PF indica 41 suspeitos em investigação sobre fraude na Americanas

Citados são ex-funcionários e executivos de setores como contabilidade, relações com investidores e tecnologia da informação

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Luciana Magalhães
São Paulo | Reuters

A Polícia Federal nomeou, nesta segunda-feira (2), 41 suspeitos de participação na fraude bilionária que levou a Lojas Americanas a um dos maiores pedidos de recuperação judicial da história do país no início do ano passado, de acordo com documentos vistos pela Reuters.

Os suspeitos que concordarem em ajudar na investigação poderão assinar acordos de "não persecução", segundo os documentos, mas para isso precisam admitir participação no esquema que levou a um rombo de mais de R$ 25 bilhões na contabilidade da companhia.

A imagem mostra a entrada de uma loja chamada 'Lojas Americanas'. Acima da entrada, há uma placa grande com o nome da loja em letras vermelhas. Uma mulher está caminhando em direção à entrada, usando uma blusa preta e calças jeans claras, e carrega uma bolsa marrom. Dentro da loja, é possível ver algumas luzes e cartazes de produtos, incluindo um cartaz de Oreo.
Fachada de uma unidade das Americanas em Brasília - Adriano Machado - 27.jun.2024/Reuters

As pessoas nomeadas pela PF foram segmentadas em oito grupos, conforme o setor de atuação no esquema.

Os principais implicados incluem o ex-presidente-executivo, Miguel Gutierrez, e a ex-presidente da B2W, unidade de varejo digital da Americanas, Anna Saicali, que já haviam sido citados anteriormente pela polícia.

Gutierrez chegou a entrar na difusão vermelha da Interpol e foi preso por um breve período em Madri no início deste ano. Ele foi liberado e entregou o passaporte às autoridades. No mês passado, o TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) concedeu habeas corpus para revogar o mandado de prisão emitido contra ele.

Gutierrez também tem cidadania espanhola e atualmente mora na Espanha. Em julho, o MPF (Ministério Público Federal) pediu a extradição do executivo.

Saicali também foi alvo de um mandado de prisão, depois revogado pela Justiça em troca de sua apresentação às autoridades. Ela estava em Portugal, chegou em São Paulo no início de julho e se apresentou à Polícia Federal, na delegacia especial do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Os outros citados pela PF são ex-funcionários e executivos de diferentes departamentos da Americanas, entre eles contabilidade, relações com investidores e tecnologia da informação, de acordo com os documentos.

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