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INSTITUIÇÕES
Centros de excelência de pesquisa se concentram nas regiões
Sul e Sudeste
Ranking reflete quadro do país
da Redação
A distribuição geográfica dos números de citações
e de instituições às quais estão vinculados
os pesquisadores selecionados para o Ranking da Ciência reflete
_como era de esperar_ o quadro atual da concentração de
população e renda no país.
Aos 494 pesquisadores selecionados corresponde um total de 305.850 citações
de trabalhos científicos, o que corresponde a uma média
nacional de 619,1 citações por pesquisador.
É importante ressaltar que tratam-se de pesquisadores com mais
de 200 citações na área de física e de bioquímica
e com mais de 100 na área de matemática e de química.
A região Sudeste abrange 268.468 citações do Ranking,
que correspondem a 87,8% do total. A mesma região engloba 78,%
dos 30.302 doutorandos do país.
Na região Centro-Oeste, onde Brasília é o único
centro urbano que aparece no mapa do Ranking, há quatro pesquisadores,
aos quais correspondem 1.231 citações, o que equivale a
0,4% do total.
A região Sul é a única em que todos os Estados possuem
pesquisadores no Ranking. Ela abrange 29.201 citações, que
correspondem a 9,5% do total.
A região Nordeste engloba 6.950 citações, que correspondem
a 2,3% do total relacionado no levantamento feito pela Folha. O
Estado da Paraíba é o que possui o menor número de
citações: 138, na área de química.
O mapa da
excelência científica
Onde ficam as
instituições que abrigam os pesquisadores com maior
número de citações no levantamento da
Folha*
305.805
é o total de citações de trabalhos científicos
de pesquisadores brasileiros selecionados pelha Folha
(*) Estão
relacionados apenas as citações de pesquisadores com
mínimo de 200 citações para física e bioquímica
e de 100 para química e matemática |
Distribuição
de recursos
No ano passado, a região Sudeste recebeu 81,7% dos R¹ 75,8
milhões destinados pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico), segundo dados do MCT (Ministério
da Ciência e Tecnologia) apresentados em reportagem da Folha
publicada em julho.
O Sudeste fica com a maior parte dos recursos pois possui 77,7% dos 677
cursos de doutorado do país e 61,6% dos 1.275 de mestrado. Desse
modo, para cada 1 milhão de habitantes, há 19,86 cursos
de pós-graduação no Sudeste.
A média do Brasil é de 12,33 cursos por milhão de
habitantes. No Nordeste, é de 4,87 por milhão, segundo dados
do MCT.
Embora detenha 28,5% da população do país, a região
Nordeste recebe atualmente 14% das bolsas distribuídas pelo MCT.
Mas se for considerada a destinação de recursos por pesquisador
em cada região do país, essa distribuição
muda de quadro, de acordo com o MCT.
A região Norte, segundo o MCT, possui investimento de R¹ 16,8
mil, enquanto o Nordeste tem R$ 12,08 mil, e o Sudeste, R$ 13,69 mil.
Isso acontece, de acordo com o MCT, porque, apesar de receberem por habitante
uma quantidade de recursos muito menor que a do Sudeste (R$ 4,38) e a
do Sul (R$ 2,87), as regiões Norte (R$ 0,88) e Nordeste (R$ 1,13)
têm menos concentração de pesquisadores.
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