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marciafk@uol.com.br
  8 de setembro
  Ervas, um barato
 

Quando ouvimos falar em salsa, dois sinônimos distintos apresentam-se na dianteira de seus significados.

A salsa, ou como é chamada em Cuba "Son", resume-se numa célula musical marcada pela clave. Um ritmo ininterrupto que predomina do início ao final da música, que grosso modo mescla variantes como a Rumba, Mambo, Cha-cha-cha, Guajira e Merengue, entre outros.

Outra salsa é aquela erva verdinha à venda em toda e qualquer feira, mercado, quitanda ou cultivada em canteiros no fundo do quintal. Essa salsa é ingrediente titular da cozinha trivial brasileira, utilizada também nas cozinhas internacionais, principalmente no quesito "decoração de borda de prato", ou "vamos polvilhar para que sobressaia um verdinho", ou no formato salsa crespa em travessas de laca onde são colocados sushis e sashimis. Na cozinha Árabe, a salsa assume importância como ingrediente fundamental na composição de seus receituários, deixando de ser administrada como tempero ou ornamento de pratos. Quase todos os seus pratos como o tabule, michui, kafta, kibe, fatuche, falafel, esfihas etc. têm salsinha como componente imprescindível.

Fato é que, além da salsa a cebolinha e o coentro, ou melhor "cheiro verde", ainda somos muito tímidos, pouco ousados nas tentativas de aplicar outros temperos e ervas já encontráveis (cada dia com maior facilidade) em muitos pontos de venda da cidade. Digo, supermercados. O consumo ainda é limitado pela estranheza ou mesmo ignorância que temos quanto aos usos e possibilidades.

Estragão, cerefolho, menta, sálvia, manjerona, manjericão, citronela, funcho, capim limão, alho japonês, segurelha, tomilho, cresse, azedinha, dill, livoche... O que fazer com todas essas ervas aromáticas? O certo seria experimentar, guiando-se pelo instinto olfativo, gustativo e também visual. A empreitada pode levar tanto à glória quanto ao fracasso. Pode ser surpreendente, mas se você é daqueles que não gosta de arriscar e prefere investir num imediato final feliz, aí vão algumas dicas de como e com o que administrar variadas ervas.

Alecrim: Berinjela, sopas de tomate, batata, espinafre, omeletes, peixes grelhados ou cozidos, molhos de tomate e bolonhesa.

Dill: Conservas, batatas cozidas, massas, molhos parar saladas, pratos com ovos, lombo e carne de porco, tempero para peixes e moluscos, molho vinagrete.

Estragão: Maiones, conservas, manteiga de ervas, salada de peixe, salada verde, no tempero de vitela, carneiro, frango grelhado, no recheio de peixes, tempero de moluscos, molho tártaro, sobremesa com maçã.

Sálvia: Patês de fígado e de queijo, lentilha, massas, tomates, purê de batatas, omeletes, carnes gordurosas, carne de, porco, pato, coelho, vitela, linguiças, pães de ervas, molho para churrasco.

Cerefolho: Manteiga de ervas, canja de galinha, saladas, ovos, frango e carnes, peixe cozido, molhos em geral e vinha dálhos.

Tomilho: Patês, caldos de carne e de galinha, cogumelos, cebolas e batatas, carne de porco, vitela, coelho e cozidos, ovos fritos e mexidos, peixes gordurosos, cozidos e recheados, molhos escuros.

Menta: Canapés e drinks, pizza e minestrone, omeletes, recheio para peixes, molho para carnes, sorvetes e sobremesas.

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