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Ministério da Justiça vai adquirir câmeras corporais para policiais da Força Nacional, PRF e PF

Pasta abrirá licitação; ideia é ter cerca de 1.300 equipamentos

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O Ministério da Justiça vai abrir uma licitação para adquirir câmeras corporais para os policiais que atuarem na Força Nacional. A ideia é adquirir cerca de 1.300 equipamentos.

foto mostra câmera corporal acoplada a farda de policial. é possível ver, o símbolo da polícia militar sobre a farda cinza
Câmera corporal em farda de policial militar - Bruno Santos - 1º.jul.22/Folhapress

OLHO VIVO

Composta por policiais civis e militares cedidos pelos estados sempre que solicitados para alguma atuação específica em regiões que enfrentam situação crítica na área de segurança, a Força deve passar a atuar sempre com as câmeras depois que elas forem entregues —o que está previsto para acontecer no início do próximo ano.

OLHO VIVO 2 

O secretário de Segurança Pública do ministério, Tadeu Alencar, afirma que há tratativas também com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e com a Polícia Federal (PF) para que os equipamentos sejam adquiridos e adotados pelos dois órgãos.

DOIS LADOS 

O uso de câmeras corporais por policiais é considerado essencial para conter o uso desproporcional da força por agentes —e também para garantir a segurança e a integridade dos próprios policiais: em caso de sofrerem injustamente acusações de violação de direitos humanos, eles teriam as imagens para provar que atuaram dentro da lei.

Secretário da Senasp, Tadeu Alencar
O secretário de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Tadeu Alencar - Isaac Amorim/MJSP

BOM EXEMPLO 

A ideia, de acordo com Alencar, é que as forças vinculadas ao governo federal, além de colherem os benefícios do uso das câmeras, "dêem o exemplo" para governos e instituições que resistem em adotá-las. "Não podemos obrigar, mas podemos persuadir", diz Alencar.

BÔNUS 

Uma outra medida em estudo seria bonificar os estados que adotarem os instrumentos em seus batalhões policiais. Para isso seriam usados recursos do Fundo Nacional de Segurança que são destinados ao governo federal.

TABELA 

A letalidade policial em São Paulo, por exemplo, despencou 62% com a adoção das câmeras. A PM de São Paulo matou, em 2022, sob o governo de João Doria, 419 pessoas. A PM da Bahia, estado que tem população três vezes menor, matou 1.464, sendo a que mais faz vítimas no país.

TABELA 2 

Em São Paulo, os índices de violência estavam relativamente controlados até o ano passado, se comparados com diversos outros estados do país. As taxas de homicídio no estado foram de 8,4 por 100 mil habitantes, contra 47,1 na Bahia.

REFORÇO 

O Ministério da Justiça lançou nesta semana um pacote para o enfrentamento da crise de segurança no país, em especial em estados como a Bahia e o Rio de Janeiro. A pasta estima investir R$ 900 milhões até 2026.

NA MIRA

O anúncio ocorre em meio à onda de violência na Bahia —o estado registrou mais de 50 mortes em operações policiais em setembro— e a cobrança, inclusive de aliados, de ação mais efetiva de combate à criminalidade por parte do ministério.

COTIDIANO

Já no Rio de Janeiro a ação ocorre após a divulgação de imagens de criminosos em treinamento de guerrilha dentro de uma área de lazer no Complexo da Maré. Nesta quinta-feira (5), três médicos foram mortos num quiosque da Barra da Tijuca. Um deles, Diego Ralf de Souza Bomfim, era ortopedista e irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP).


SONHOS

A cantora Luísa Sonza - Pam Martins/Divulgação

A cantora Luísa Sonza vai estampar uma das capas da revista Billboard, que está de volta ao Brasil. A primeira edição da publicação será lançada na próxima semana. Na entrevista, a cantora fala sobre o lançamento de seu álbum mais recente, "Escândalo Íntimo", a indústria da música e os ataques que sofreu nos últimos anos nas redes sociais.

Ela revelou que passou a ter problemas para dormir e teve que buscar ajuda médica com um psiquiatra. "Às vezes, eu sonho com um assassinato. Às vezes, com pessoas me torturando. É um monte de sonho assim. É bem pesado", afirmou Luísa.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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