Descrição de chapéu Governo Biden

Blinken manifesta pesar por palestinos inocentes mortos em conflito com Israel

Chefe da diplomacia dos EUA se reúne com Mahmoud Abbas, líder da ANP, em Ramallah, na Cisjordânia

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Ramallah | AFP

Em viagem ao Oriente Médio, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, expressou nesta terça-feira (31) pesar pela morte de palestinos inocentes em meio à escalada da tensão com Israel.

Responsável pela diplomacia do governo do democrata Joe Biden, Blinken se reuniu com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, na Cisjordânia, um dia depois de encontrar o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, ao qual pediu medidas urgentes para amenizar o conflito em curso.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, ao lado de presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, em Ramallah
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, ao lado de presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, em Ramallah - Majdi Mohammed/Pool via AFP

O americano manifestou uma visão pessimista sobre o desenrolar da situação, afirmando ver "um horizonte de esperança cada vez mais estreito" para o conflito. Antes de se encontrar com Abbas em Ramallah, ele esteve com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, em Jerusalém. O israelense agradeceu o que disse ser um apoio incondicional de Blinken ao direito de Israel de se defender.

Na sexta (27), um ataque a tiros numa sinagoga do bairro de Neve Yaakov deixou sete mortos. Um dia depois, pai e filho ficaram feridos numa ação perpetrada por um adolescente palestino na Cidade Velha.

Antes, uma incursão do Exército de Israel na Cisjordânia matou dez palestinos. A Autoridade Palestina, então, afirmou que encerraria uma parceria que mantinha com Israel na área da segurança.

A cooperação, que já havia sido interrompida em outros momentos de crise, é vista por muitos como responsável por impedir ataques contra Tel Aviv e manter certa estabilidade na Cisjordânia. Washington lamentou a decisão e afirmou temer um agravamento da situação.

Desde o início do ano, 35 palestinos já foram mortos, cifra que inclui os autores dos ataques mortos pela polícia, indivíduos que pertenciam a grupos criminosos e os civis contemplados na fala de Blinken. O ano de 2022 foi o mais letal na Cisjordânia desde que a ONU passou a contabilizar vítimas na região, em 2005.

Em sua viagem, o secretário de Estado americano tem defendido que um sentimento de segurança seja restabelecido tanto para israelenses quanto para palestinos. Ele disse ter alertado todas as partes de que os EUA são contra qualquer ação que ameace a já congelada solução de dois Estados.

"Deixamos claro que isso inclui aspectos como a expansão de assentamentos israelenses, bem como demolições, despejos e perturbações em locais históricos sagrados", afirmou Blinken.

Após o recente ataque à sinagoga em Israel, políticos aliados do governo de Bibi, como Netanyahu é conhecido, defenderam mais construções de assentamentos israelenses. O governo também iniciou uma ofensiva contra as casas e os direitos das famílias de palestinos que atiraram contra israelenses.

Prevista há vários meses, a viagem do secretário de Estado ganhou uma nova dimensão com o aumento da violência na região. Blinken iniciou a passagem pelo Egito, mediador histórico no conflito. O país foi a primeira nação árabe a assinar um acordo de paz com Israel, em 1979.

A Presidência egípcia afirmou que o país trabalha para tentar "controlar o foco de tensões".

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.