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Sebastião Melo critica medidas do prefeito de Porto Alegre contra Covid em sabatina Folha/UOL

'A prefeitura decidiu muito mais na política do que na ciência', afirma o candidato do MDB

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São Paulo | UOL

Em sabatina da Folha/UOL, Sebastião Melo, candidato do MDB à Prefeitura de Porto Alegre, criticou as medidas adotadas pelo prefeito Nelson Marchezan Junior (PSDB) durante a pandemia da Covid-19.

"A prefeitura decidiu muito mais na política do que na ciência", disse Melo. "Tanto é que, na véspera da eleição, reabriu tudo, sem nenhum critério de saúde."

Segundo o candidato, não houve transparência nem segurança durante a gestão. Para ele, deveria ter sido constituído um comitê especial com todas as forças produtivas, incluindo especialistas na área da saúde e ciência. "Faltou equilíbrio."

Divisão pode ajudar adversários

O candidato do MDB afirmou que existe uma divisão entre os partidos de centro-direita na cidade, mas até houve interesse em uma coligação. A união falhou, segundo ele, "por razões que não vale comentar". "Houve um movimento muito forte de que MDB, PTB, DEM e PP caminhassem juntos nesta eleição."

Segundo Melo, os partidos pensavam que a separação poderia beneficiar um candidato da oposição, como Manuela D'Ávila (PC do B), ou o próprio Marchezan. "A gente conversava muito entre nós, e dizia que, se nós nos dividíssemos, isso poderia acontecer."

Sebastião Melo, candidato pelo MDB
Sebastião Melo, candidato pelo MDB - Divulgação

Escolas cívico-militares e Bolsonaro

Melo afirmou que está muito aberto para implantar escolas cívico-militares em Porto Alegre. "É uma experiência importante, e as escolas cívico-militares são muito disputadas, são muito qualificadas."

Quando questionado sobre a possibilidade de usar o modelo para angariar votos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Melo negou. "Eu dialogo com muitas pautas do governo Bolsonaro. Se for prefeito, não vou ser 'turrão', vou dialogar [com governo federal] antes mesmo da posse."

Propostas pós-pandemia

O candidato do MDB propõe um programa emergencial para Porto Alegre no pós-pandemia. Na economia, ele falou sobre um programa de reação, com a abertura da atividade econômica na cidade.

"Meu primeiro decreto é para reabrir tudo, com os protocolos necessários. Não vou deixar nada fechado", disse. Melo defendeu ainda a criação de um programa de microcrédito e Refis para as empresas com dívidas oriundas do período da pandemia.

SABATINAS

A Folha e o UOL estão sabatinando candidatos das principais capitais do país.

No Recife, foram entrevistados João Campos (PSB), Marília Arraes (PT), Patrícia Domingos (Podemos) e Mendonça Filho (DEM).

Dos candidatos em Belo Horizonte, foram sabatinados Áurea Carolina (PSOL), Alexandre Kalil (PSD), Bruno Engler (PRTB) e João Vítor Xavier (Cidadania).

De Salvador, Major Denice (PT), Olívia Santana (PC do B), o Pastor Sargento Isidório (Avante) e Bruno Reis (DEM) já foram entrevistados.

Em Curitiba, além de Fernando Francischini (PSL), falaram João Arruda (MDB), Goura (PDT) e Rafael Greca (DEM).

De Porto Alegre, além de José Fortunati (PTB), foram entrevistadas Juliana Brizola (PDT) e Fernanda Melchionna (PSOL).

De São Paulo, Antônio Carlos (PCO) e Levy Fidelix (PRTB).

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