Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
Recuperação de preço da carne com liberação na China deve demorar, dizem analistas
Consultoria estima que restrição chinesa causou perda de US$ 1 bilhão a exportadores
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A restrição imposta pela China à carne bovina brasileira por três meses e meio provocou perdas significativas para os produtores nacionais, mas é improvável que a liberação do mercado, anunciada nesta quarta-feira (15), leve a uma rápida recuperação dos preços do produto, dizem analistas.
O banco Itaú BBA calcula que o preço médio das exportações de carne bovina caiu 15,5% durante os meses do bloqueio. A perda para os exportadores foi de quase US$ 1 bilhão, estima a consultoria Scot.
Embora o motivo da restrição tenha sido a questão sanitária, a China sempre aproveita para dar uma regulada no mercado", afirma Marcos Jank, coordenador do centro de agronegócio do Insper. "O preço da carne bovina estava pressionando a inflação chinesa, e isso pode ter contribuído para que mantivessem a restrição por mais tempo."
Apesar do prejuízo, o agronegócio brasileiro vai fechar o ano batendo novos recordes. As exportações devem alcançar US$ 118 bilhões neste ano, o que representa um aumento de 17% em relação aos embarques do ano passado, calcula Jank. As vendas para China devem atingir US$ 42 bilhões, equivalentes a 36% do total.
Com Ricardo Balthazar (interino), Andressa Motter e Ana Paula Branco.
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