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Continuo resistindo a divulgar meu e-mail. Compreendo e louvo aqueles que o fazem, afinal, a comunicação eletrônica é excelente ferramenta de trabalho e, além disso, serve para aproximar pessoas, e, em alguns casos, até mais do que isso. Aliás, neste departamento, fui recompensado porque conheci pessoas que, de outra forma, jamais me envolveria com elas. Dou-me por bem pago.
Mesmo sem assinar minhas crônicas com o respectivo endereço, recebo boa correspondência e, entre mortos e feridos, o saldo é positivo. Contudo, sinto que há um abuso na privacidade alheia, facilitado pela internet, que até agora não encontrou um recurso cem por cento eficaz para filtrar agressões ao tempo e à paciência da gente.
Tenho muito prazer em receber textos ( contos, crônicas, poemas e desabafos) de pessoas que desejam se comunicar comigo e, provavelmente, com outros escribas da praça. Acontece que, com raras exceções, a comunicação nunca é precedida por consulta prévia. Se o destinatário ( no caso, quem vos fala) está disposto, tem tempo e equipamento adequado para receber as mensagens.
Outro dia, fui presenteado com um calhamaço sobre o vazamento de óleo da Petrobrás, dados técnicos, fotos em cor, estatísticas mundiais, o diabo. Levou mais de uma hora entupindo minha caixa eletrônica. Não trazia nenhuma informação nova, limitava-se a transcrever matérias e gráficos que já haviam sido divulgados pela mídia off-line.
Não custava o remetente deixar uma mensagem prévia, perguntando se aquilo me interessava. Também já recebi um romance não solicitado, de um autor que para poupar espaço, reduziu-o ao corpo 10.
Como em qualquer atividade ou manifestação que incluem a participação ou a colaboração de outra pessoa, não custa pedir licença antes.
Leia colunas anteriores
18/07/2000 - Seja Feita a Luz
11/07/2000
- O Demônio e a inflação
06/07/2000 - Lápis e papel
04/07/2000 - Minha doce secretária
29/06/2000 - Afinal, um elogio
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