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Literatura da China tem lacunas supridas no Brasil com livros fundamentais

Moinhos traz grandes poetas contemporâneos e, com editora da Unicamp, amplia coleção de clássicos

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A editora Moinhos está colocando nas prateleiras novos títulos de alguns dos mais relevantes escritores chineses contemporâneos, colaborando para suprir uma lacuna crônica do mercado brasileiro.

O primeiro é "Não Acredito no Eco dos Trovões", de Bei Dao, um dos maiores expoentes da poesia chinesa de hoje e um dos mais influentes do período pós-Revolução Cultural. O outro é "O Além da Montanha", de Yao Feng, poeta que é também professor da Universidade de Macau e tradutor de nomes como Carlos Drummond de Andrade e Fernando Pessoa para o chinês.

Se o livro de Dao foi traduzido do mandarim a oito mãos —por Huang Lin, Manuela Carvalho, José Luis Peixoto e o próprio Feng—, o segundo foi escrito em português, idioma falado na região de Macau.

Ainda este mês, a Moinhos também publica a grande coletânea "Contos de Fantasia Chineses", se somando aos esforços de uma parceria entre a editora da Unicamp e o Instituto Confúcio, ligado à universidade, que publica desde o ano passado a coleção "Clássicos da Literatura Chinesa".

Começou com "Flores Matinais Colhidas ao Amanhecer", de Lu Xun, considerado o pai da literatura moderna da China, e seguirá este ano com uma coletânea de lendas da tradição oral e, em 2023, uma seleta de poesia ao longo da história das dinastias chinesas.

"Há ainda uma cisma entre Ocidente e Oriente, uma cegueira em relação ao que é feito lá que agora está diminuindo aos poucos", afirma o professor Bruno de Conti, diretor do Instituto Confúcio.

MEMÓRIAS PÓSTUMAS O próximo romance de Sérgio Rodrigues, colunista deste jornal, já tem título —"A Vida Futura". E uma sinopse ousada —os escritores Machado de Assis e José de Alencar visitam como fantasmas o Rio de Janeiro de hoje e acabam se envolvendo com milicianos. Sai em junho pela Companhia das Letras.

MISSA DO GALO A editora também passa a publicar outra autora de destaque. Cida Pedrosa, a grande vencedora do Jabuti em 2020 por "Solo para Vialejo", lança por lá seu novo livro, "Araras Vermelhas", um longo poema sobre a Guerrilha do Araguaia. Esse é para o segundo semestre.

CASMURRINHO "Jacaré, Não!", livro infantil de Antonio Prata, outro colunista da casa, ganhou uma edição no Chile pela Hueders. "¡Cocodrilo, No!" foi traduzido por ninguém menos que Alejandro Zambra. A obra, aliás, é a mais vendida do catálogo da editora Ubu.

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