Siga a folha

Maioria se comporta como negacionistas do aquecimento global, diz Eliane Brum

Escritora defende que, no contexto atual de crise climática, nada é mais importante que salvar a Amazônia

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Eduardo Sombini

Geógrafo e mestre pela Unicamp, é repórter da Ilustríssima

Em 2017, com uma experiência de duas décadas de reportagem em diferentes pedaços da Amazônia, Eliane Brum decidiu se mudar para Altamira, cidade do Pará virada pelo avesso pela construção de Belo Monte.

No episódio desta semana, a jornalista e escritora explica por que considera que o Médio Xingu viveu um fim de mundo com a instalação da hidrelétrica —e por que o que aconteceu na região nos últimos anos é um prenúncio do que o Brasil e o mundo vão enfrentar com a intensificação da crise climática.

Para ela, conscientes ou não das consequências do aquecimento global sobre a vida no planeta, a maior parte das pessoas se comporta como os negacionistas, ignorando que é preciso agir com toda a urgência possível para atenuar a catástrofe.

A maioria de nós está vivendo como negacionista, mesmo achando que não é, porque se vivesse de acordo com a emergência, a gente não estaria fazendo outra coisa a não ser enfrentar a crise climática. Isso é o equivalente a tu estar com a tua casa queimando e tu ficar sentado no sofá, falando 'a gente espera, aí quando o Bolsonaro sair em 2022, a gente reconstrói o país', como se a gente tivesse tempo. A gente está com reações que não são de sobrevivência

Eliane Brum

jornalista e escritora

Eliane Brum, autora de 'Banzeiro Ókòtó: Uma Viagem à Amazônia Centro do Mundo' - Lilo Clareto/Divulgação

Brum acaba de lançar "Banzeiro Òkòtó: uma Viagem à Amazônia Centro do Mundo" (Companhia das Letras). No livro, ela combina apuração jornalística e relato em primeira pessoa do seu percurso e tece uma trama que escancara as forças de destruição da Amazônia e aponta as possibilidades de resistência dos povos da floresta.

O Ilustríssima Conversa está disponível nos principais aplicativos, como Apple Podcasts, Spotify e Stitcher. Ouvintes podem assinar gratuitamente o podcast nos aplicativos para receber notificações de novos episódios.

O podcast entrevista, a cada duas semanas, autores de livros de não ficção e intelectuais para discutir suas obras e seus temas de pesquisa.

Já participaram do Ilustríssima Conversa Renan Quinalha, para quem a LGBTfobia de Bolsonaro atualiza moralismo da ditadura "hétero-militar", Simone Duarte, que defendeu que o 11 de Setembro nunca terminou no Afeganistão, Natalia Viana, que discutiu a politização das Forças Armadas, Camila Rocha, pesquisadora da nova direita brasileira, Antonio Sérgio Guimarães, que recuperou a história do antirracismo no Brasil, Eugênio Bucci, que defendeu que redes sociais extraem o olhar de seus usuários, Rafael Mafei, autor de livro sobre a história do impeachment no Brasil, Kauê Lopes dos Santos, que debateu a economia política de Gana, Rosa Freire D’Aguiar, organizadora de coletânea de cartas de Celso Furtado, Fábio Kerche e Marjorie Marona, que fizeram um balanço dos dois primeiros anos do governo Bolsonaro, entre outros convidados.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas