'Lula foi condenado pelas provas, não pelas conversas', diz leitor

Para defesa do presidente, diálogos revelam 'rompimento da imparcialidade'

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Mensagens vazadas

A possibilidade de conluio entre o acusador e o julgador é gravíssima e invalida de imediato qualquer efeito sobre eventuais acusados (“Cresce pressão no STF por suspeição de Moro após vazamento de conversas”). Não só isso: estigmatiza aqueles que representam essas instâncias, tornando-as suspeitas em todos os casos futuros, uma vez que deixa evidentes predisposições e favoritismos. As tentativas de banalizar o acontecido são, portanto, ridículas. 

Manoel Virgílio de Queiroz (Santana de Parnaíba, SP)

É um despropósito pensar que o julgamento feito por Moro tenha sido influenciado, o que nos leva aos seguintes pontos: houve fabricação de provas por parte do Ministério Público?; após a condenação em primeira instância e, com a insistência da defesa do ex-presidente em alegar que não houve lisura por parte de Moro, cabe saber por que a condenação foi confirmada em segunda instância. Parece que esta é mais uma etapa da teoria da conspiração montada por um grupo de criminosos desesperados.

Luis Baibich (Curitiba, PR)

Existem as leis para serem cumpridas. Se qualquer cidadão não as cumpre, tem que sofrer as punições previstas nas mesmas leis. Portanto, se Moro trabalhou à margem da lei, tem de responder por isso (“Moro, pede pra sair”, de Elio Gaspari).

Emidio José Cunha de Carvalho (Rio de Janeiro, RJ)

Todas as revelações só demonstram o caráter real dos brasileiros em geral. Não importa a relevância ou não da sua função, não existe respeito aos ordenamentos. Vivemos por aqui um vale-tudo eterno: as pessoas só querem se dar bem e não se importam com os meios para obter resultados. A promiscuidade entre o ex-juiz e o procurador, aventada na “vazajato”, apenas dá o tom de que por aqui a frase “quem nunca errou que atire a primeira pedra” está sempre viva —e pelo visto jamais morrerá.

Wagner Lacort (Governador Valadares, MG)

Moro e Dallagnol estão passando pela mesma humilhação, angústia, amargura e sofrimento que fizeram passar Lula e seus familiares. Além de toda a perseguição ao Lula, ouvi Marisa, extremamente sofrida e amargurada, contar que policiais federais invadiram o apartamento onde moravam e reviraram tudo o que encontravam, até uma gaveta com as calcinhas dela.

Gilcéria Oliveira (São Paulo, SP)

Não resta dúvida de que houve conversas (“Ex-chefe da Lava Jato em SP vê diálogos normais e critica STF”). O que ninguém diz é que Lula foi condenado pelas provas, não pelas conversas. Quando muito, houve uma infração funcional. Estão querendo armar um inferno somente com alguns gravetinhos. O tempo corrigirá isso.

João Carlos (São Carlos, SP)

Sugiro que a procuradora Thaméa Danelon e todos os que pensam como ela, inclusive Moro, leiam o brilhante texto “A essência da Justiça”. Augusto de Arruda Botelho, com muita propriedade jurídica e clareza, explicita por que tem, sim, gravidade a forma de relacionamento entre Moro e os procuradores. Se juízes e procuradores acham isso normal, então, estamos mesmo muito mal. 

Beatriz Telles (São Paulo, SP)

Moro e a missão

O problema dessa gente que se considera com uma “missão” é que messianismo nunca dá certo (“Ministro afirma que hackers de juízes não vão afetar sua missão”). São vaidosos e consideram-se acima do restante da humanidade, com sua moral “ilibada”. Assistir ao deprimente espetáculo em que o balão do herói justiceiro murcha de forma patética é tragicômico. Por essa razão que a Constituição deve sempre e inexoravelmente reger a Justiça. Quando a Constituição e a legalidade são relativizadas, o resultado é trágico.

Marlise Santos (Porto Alegre, RS)


Preservação de conselhos

Vitória da democracia representativa contra a sanha autoritária deste governo Bolsonaro (“Supremo forma maioria para restringir extinção de conselhos por Bolsonaro”)! A participação da sociedade nas decisões do Estado só areja e qualifica os processos, inclusive diminuindo a chance de corrupção e da frequente descontinuidade de políticas exitosas devido a mudanças de governo.

Paulo Bonilha (Campinas, SP)

Barrar extinção é fácil, sem sequer saber o que estão perpetuando e apenas obedecendo de forma burocrática e automática a dispositivos que não levam em conta a realidade financeira e operacional do Estado. Mas esse pessoal é assim: autoriza seus próprios reajustes sem questionamentos, ingerências ou observância à disponibilidade de recursos. Para eles, tudo. Aos demais, a sobra. Ao barrar a extinção, seria oportuno, apenas para embasar a decisão, apontar de onde virão as verbas a serem gastas.

Marcos Serra (Porto Alegre, RS)


Armas

A caneta do presidente, a qual legisla para poucos, pode mais. Mas a borracha do Senado, a qual legisla para todos, pode mais ainda (“Comissão do Senado derruba parecer pró-decreto de porte de arma de fogo”).

Luiz Paulo Barreto (Cabo Frio, RJ)

Populismo

Precisa ser inteligente e ter talento para, com poucas palavras, desvelar o óbvio, dizendo-o de forma simples, como uma tese definitiva (“O populismo é filho da democracia”, de Contardo Calligaris). Parabéns! Compreendi algo que eu circulava, circulava e circulava e ainda não tinha conseguido focar. Vale para tudo, não só para a política. O populismo no dia a dia das redes é evidente.

Carlos de Souza Schneider (Porto Alegre, RS)


Ex-ministro

Celso Amorim deveria pedir desculpas ao Brasil pelo prejuízo econômico e moral que seu partido causou ao país (“A doutrina Trump”). Sua desastrosa atuação fez da nação um saco de pancadas. Embaixadores da Venezuela, do Paraguai, da Bolívia e da China sentiram muito a sua saída.

Fernando Eugênio L. do Prado (São Paulo, SP)


Colunista

Marcelo Coelho, gosto de ler sua coluna e nesta quarta levei um agradável susto (“Cai a máscara de Moro e companhia”). Nunca vi de sua parte uma contundência tão veemente na denúncia das irregularidades da Lava Jato. Geralmente seus escritos são plácidos e serenos, até pensei que o orixá do Vladimir Safatle tivesse baixado no senhor. Parabéns, a leitura de seu texto ajudou-me a ser mais contundente nas minhas manifestações políticas. 

José Antônio Pires de Almeida (Itapira, SP)


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