Starbucks vai tirar app do ar no Brasil e encerra programa de fidelidade

Operadora da empresa no Brasil solicitou recuperação judicial em outubro

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São Paulo | UOL

A Starbucks vai tirar seu aplicativo do ar no Brasil. A SouthRock, operadora da rede de bebidas, comunicou o encerramento do aplicativo até 31 de janeiro de 2024.

Segundo o anúncio da empresa, também serão descontinuados o programa de fidelidade da Starbucks e o sistema de pagamentos com cartão exclusivo da rede.

Loja da Starbucks do shopping Frei Caneca, em São Paulo
Loja da Starbucks do shopping Frei Caneca, em São Paulo - Clauber Larre - 07.nov.2023 / Folhapress

Os clientes têm até a data de encerramento para resgatar créditos acumulados. A data também vale para os usuários que quiserem trocar o saldo por produtos da loja.

"Gostaríamos de agradecer a confiança e a fidelidade durante todos esses anos", diz o comunicado da SouthRock.

Starbucks está em recuperação judicial no Brasil

A operadora da rede de bebidas entrou com o pedido de recuperação judicial em outubro por dívida de R$ 1,8 bilhão. Além da Starbucks, a SouthRock também controla as marcas Eataly, TGI Friday's e Subway no Brasil, sendo que a última não foi incluída na recuperação judicial.

Os advogados pediram suspensão dos efeitos da rescisão das licenças da Starbucks. Segundo os representantes da SouthRock, a medida era necessária para garantir a manutenção das atividades e a possibilidade de reestruturação do passivo da empresa.

A empresa disse que vinha negociando uma repactuação das obrigações decorrentes dessas licenças. A ideia era garantir "condições de pagamento que refletissem atual capacidade financeira" da Starbucks.

O pedido de recuperação judicial diz que o principal motivo para o desequilíbrio financeiro do grupo foi a pandemia e o isolamento social. O faturamento bruto obtido pelo grupo com a Starbucks supera o montante de R$ 50 milhões mensalmente e representa parcela relevante do fluxo de caixa da SouthRock.

Em 2020, o grupo teve uma queda de aproximadamente 95% nas vendas. Além disso, foi obrigado a suportar grande inadimplência por parte dos parceiros comerciais. Em 2021, a queda foi de aproximadamente 70% e, em 2022, 30%. Segundo a empresa, esse desempenho afetou o fluxo de caixa do grupo.

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