Ao invés de responder perguntas, abrimos espaço hoje para a criatividade dos leitores.
Caro Eduardo:
Fiz um poema sobre meu assunto predileto, o BOXE.
BOXEADOR
Não há corredor mais longo, exceto, talvez, o dos homens destinados, pela justiça dos próprios homens, a percorre-los pela derradeira vez, antes de morrer.
Mas, o corredor percorrido por estes homens, rudes, brutais, animais, filhos, pais.
É igualmente um corredor longo, tortuoso, tenebroso, assustador, um longo corredor.
Nele passam colossos de armaduras naturais e, também, pequenos valentes colossais.
Não há nesse corredor preconceitos de cor, tamanho, credo ou dor.
Nele passam mitos, passam aflitos, passam portentosos campeões
Passam, ainda, sutis enganadores, protegidos dos Senhores e, claro, verdadeiros lutadores.
Este é um corredor que leva, iminente, o moderno Gladiador ao centro da arena. Em suas mãos não há espada, há sim, luvas prateadas, estofadas, carimbadas, registradas.
De frente ao inimigo, falta abrigo mas não pode faltar coragem, não pode faltar a imagem, do feroz (pseudo???) matador.
Enfim, já passaram neste corredor tantos campeões,
E deixaram, também, tantas emoções.
Que te parece, amigo, após tantos jabes, tantos ganchos, diretos e cruzados?
Nada mais pode sair de errado, a não ser o definhar dos derrotados.
Então, ressurge das cinzas o lutador brutal.
Engana na face, era do Bem, não era do Mal.
Na gratuita forma de se apresentar ao mundo, aos homens, ao tal.
Tua definição é, afinal, um lutador, de Boxe, mortal.
GILBERTO CAMARGO/09-2000
E-mail: eohata@folhasp.com.br
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