Leitores refletem se o Brasil vai reassumir protagonismo na área ambiental

Bolsonaro, Nelson Piquet e editoriais da Folha são outros temas comentados

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Nesta semana, a Folha perguntou a seus leitores se o Brasil vai conseguir reassumir protagonismo na área ambiental.

Leia abaixo algumas respostas.


O Brasil sob liderança carismática e global do presidente Lula não só reassumirá o papel de protagonista, mas também poderá estabelecer novos parâmetros de governança mundial sobre a manutenção da floresta como ativo tangível, como um efetivo negócio, de forma a estimular a
sua preservação.
Milton Barbosa Cordeiro, 72, advogado e produtor rural (Belém, PA)

Sim. A grande dúvida é se esse protagonismo será baseado em fatos ou mais ancorado nas palavras bonitas e carisma do presidente eleito. Há mais bois e vacas do que gente no Brasil! Em suma: como falar a sério sobre defesa da Amazônia enaltecendo a cultura da carne, chegando ao cúmulo de trazer o churrasco de picanha como promessa de campanha?
Rogério Barros Nunes, 46, servidor público (Recife, PE)

Creio que o Brasil já está sendo visto com outros olhos pela comunidade internacional. O próprio posicionamento de Noruega e Alemanha, considerando o desbloqueio das verbas de ajuda financeira, é o primeiro indicador.
Pedro Renato Lima de Mendonça, 71, aposentado (Niterói, RJ)

Não! Entretanto acredito que haverá uma discreta redução nos indicadores de desmatamento e queimadas. É preciso conscientizar a população sobre a importância da nossa Amazônia. Paralelamente a isso, é preciso que se crie, uma política de fiscalizadores. Funcionaria como um crédito colaborativo, em que ao acionar as entidades fiscalizadoras, verificando a irregularidade, se haveria a obtenção de um crédito (a ser definido), que seria destinado a essas pessoas que denunciam.

Wilk Pereira Matias, 29, desenvolvedor Java e especialista DevOps (Belo Horizonte, MG)

Sim, tem todas as condições para isso. O Brasil é um país de dimensões continentais, e possui a maior biodiversidade do mundo. Um patrimônio ambiental que o credencia a ser o grande protagonista na área ambiental neste século 21.
Marco Aurélio Ferreira da Silva, 60, funcionário público (Santos, SP)

O protagonismo ainda não. Urge estabelecerem orçamento impositivo com ajuda externa para além da calamidade da Amazônia. Municípios agonizam em desastres ambientais. Mantenho a esperança de que os Poderes e as Forças Armadas invistam em meios na prevenção de desastres e na fiscalização.
Edgard Barros, 69, economista (Rio de Janeiro, RJ)

Sim. O mais importante é a disposição em mudar nossa realidade atual, ou seja, de descaso e degradação dos nossos biomas. Temos a maior floresta tropical do mundo. Se não tivermos protagonismo, quem terá?
Marley Flávio Barbosa, 48, relações públicas (Belo Horizonte, MG)

Está num ponto sem retorno. Não da para recuperar, o desastre está segurado. Ninguém é culpado, ninguém é multado.

Francisco Alcaina Granell, 64, professor (Goiânia, GO)

Sim. O governo da frente ampla liderado por Lula, e nesse tema pela Marina Silva, vai reassumir o protagonismo mundial, trazendo os países ricos para participarem desse processo de forma inédita.
Silvio Alpendre, 62, bancário aposentado (São Paulo, SP)

Claro que sim! O governo vai coibir e punir o desmatamento e o avanço de garimpeiros e grileiros em áreas de proteção.
Maria Corina Rocha, 63, servidora pública (São Paulo, SP)


Outros assuntos

Ações de racismo na Justiça
Esses valores indenizatórios são irrisórios. É uma vergonha indenizar com R$ 30 mil ("Justiça do Trabalho tem mais de 22 mil ações de racismo", Mercado, 20/11). Deveria ser na casa dos milhões com retratação pública. O capitalismo se enriqueceu às custas da escravidão negra e, para justificá-la, criou o racismo nas suas mais variadas formas. A escravidão negra foi abolida, mas o racismo segue a todo vapor, pois a burguesia consegue pagar menores salários para negros em virtude da nossa cor e da raça; e destilando o racismo na classe trabalhadora.
Marlise Ferreira (Porto Alegre, RS)

Manifestante segura placa onde se lê "racismo mata"
Crescem as ações trabalhistas que citam casos de racismo nos pedidos - Pilar Olivares-24.nov.21/Reuters

Diversidade e exclusão
A exclusão racial é afronta à civilização, à humanidade e à democracia. A exclusão histórica do povo negro no Brasil que impede por 160 anos a equidade de pessoas negras na educação ("Brasil pode levar quase 116 anos para atingir equilíbrio entre negros e brancos", Mercado, 20/11) é campeã do planeta no século 21. A hora de agirmos é agora!
Caio Magri, diretor presidente do Instituto Ethos (São Paulo, SP)

Ah, se os casais brancos começassem adotar crianças negras, se a vontade de ter um filho fosse maior que o racismo estrutural. As pessoas não percebem os sinais dos céus. Esse tanto de artista adotando crianças negras recebeu essa missão de espalhar essa ideia. Receber como filho quem a gente antes teve como escravo é a forma dessa nação pagar os seus débitos escabrosos e recuperar sua dignidade.
Ana Rodrigues (Vitória, ES)


Evangélicos
Livre escolha ("Negros são maioria nas igrejas evangélicas, e desigualdade ajuda a explicar, Cotidiano, 20/11)! Mas, não apedrejemos outras denominações religiosas/culturais, tais como: umbanda, kimbanda, jeje, nagô, omolocô, tambor de mina, vodum, candomblé etc!
Antonio Alencar (Brasília, DF)

Culto realizado pelo pastor Marco Davi, autor do livro 'A Religião Mais Negra do Brasil', na Nossa Igreja Brasileira, no Rio de Janeiro
Culto realizado pelo pastor Marco Davi, autor do livro 'A Religião Mais Negra do Brasil', na Nossa Igreja Brasileira, no Rio de Janeiro - Tércio Teixeira/Folhapress

Que paradoxo. Fomos arrancados a força de nossos lares, escravizados, torturados e enviados ao novo mundo por cristãos. Hoje adotamos a religião dos opressores, copiamos costumes e até votamos no Bolsonaro por influência dos pastores.
Celso Caramori (São Paulo, SP)


Copa da união?
Brasil querendo se travestir do que não é ("Para especialistas, Mundial é oportunidade de reunificar país", Copa 2022, 20/11). O nós contra eles (seja de que lado for)! Enquanto perdurar essa "guerra" sem futuro nunca teremos país, só território sem identidade nacional. Bem dizia Nelson Rodrigues, "a pátria de chuteiras" identifica o que vivemos.
Bruno Miguel Avelar (Cabedelo, PB)

Concordo que a camisa amarela (a canarinho) era o orgulho do Brasil, depois da tentativa de sequestro da nossa bandeira pelos bolsonaristas, acompanhado pelas declarações de alguns de seus adeptos, a exemplo do Neymar (oportunista de última hora), com certeza devedor de tributos. Tenho dúvidas de que muitos brasileiros irão torcer pela seleção. Eu, por exemplo sou um deles.
Juliano Probst (Viçosa, MG)


Sem passaporte
"PF suspende confecção de passaportes a partir deste sábado por falta de verba" (Mercado, 19/11). Falta verba para passaporte, farmácia popular, merenda, luz nas universidades etc. Cortaram tudo e falam de responsabilidade fiscal viabilizando a responsabilidade social. Quem engole isso? Será difícil o Orçamento 2023. Vamos torcer para a equipe de transição e o relator construírem algo palatável aos agourentos.
Cassio Vicinal (Goiânia, GO)


Prisão
"Elizabeth Holmes, fundadora da Theranos, é condenada a 11 anos de prisão" (Mercado, 19/11). Como dinheiro compra tudo, com a fortuna que tem em breve estará solta.
Maria José de Carvalho (Recife, PE)

Elizabeth Holmes, ex-CEO da Theranos, startup que prometia revolucionar exames de sangue
Elizabeth Holmes, ex-CEO da Theranos, startup que prometia revolucionar exames de sangue - Getty Images via AFP

Piquet
O contrato precisa ser cancelado ("Governo vai renovar contrato com empresa de Piquet, que desejou ‘Lula no cemitério’", Painel SA, 19/11). Nelson Piquet poderá ser motorista do clã Bolsonaro.
Paula C. Miranda (Brasília, DF)

O presidente Jair Bolsonaro chega em carro aberto, dirigido pelo piloto Nelson Piquet, para a cerimônia de hasteamento da bandeira no Palácio da Alvorada
O presidente Jair Bolsonaro chega em carro aberto, dirigido pelo piloto Nelson Piquet, para a cerimônia de hasteamento da bandeira no Palácio da Alvorada - Pedro Ladeira - 7.set.21/Folhapress

Esse desgoverno em fim de mandato está à toda pensando "vamos garantir a boquinha dos amigos que pudermos, talvez assim sobre algum para nós". Um camarada que desejou a morte do presidente eleito Lula vai garantir a vida boa por mais um ano, com milhões no bolso. Por essas e outros que ele sempre foi o que muitos já descreviam em seus tempos de piloto.
Maria Irene de Freitas (Rio de Janeiro, RJ)


Ocaso de Bolsonaro
Erisipela é uma doença horrível ("Bolsonaro se queixa de longa espera para a posse de Lula em janeiro", Mônica Bergamo, 19/11). Geralmente dá em moradores de rua ou pessoas que têm contato com esgoto a céu aberto, por causa da falta de higiene. Desejo, de verdade, que o Bolsonaro se cure e medite sobre suas escolhas na vida política.
Cissa Jorge (Rio de Janeiro, RJ)

O único trabalho, entre aspas, que esse senhor realizou em quatro anos foi fazer campanha eleitoral, gastando tubos do nosso dinheiro, para tentar se reeleger. Como as eleições já passaram e ele perdeu, já não tem mais nada para fazer, e pintou um tédio. Agora, diga-se de passagem, trabalhar de verdade, que é bom, ele nunca trabalhou.
Wilson Luiz Antonio (São José do Rio Preto, SP)

A única coisa certa que este "sem currículo" falou até agora. É muito tempo, sim. Risco de manobras.
Maria Bilck (Florianópolis, SC)


Ombudsman
A cobertura da Folha sobre a responsabilidade fiscal de Lula e Bolsonaro é rasa e parcial ("Mau começo, mau humor", Ombudsman, 20/11). Lula governou o país por oito anos. Dizem que o brasileiro tem memória curta. Lula governou oito anos com responsabilidade fiscal. Já o governo Bolsonaro/Guedes tem desrespeitado o teto de gastos desde 2019, antes da pandemia. A irresponsabilidade fiscal nos quatro anos de governo Bolsonaro/Guedes não é exposta, e Lula, que nem tomou posse, é retratado como irresponsável fiscal. Deveria haver maior independência de algumas escolas econômicas por parte da linha editorial da Folha.
Jean Felipe Gomes Rodrigues (São Paulo, SP)

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