Câmara da Flórida eleva para 21 anos idade para compra de armas como fuzis

Lei cria programa que permite professores e funcionários a andarem armados em escolas

Cartaz pedindo o controle de armas de fogo é colocado ao lado de corações e faixas para as vítimas do ataque a tiros de 14 de fevereiro, na entrada da escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland
Cartaz pedindo o controle de armas de fogo é colocado ao lado de corações e faixas para as vítimas do ataque a tiros de 14 de fevereiro, na entrada da escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland - Angel Valentin - 25.fev.2018/Reuters
Tallahassee (EUA) | AFP, Associated Press e Reuters

O Legislativo do estado da Flórida aprovou nesta quarta-feira (7) a lei que sobe de 18 para 21 anos a idade mínima para a compra de armas longas, como fuzis, e permite que funcionários de escolas portem armas no trabalho.

As medidas são aprovadas em meio à pressão por controle de armamento após o ataque a tiros a uma escola que deixou 17 mortos em Parkland em 14 de fevereiro —os sobreviventes da tragédia foram os principais defensores das mudanças na lei.

Além da elevação da idade, a legislação estabelece um período de quarentena para a aquisição dos fuzis e proíbe a venda dos chamadosbump stocks, mecanismos que transformam armas semiautomáticas em metralhadoras.

Também cria um programa voluntário no qual funcionários dos colégios poderão levar revólveres e pistolas aos seus locais de trabalho. Para isso, porém, eles precisarão de treinamento policial e autorização do distrito escolar.

A medida é similar a um projeto da Associação Nacional do Rifle (NRA), principal lobby pró-armas dos EUA, e havia sido sugerida pelo presidente Donald Trump logo depois da tragédia como solução a futuros massacres.

O projeto ainda inclui medidas que criam novos programas de saúde mental para as escolas, um disque-denúncia de ameaças às instituições de ensino e melhoras na comunicação as áreas educacional e de segurança.

Agora, a lei vai para a sanção do governador Rick Scott. O republicano, no entanto, é contra professores armados em sala de aula e, em seu lugar, defende a existência de um policial a cada mil alunos nas escolas.

Por outro lado, o projeto não proíbe a venda de armas longas, como queriam os estudantes. Foi com um fuzil AR-15 comprado legalmente que Nikolas Cruz, 19, atacou a escola Marjorie Stoneman Douglas, da qual é ex-aluno.

Cruz foi preso logo após o ataque e foi indiciado por homicídio doloso. 

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