“SCI” inclui só 16
revistas brasileiras

da Reportagem Local

Entre as 5.722 revistas de todo o mundo indexadas no “Science Citation Index” (“SCI”), apenas 16 publicações são brasileiras. O número é pequeno, mas é maior que o de outros países em estágio de desenvolvimento científico semelhante, como Argentina e México.
No caso argentino, ao todo são cinco revistas cadastradas. No México, elas chegam a nove.
As revistas são cadastradas no “SCI” devido a sua importância na comunidade científica. O trabalho é realizado pelo ISI, Instituto para a Informação Científica.
Para uma revista ser indexada, ela precisa seguir algumas normas, como cumprimento das datas das edições, aplicação do processo de “peer review” (em que a validade do estudo é avaliada) e normas internacionais de edição, como o resumo do estudo (“abstract”) em inglês.
A lista é revisada a cada duas semanas. Para tanto, o instituto procura identificar e avaliar novas revistas que poderão ser úteis para os pesquisadores e retirar de sua lista revistas que não têm mais a mesma utilidade.
Apesar de o índice ser importante para avaliar as revistas, a cultura de publicações indexadas é maior em alguns campos, como a bioquímica, e menor em outros, como a matemática.
“Há revistas de matemática muito boas, não-indexadas, como a ‘Publications Mathématiques’, do IHES (Institut des Hautes Études Scientifiques)”, diz Jacob Palis, o matemático brasileiro com o maior número de citações.

Distribuição desigual
Segundo o ISI, análises recentes indicam que cerca de 150 revistas científicas são responsáveis por metade de todas as citações e por um quarto de todos os artigos publicados. Entre as mais importantes, estão as publicações multidisciplinares norte-americanas e britânicas.
Nos Estados Unidos, duas revistas têm importante destaque: a “Science”, publicada pela Aaas (Associação Americana para o Avanço da Ciência), e a “Proceedings of the National Academy of Sciences”, da Academia Nacional de Ciências.
No Reino Unido, a revista “Nature” é a publicação multidisciplinar com maior destaque. Seus editores, da Macmillan Publishers, mantêm também revistas mais segmentadas, como a “Nature Medicine” e a “Nature Neuroscience”. (MARCELO FERRONI)

Publicações indexadas
“Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia” (Belo Horizonte); “Arquivos de Neuropsiquiatria” (São Paulo); “Brazilian Archives of Biology and Technology” (Curitiba); “Brazilian Journal of Medical and Biological Research” (Ribeirão Preto); “Brazilian Journal of Physics” (São Paulo); “Eclética Química” (São Paulo); “Genetics and Molecular Biology” (Ribeirão Preto); “Journal of the Brazilian Chemical Society” (São Paulo); “Matemática Aplicada Computacional” (Petrópolis); “Memórias do Instituto Oswaldo Cruz” (Rio de Janeiro); “Pesquisa Agropecuária Brasileira” (Brasília); “Pesquisa Veterinária Brasileira” (Rio de Janeiro); “Química Nova” (São Paulo); “Revista Brasileira de Zootecnia” (Viçosa); “Revista de Microbiologia” (São Paulo); “Revista de Saúde Pública” (São Paulo).