'Ninguém é mais ilustre, excelente, magnificente que ninguém', diz leitora sobre juíza que gritou em audiência

Também não deveriam ser chamados de doutores quem nunca defendeu uma tese de doutorado, escreve outro assinante

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Pronome de tratamento
"Juíza do trabalho de SC grita com testemunha e exige ser chamada de ‘excelência’" (Mercado, 28/11). Não há nenhuma lei que obrigue alguém a chamar um juiz de primeira instância de excelência. O formalismo e o autoritarismo da juíza atrapalharam a audiência. A servidora pública deveria ser afastada. Também não deveriam ser chamados de doutores quem nunca defendeu uma tese de doutorado.
Francisco Barbosa (Guarapuava, PR)

Poderia acabar com esses tratamentos decimonónicos sem grave prejuízo para a nação e com muita poupança de saliva, tinta e papel. Excelência, magnífico reitor, Vossa Senhoria, egrégio, honorável, nobilíssimo, estupendo, maravilhoso… Senhora juíza, não seria educado o bastante?
Maria de Felipe Martinez (Brasília, DF)

É muito pronome de tratamento exagerado. Em muitos países é muito mais simples. Basta um senhor ou senhora para todo mundo. Ninguém é mais ilustre, excelente, magnificente que ninguém.
Rocia Oliveira (Brasília, DF)

Juíza Kismara Brustolin, da Vara de Trabalho de Xanxerê (SC), grita com uma testemunha durante audiência de instrução por videoconferência realizada em 14 de novembro - @diretodomiolo no X

Decisão
"STF decide que imprensa pode ser punida por entrevistas com indícios de falsidade" (Política, 29/11). Eu pensei que o poder constituído para elaborar as leis era o Congresso eleito pelo povo, mas vejo que no Brasil não é assim.
Salete Conceição Possebon (Santa Maria, RS)

Mais um passo na direção do fim das liberdades básicas. A questão no caso é sempre "o que é verdade", algo que nenhum filósofo, na história da humanidade, definiu com absoluta certeza. Claro que as excelências sabem definir.
Nilo Mismetti (São Paulo, SP)

Novamente o STF se imiscuindo em seara alheia. Ora se um cidadão procura um órgão da mídia para divulgar um fato, um ato ou uma fala, não cabe à mídia investigar a veracidade das afirmações. Cabe aos envolvidos assumirem a responsabilidade pelo que se fala e de quem se fala. Existe a Justiça para justamente punir desvios. De novo ataca-se o carteiro pelo conteúdo da carta.
Ângela Luiza S Bonacci (São José dos Campos, SP)

Substituição
"Ex-governador Marconi Perillo é eleito presidente do PSDB com apoio de Aécio" (Política, 30/11). Marconi Perillo foi eleito presidente do PSDB. O melhor seria chamá-lo de síndico de uma massa falida.
Marcos Antônio da Silva (Londrina, PR)

Um dos maiores responsáveis pela queda do partido ainda a interferir nas decisões.
Julio Shiogi Honjo (Arapongas, PR)

Contradição
"Chefe da COP28, que também comanda petroleira, nega uso de evento para vender petróleo" (Ambiente, 29/11). É como a raposa comandar reunião em sua caverna para discutir plano de proteção das galinhas e afirmar que virou vegana.
Jonas Nunes dos Santos (Juiz de Fora, MG)

Henry Kissinger
"Morre aos 100 Henry Kissinger, diplomata que moldou o século 20" (Mundo, 29/11). Para nós, latino-americanos, Henry Kissinger será sempre lembrado pelas atrocidades aqui cometidas nos anos 1970. A história é contada pelos vencedores, mas espero que a morte de Kissinger possa incentivar biografias, ensaios e outros textos mais esclarecedores sobre aquele período sombrio.
Adilson Roberto Gonçalves (Campinas, SP)

O cara foi um diplomata da Guerra Fria, não dos dias atuais. Ele ajudava a financiar ditaduras mais a direita pelo mundo e do outro lado a URSS financiava ditadura de esquerda pelo mundo, esse era o mundo da época. Gostem ou não, tem o seu nome na história.
Mayke Rocha (São Paulo, SP)

Monumentos
"Rio proíbe estátuas de escravocratas e de pessoas que violaram direitos humanos" (Cotidiano, 29/11). A preocupação no Rio de Janeiro deveria ser com os milicianos e traficantes vivos, não com os mortos e as inofensivas estátuas.
Maria Cecilia Silva (São Paulo, SP)

Medida correta. Os monumentos não serão destruídos, mas realocados e contextualizados.
José Fernando Marques (Brasília, DF)

Eu expandiria o projeto para revisar nomes de ruas e avenidas, que homenageiam militares ditadores, escravocratas e outros tipinhos da nossa história, além de datas infames como 31 de março ou 15
de novembro.
Alexandre Assis (São Paulo, SP)

Churrasco preterido
"Churrascaria brasileira deixou de ser referência mundial" (Cozinha Bruta, 29/11). Existe um discreto monopólio da produção de carne no país. E o melhor é exportado. O que nos sobra é uma carne cara e de pouca qualidade. No sul ainda se consegue comprar carne uruguaia de excelente qualidade com preços razoáveis. As churrascarias, para compensar isso, servem uma variedade imensa de complementos —de peixe a abacaxi na brasa— mas o bom e velho churrasco já não nos pertence mais.
Carlos Oliveira (Porto Alegre, RS)

Os argentinos costumam dizer que nós brasileiros não temos bons açougueiros, que não sabemos preparar o corte das diversas partes. Comecei a prestar atenção e concluo que eles estão certos. Não temos cursos ou treinamentos adequados. E a carne que fica aqui não é a boa. As grifes são caríssimas e inalcançáveis no dia a dia. Os argentinos ganham de lavada.
Maria Lopes (São Paulo, SP)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.