keys.

Outro possível reflexo envolve o transporte rodoviário de passageiros. O HotéisRIO afirma que, segundo a rodoviária do Rio de Janeiro, a sexta-feira que antecede o show deve registrar "grande movimentação de desembarques", com aumento de 20% ante uma sexta-feira normal. São esperados viajantes principalmente dos estados vizinhos de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.

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