Leitores criticam apoio do Estado aos órfãos da Covid

500 mil mortos e textos de Candido Bracher e Bernardo Carvalho são temas de comentários no jornal

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Órfãos da Covid
Li a reportagem com lágrimas nos olhos (“Órfãos da Covid lidam com luto, sobrevivência e saudade do abraço", Saúde, 20/6). O que será destas crianças todas? Eu vivo só com meu filho e tenho muito medo. Se eu faltar, o que será dele? Minha aposentadoria será dividida ao meio, e isso será o seu sustento até que possa se virar. Não dá para nada. Do meu trabalho como servidora nada receberá. Se faz necessário uma política pública que ajude essas crianças, R$ 250 não irão ajudar. E que sejam revistas as formas de pensões dos pais, para que possam ao menos viver com dignidade.
Odete dos Santos (Guarulhos, SP)

As marcas que esta pandemia e que este Estado assassino vão deixar na vida dos sobreviventes nunca serão reparadas. A nossa tristeza e luto abstrato (para quem não perdeu alguém próximo, porém vive luto coletivo) geram sentimento tóxico de revolta encapsulada, e a impotência nos torna pessoas que não podem nem conseguem mais chorar. Ficamos embrutecidos para nos defender da brutalidade exposta. Somos uma geração triste. Sairemos dessa piores, revoltados e, se nada fizermos, injustiçados.
Raquel Amorim (São Paulo, SP)


500 mil mortos
Aterrorizado e perplexo pelo país ter atingido a marca de meio milhão de mortos na pandemia. Para se chegar perto da dimensão disso, basta contar até 500 mil. E, a cada número, refletir ter sido uma vida. Principalmente, que essa morte poderia ter sido evitada. 1, 2, 3, 4, 5...
Tony Nyenhuis (Peruíbe, SP)

Muito forte a Primeira Página especial “Vamos morrer até quando?” (20/6). Igualmente a respectiva página 2. As palavras que me faltaram ao vê-las, foram preenchidas pelo editorial “Para não esquecer”.
Roseli Fischmann (São Paulo, SP)

Brilhante/soturno. Como parabenizar a sobrecapa que, com toda sensibilidade, é expressão do terror? Esta é para arquivo.
Paulo César Machado Feitosa (Belo Horizonte, MG)

Parabéns, Folha! A capa singela, contundente e histórica! Infelizmente do momento mais triste deste país!
Therezinha Lima e Oliveira (São José dos Campos, SP)


(Des)governos
Os campeões da Covid, EUA, Brasil e Índia, tinham ou têm governantes (Trump, Bolsonaro e Modi) pautados por brutalidade e alienação. O mais desestruturado é o Brasil.
Francisco Eduardo de Carvalho Viola (São José dos Campos, SP)

País à deriva, o culpado tem nome e sobrenome, é melhor “jair” caindo!
Davi Gandolphi de Souza (Porto Alegre, RS)


Lei de Improbidade
Sou assinante da Folha há 50 anos e estou indignada com a pouca repercussão dada à aprovação da Lei de Improbidade Administrativa pela Câmara! Deputados e Ricardo Salles têm razão: enquanto todo mundo está distraído com a pandemia, eles fazem passar a boiada!
Registila Libania Beltrame (São Paulo, SP)


Espigão da discórdia
Isso aí mais parece um “assentamento” israelense no meio de terra palestina. Totalmente fora de contexto (“Na zona leste de São Paulo, espigão espalha sombra da discórdia”, Cotidiano). Praticamente um bunker de quem não quer se misturar.
Lorenzo Frigerio (São Paulo, SP)*


Interação com leitores
Comento porque tenho a chance de partilhar ideias na esperança de que possa cooperar com um Brasil mais justo. E neste minifúndio que a Folha nos proporciona, posso fazê-lo, pois poderá ser lido, ou não, pelos milhares de assinantes.
José Roberto Martins Filho (Belo Horizonte, MG)

Alguém precisa sacudir o cinismo da Folha. Parte dos leitores faz isso. Sem assinantes, a Folha é invisível.
Cristiano Kock Vitta (Limeira, SP)


Ilustrada Ilustríssima
Leio Bernardo Carvalho, “Cadáver de Santo” (20/6), e digo que, se tivesse lido só essa coluna, já teria valido a pena. Sensacional o texto e suas interlocuções, informa e nos leva a pensar. O autor circula entre Kafka, Dostoiévski, Brecht e articula o nexo com o que estamos vivendo politicamente neste país.
Olívia N. Mota Borges (Rio de Janeiro, RJ)


Bracher
Também sou leitor de Zweig e Marai, e acho que a perspicácia destes autores, diferentemente de Candido Bracher (“Escolhas”, 20/6), novo articulista, não os levaria a subscrever a (falsa) tese de que os dois candidatos, hoje liderando as projeções eleitorais para 2022, representam polos extremistas. Gente como o banqueiro aposentado parece nada esquecer e nada aprender.
Remy José Fontana (Florianópolis, SC)

Artigo claro e que destaca a importância de perseverarmos na construção de outras alternativas para 2022 e, assim, podermos trilhar um caminho melhor para o Brasil e todos seus cidadãos. Boa estreia do novo articulista.
Fabio C. Barbosa (São Paulo, SP)

Perfeita crônica de tragédia anunciada. Que Deus ilumine o povo.
Humberto Sanchez (Araçatuba, SP)


Design
Preocupa o texto “Museu da Casa Brasileira vai ficar sob o comando da Fundação Padre Anchieta” (Ilustrada). A Abedesign representa escritórios de design do país e é testemunha da excelente atuação do MCB. O design tem assumido protagonismo na sociedade, e o MCB ajuda nisso. Por que a mudança vinculando-o a entidade de radiodifusão e TV públicas sem relação com a gestão cultural de museu? Há risco de perda de anos de construção de identidade do design e da arquitetura.
Gustavo Greco Lisita, diretor-presidente, e Ludmila Oliveira da Cunha Pereira, diretora e vice-presidente da Abedesign (São Paulo, SP)

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