Guerra na Ucrânia: Quem são os aliados da Rússia de Putin
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Vladimir Putin foi o vencedor das eleições do fim de semana na Europa. Cada vez mais pressionado pela comunidade ocidental, que ampliou as sanções econômicas e ameaça levar a invasão da Ucrânia aos tribunais, o líder russo não era um candidato, mas viu a recondução de dois aliados em um momento crucial de soma de forças.
O primeiro deles é o premiê húngaro Viktor Orbán, eleito no domingo para seu quinto mandato. Próximo de Putin, com quem compartilha visões ideológicas, o ultradireitista reafirmou seu alinhamento no discurso de oficialização do resultado. Citou o ucraniano Volodimir Zelenski como um de seus oponentes —assim como a União Europeia.
A Hungria integra o bloco europeu —onde vem sendo alvo de retaliações por violações do Estado de direito— e também a Otan, aliança militar liderada pelos EUA. Em relação à guerra na Ucrânia, caminha entre o Ocidente e Putin, condenando a invasão ao mesmo tempo em que afaga o mandatário russo e defende que as sanções contra o país não se estendam.
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O país votou a favor das sanções econômicas aprovadas pela UE para a Rússia, mas é contra medidas que afetem importações de petróleo e gás russos;
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Orbán se manifestou contra o envio de armamentos do Ocidente à Ucrânia e não autorizou a passagem dessas cargas por seu país.
Mediação: nesta quarta (6), o premiê húngaro conversou com Putin e ofereceu Budapeste como sede para um novo encontro com a Ucrânia para negociar um cessar-fogo.
Outro que foi parabenizado por Putin no domingo foi Aleksandar Vucic, reeleito presidente da Sérvia com 60% dos votos. O país mantém laços militares com Moscou e é dependente do gás russo, razão pela qual se opõe a sanções.
No mapa europeu de apoios, o Kremlin tem em Belarus seu principal aliado.
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O regime de Aleksandr Lukashenko realizou exercícios militares com Moscou antes da invasão e foi incluído nas sanções do Ocidente;
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O país votou contra duas resoluções da ONU que condenaram o ataque —junto com a própria Rússia, a Coreia do Norte, a Eritreia e a Síria.
Na América Latina, o líder russo recebeu aceno da Venezuela. Pouco mais de uma semana após a invasão do território ucraniano, o ditador Nicolás Maduro conversou com Putin por telefone sobre expandir uma parceria estratégica entre seus países e expressou apoio na guerra.
Entenda: Caracas, também alvo de sanções internacionais, critica a atuação dos EUA e culpa o país e seus aliados por uma campanha de desinformação.
Putin conta com a ajuda da China —como tratamos aqui, numa edição da newsletter. Pequim adota uma postura dúbia e deve ser a principal beneficiada de um eventual isolamento econômico da Rússia.
Não se perca
Como está a distribuição de apoios entre países no contexto da guerra na Ucrânia?
A Economist Intelligence Unit, braço de pesquisa da revista britânica The Economist, mapeou a situação. Apresentamos aqui as conclusões:
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36% da população mundial vive em países que condenam a ação da Rússia. O bloco é liderado por EUA e União Europeia e inclui Canadá, Japão, Austrália e países tradicionalmente neutros como Suíça, Finlândia e Suécia;
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32% vivem em nações onde o governo apoiou as ações da Rússia ou deu declarações favoráveis ao país invasor, como Síria, Coreia do Norte, Venezuela, Cuba, Nicarágua e, em gradação menor (pelo discurso oficial de neutralidade), a China;
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Quase um terço da população vive em locais que até agora se declararam neutros, como Índia, Brasil, África do Sul, Arábia Saudita e Emirados Árabes. Segundo a Economist, uma parte significativa desse grupo tenderia a se alinhar à Rússia caso as tensões se agravarem.
O que aconteceu nesta quarta (6)
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Itamaraty disse que apura sumiço de 2 de brasileiros que foram se alistar na Ucrânia;
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EUA anunciaram ampliar sanções contra a Rússia e ajuda militar à Ucrânia;
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Russos voltam a atingir as cidades de Mariupol e Kharkiv, no leste.
Imagem do dia
O que ver e ouvir para se manter informado
Podcast analisa as consequências da descoberta de corpos de civis na Ucrânia e um vídeo mostra a mobilização de ONGs e famílias para abrigar animais de estimação na guerra:
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