O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), foi alertado por colegas e dirigentes emedebistas de que deveria avaliar os riscos de ir ao ato de 25 de fevereiro convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele indicou na sexta-feira (16) que deve comparecer.

No MDB, correligionários disseram a Nunes que preferiam que ele não fosse à manifestação na avenida Paulista, em São Paulo.

Pesquisas internas encomendadas pela sigla indicariam que o prefeito, que se coloca como um candidato de centro na disputa pela reeleição, pode vencer o pleito deste ano se congregar apoios da direita, da centro-direita, do centro e até mesmo da centro-esquerda.

Os mesmos levantamentos mostrariam, por outro lado, que o prefeito paulistano será derrotado caso se posicione muito à direita e tenha apenas o apoio do segmento. Uma fotografia ao lado de Bolsonaro em um ato que pode questionar o andamento das investigações, portanto, representa um risco significativo para a sua candidatura.

O entendimento, contudo, é de que a decisão sobre ir ao ato cabe estritamente a Nunes —e, até última ordem, deve ser respeitada pelos emedebistas.

Ao justificar sua possível participação na manifestação, Nunes afirmou sentir uma "gratidão muito grande" pelo ex-presidente. "[Bolsonaro] deve me apoiar, portanto, evidentemente, eu preciso ser solidário e parceiro."

O ato foi convocado por Bolsonaro na esteira da operação da Polícia Federal que mirou o ex-mandatário, militares e aliados suspeitos de tramar um golpe de Estado para mantê-lo no poder.

NA AVENIDA

A cantora Karol Conká compareceu ao Camarote Bar Brahma, no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, na noite de sábado (17), para prestigiar o Desfile das Campeãs do Carnaval paulistano. O vice-governador paulista, Felicio Ramuth (PSD), e sua esposa, a empresária Vanessa Ramuth, estiveram lá. A apresentadora Helen Ganzarolli também participou.

_{com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH}